terça-feira, 9 de agosto de 2016

MORDAÇA – Apareceu a Margarida, sem máscara

Meg Parente, no programa Atitude, com o qual ganhou visibilidade...
...tornando-se vereadora pelo PSOL, que logo trocaria pelo fisiologismo.

Exibindo um cinismo capaz de corar anêmico, Margarida Costa Parente, a vereadora Meg Parente, que já foi Meg Barros e hoje, após reincorporar o nome de solteira e juntar-se a escumalha dos evangélicos, é líder do PRP na Câmara Municipal de Belém, não se cansa de surpreender, com seu recorrente arrivismo. Mas agora, com a ação ajuizada contra a Asconpa, José Emílio Hermes Almeida e o Google, ela deixou cair a máscara da decência de vez e revela-se, enfim, como digna representante dos cúmplices retroativos da ditadura militar, ao valer-se da máfia togada para impor o interdito proibitório ao contraditório.
Pensando bem, a postura assumida por Meg Parente, nesse episódio, é compatível com sua vida pregressa, pavimentada pelo mais despudorado arrivismo. Margarida Costa Parente é, originariamente, uma patricinha que ganhou visibilidade apresentando um programa exibido aos sábados pela manhã na RBA TV, o Atitude, apresentando-se como Meg Barros, quando ainda carregava o nome do ex-marido. Com um discurso em defesa da justiça social e ações assistenciais, que logo se descobriria se mero mise-en-scène, ela pavimentou sua vitoriosa candidatura a vereadora pelo PSOL, o Partido Socialismo e Liberdade, do qual, tão logo eleita, bateu em retirada, abrigando-se no PROS, o Partido Republicano da Ordem Social, na esteira do toma-lá-dá-cá próprio dos políticos fisiológicos. Balizada pelo mesmo fisiologismo que levou-a a dar as costas ao PSOL, tão logo eleita pela legenda, ela migrou do PROS para o PRP, ambos partidos dominados por evangélicos cuja fé é depositada, sobretudo, no vil metal e que prosperam na esteira da exploração da religiosidade das massas ignaras.

É inequívoca a vocação de Margarida Costa Parente, a Meg Parente, ao arrivismo. Antes de ganhar notoriedade com o programa na RBA TV, produzido pela empresa do seu então marido, o publicitário Cleber Barros, do qual posteriormente se separou, a hoje vereadora ganhou a vida placidamente, abrigada no gabinete da desembargadora Sônia Parente, da qual é sobrinha. Com a súmula do STF, o Supremo Tribunal Federal, vedando o nepotismo, ela foi contratada por uma empresa que prestava serviços ao TJ do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado. Quando casada com o publicitário Cleber Barros, ela não revelou nenhum constrangimento em ver o então marido envolvido em denúncias de falcatruas. Cleber Barros, recorde-se, figurou como réu em uma ação por improbidade pública, no rastro de um rombo estimado, em valor por atualizar, em R$ 2 milhões na Seduc, a Secretaria de Estado de Educação, ocorrido no governo Ana Júlia Carepa. O imbróglio envolveu a empresa de Cleber Barros, acusado de embolsar dinheiro por serviços jamais prestados à secretaria.

Um comentário :

Anônimo disse...

Essas figuras são repugnantes, ainda mais quando migram para os partidos manobrados por evangélicos, que só pensam em "tirar" dinheiro de uns pobres coitados que não têm onde cair morto, em troca da "vida eterna".