quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

BLOG – Inventário das tramoias

André Ricardo Otoni Vieira (à dir.): amigo, sócio, advogado e assessor.

Pretender criminalizar a utilização da alcunha pela qual tornou-se conhecido, nos bastidores do Ministério Público Estadual e fora dele, o procurador geral de Justiça, por seu mandonismo insano, fica por conta da pusilanimidade do promotor servil, que prestou-se a boy qualificado do Napoleão de Hospício, como é etiquetado Marcos Antônio Ferreira das Neves, por sua patológica prepotência. Ironicamente, Marcelo Batista Gonçalves, que vislumbra ofensa à honra de Marcos Antônio Ferreira da Neves por eu acusá-lo de ausências de pudores éticos, permanece até hoje silente sobre atos desabonadores, legal e eticamente, daquele a quem defende tão submissa e incondicionalmente. Trata-se de uma inusitada postura para um promotor presumivelmente comprometido, pelo próprio exercício de suas atuais atribuições de fiscal da lei, com a defesa do patrimônio público e da defesa da moralidade administrativa.
Gonçalves ignora solenemente o despudor ético de Neves que, tão logo empossado, nomeou assessor, embolsando na época uma remuneração mensal de R$ 16 mil, Gil Henrique Mendonça Farias, cuja principal qualificação exibida é a de namoradinho de Mariana Silva Neves, a filha do procurador geral de Justiça, com o agravante de ter sido reprovado em concursos públicos promovidos pelo MPE (Leia aqui). Não surpreende, assim, que o promotor servil também ignore os impedimentos, legais e éticos, da nomeação, como assessor do procurador geral de Justiça, de André Ricardo Otoni Vieira, amigo-de-fé-irmão-camarada, além de sócio de Neves, para o qual também advogou – inclusive em horário de expediente -, embora impedido por lei de fazê-lo, por ser assessor do procurador geral (Leia aqui).
Da mesma forma, o que é revelador do seu caráter, Gonçalves permanece silente sobre os questionamentos a respeito do imbróglio envolvendo a Águia Net, cujo contrato teve um reajuste de cerca de 75%, porcentagem, muito além dos 25% permitidos pela lei 8666/93, a Lei de Licitações, para termos aditivos, como sublinha uma fonte do MPE (Leia aqui). E inevitável relacionar a tramoia denunciada ao procurador geral de Justiça, mas nada sabe-se sobre eventuais investigações para apurar o “escândalo da Águia Net”, como foi etiquetado o episódio. Do ponto de vista do Napoleão de Hospício, tá tranquilo, tá favorável.

Trata-se de uma inusitada postura para um promotor que, como fiscal da lei, presume-se comprometido com a defesa do patrimônio público e da defesa da moralidade administrativa. Como, particularmente em determinadas circunstâncias, calar é mentir, Marcelo Batista Gonçalves sugere ser um aplicado discípulo de Marcos Antônio Ferreira das Neves, o que é próprio dos que jamais convalescem de suas origens sociais humildes, porque ascendem social e profissional menos por méritos e mais pelo arrivismo. Por via de consequência, longe de ver-se como elogiáveis exemplos de superação, costumam tomar como mácula indelével a adversidade pretérita, apegando-se à prosperidade a qualquer preço, com a desfaçatez de rameira em fim de noite.

Um comentário :

Anônimo disse...

Se olhar o contrato da arrais que sobe 50% . o diretor da administraçao deve estar ganhando uns 10% . e o ze preguiça continua sem saber nada nas reunioes chega ser patetico ver este senhor fala besteira