quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

BLOG – Tráfico de influência beneficia filha

Mariana Neves, beneficiária do tráfico de influência.
Não fosse o arrivista que se revelou, o promotor de Justiça Marcelo Batista Gonçalves também já teria atentado para o tráfico de influência que pavimenta a vida profissional de Mariana Silva Neves, sob o patrocínio do pai, o procurador geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves, o Napoleão de Hospício. O desdém de Neves por qualquer resquício de pudor ético volta a se manifestar, no rastro de um inequívoco episódio de tráfico de influência, do qual é beneficiária sua filha, a jovem advogada Mariana Silva Neves, comodamente abrigada no TCE, o Tribunal de Contas do Estado do Pará, não por acaso notabilizado como o Palácio das Sinecuras. Embolsando mensalmente, na época, aprazíveis R$ 11 mil, Mariana Silva Neves aportou no TCE em 9 de fevereiro de 2015, no cargo comissionado de assessor da vice-presidência, lotada no gabinete da conselheira Lourdes Lima, uma ex-deputada de pífio desempenho parlamentar. O TCE se notabiliza pela profusão de cargos comissionados e pelas recorrentes denúncias de servidores fantasmas, desobrigados de bater ponto e acomodados nos gabinetes dos conselheiros, alguns suspeitos de participarem da pilhagem ao erário, supostamente usufruindo da partilha do butim com seus aspones. Tudo isso sob a inusitada omissão do Ministério Público Estadual, cujo motivo da complacência dolosa tem desde então nome e sobrenome (Leia aqui).
Antes de ser catapultada para a rentável sinecura na qual foi alojada no TCE, Mariana Silva Neves esteve abrigada na Prefeitura de Ananindeua pelo prefeito tucano Manoel Pioneiro, que como deputado estadual foi presidente da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará (Leia aqui). Em 2013, tão logo Pioneiro foi empossado prefeito, Mariana foi nomeada assessor especial, código DAS-8, lotada na Procuradoria Geral do Município, com salário desconhecido, porque o Portal da Transparência da prefeitura nada informava em matéria de remuneração, em desrespeito a Lei de Acesso à Informação, sob a conivência do MPE, comandado pelo ilustre pai da jovem advogada.

Na época, a então deputada estadual Simone Morgado, do PMDB, atualmente deputada federal, denunciara ao MPE uma avalanche de atos de suposta improbidade de Pioneiro, como presidente da Alepa, mas as investigações não prosperaram. Da mesma forma como não prosperou o parecer do promotor de Justiça Domingos Sávio Campos, assinalando a flagrante inconstitucionalidade do PCCR da Assembleia Legislativa, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Palácio Cabanagem, costurado por Domingos Juvenil, do PMDB, e turbinado por Manoel Pioneiro, que sucedeu o ex-parlamentar peemedebista.

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