segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ELEIÇÕES – Com a candidatura sub judice, Zenaldo é reeleito sob o ostensivo uso da máquina administrativa

Zenaldo: candidatura sub judice e vitória com o uso da máquina pública.

Com sua candidatura sub judice, mas anabolizada pela ostensiva utilização das máquinas administrativas municipal e estadual, o prefeito Zenaldo Coutinho, do PSDB, obteve a reeleição, com 52,33% dos votos válidos, contra 47,67% do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, do PSOL. Chama atenção, inevitavelmente, que a minguada diferença pró-Zenaldo tenha sido inferior ao total de votos brancos e nulos, que chega a 7,72%, somados os 2,50% de votos em branco e os 5,22% de votos nulos, enquanto as abstenções alcançaram 21,25%, um índice alarmante, superior ao registrado no primeiro turno. Esta foi, certamente, a mais polarizada disputa eleitoral registrada em Belém, depois das eleições estaduais de 1982, 1990 e 1998. A derrota de Edmilson Rodrigues embute motivos que vão bem mais além das notórias deficiências do candidato e dos erros crassos de sua campanha, com ênfase para a repetição de um discurso que tentou ideologizar uma disputa municipal, quando a agenda pública prioriza, na atual conjuntura, a austeridade na administração dos gastos públicos.
A diferença abissal, entre esses pleitos do passado recente e a disputa pela Prefeitura de Belém, este ano, foi a acintosa utilização das máquinas administrativas municipal e estadual, tanto mais ostensiva quando os ventos da transparência chegam, bem ou mal, ao longínquo Pará, a terra do vale-tudo eleitoral. O que justificou a corajosa decisão do juiz Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz de cassar a candidatura do prefeito Zenaldo Coutinho, por uso da máquina pública. O magistrado sublinhou, em sua decisão, que houve “abuso de poder político e desvirtuamento dos recursos materiais, humanos, financeiros e de comunicação da administração púbica”. Da cassação da candidatura de Zenaldo Coutinho, se mantida a decisão original, resulta a possibilidade de Belém ter novas eleições, como esclarece notícia do UOL.

Em verdade, a ação lenta e parcimoniosa da Justiça Eleitoral no Pará, somada a um ordenamento jurídico que favorece a impunidade, estimulou os abusos cometidos por Zenaldo Coutinho. Não custa recordar que a proliferação de bolsões de misérias, concentrados na periferia, é terreno fértil para a corrupção eleitoral, materializada na compra de votos, institucionalizada nos grotões dos subúrbios. A discrepância das campanhas, visível a olho nu, evidencia a utilização da máquina pública, como ilustra a profusão de bandeiradas do candidato tucano, movidas a dinheiro farto, em contraposição a parca mobilização do PSOL. A vasta legião de fiscais a serviço do PSDB, cujo contraponto foi a ausência de fiscais do PSOL em algumas seções eleitorais, é outra evidência de que Belém assistiu, novamente, a disputa do tostão contra o milhão. São situações que embutem ilícitos difíceis de comprovar, é fato, mas que servem de indícios para entrever as recorrentes burlas a legislação eleitoral. Qual o custo dessa fartura e de onde veio a dinheirama que sustentou a campanha tucana? Esta é a pergunta que não quer calar.

11 comentários :

Anônimo disse...

Não vai dar em nada. A cassação não vai prá frente. Algum desembargador do corrupto judiciário paraense vai sentar a bunda gorda numa cadeira e engavetar o processo. O Zenada termina o mandado, e só então vai ser apreciado o processo. Todos nós já conhecemos como funcionam o TJ, MP, PM, CIVIL, ALEPRA, TCs etc............

Anônimo disse...

Vamos deixar de ser idiotas, burros e imbecis, e acreditar que esses recursos contra o zenada vão prosperar. É jogo de cartas marcadas. Já estão definidos quanto, quantas vagas no estado para os promotores, para os juízes, desembargadores e fim de papo. São as instituições mais corruptas do planeta

Anônimo disse...

A essa altura, os tucanos, já procuraram saber se a mulher ou os parentes do juiz, estão desempregados, a fim de oferecerem grandes DAS. Estratégia tucana, bastante conhecida no Para.

Anônimo disse...

Realmente ministerio publico estadual e uma vergonha

Anônimo disse...

Vários promotores fizeram campanha pro Zenaldo,descaradamente

Anônimo disse...

No predio historico da Almirante Barroso todos sabem são amarelos. Resta saber se a decisao bem fundamentada de primeiro grau do TRE, acompanhada do parecer favoravel do Ministerio Publico pela cassacao do Zenaldo vai se consumar no predio da Joao Diogo.

Anônimo disse...

O ministerio publico estadual nao serve pra nada . so ver o janot pedindo pra retirar gratificaçoes adi 5614 .

Anônimo disse...

Fico imaginando o que o povo pode fazer contra essas instituições tj/mp/tcs/pm etc...São compostas por uma verdadeira quadrilha, roubando o dinheiro da população. E ainda se fazem acompanhar dos familiares. É muita cara de pau. Em Bragança não é diferente, irmã esterlina a mais rica empresária do município juntamente com seus familiares estão há mais de 20 anos a frente do hospital santo antonio, se locupletando. A Diocese? O Bispo? Nada fazem prá mudar essa vergonha, devem pegar sua pontinha também.

Anônimo disse...

Prá não ocupar muito o espaço, gostaria de falar do juíz Amilcar Guimarães, aquele que no auge da briga com o Lucio Flávio, afirmou que tinham uma convicção igual ao outro, ambos não acreditavam no TJ, lembram? Pois é, se eles próprios não acreditam nos membros dessas nojentas instituições TJ e MP, imagine eu.

Anônimo disse...

No Rio, compra de votos com cheque moradia dá prisão, no Pará, Reeleição. Vergonha o TJ e MP deste Estado.

Anônimo disse...

Vou me filiar urgente no PSDB ou no DEM prá ter imunidade/impunidade. São condenados, denunciados, roubam pintam e bordam,,,,,,e não vai um preso.