sábado, 4 de junho de 2016

UFPA – Weyl, a (saudável) ousadia que assusta

Weyl (à dir.) com seu vice, Lírio: excelência pela via da transparência.

João Weyl, aparentemente um dos mais débeis dos candidatos na correlação de forças entre as candidaturas que disputam a sucessão na UFPA, talvez por isso é o que mais ousa em suas propostas de gestão, nas quais privilegia a transparência - incluindo auditoria das contas e contratos de toda a universidade - como via natural para contemplar a excelência acadêmica. Não surpreende, nesse cenário e diante das mazelas que medram com vigor na academia, que suas propostas suscitem temor nos grupos que sustentam as candidaturas de Emmanuel Tourinho e Edson Ortiz. Ele define como algo abjeto o consagrado tráfico de influência, com seu corolário de barganhas escusas, que desponta como pressuposto para a obtenção de recursos na universidade. “Trata-se habitualmente como concessão o que é um dever do gestor”, sublinha. Disso resulta, na sua ótica, a ausência de um efetivo compromisso com a busca da excelência, como denominador comum na academia. “A excelência, aqui [na UFPA], costuma ser obtida mais pelo empenho individual”, observa.

Humilde, mas não servil, Weyl, cuja simplicidade contrasta com seu respeitável currículo, revela-se consciente do temor que as propostas de seu grupo inspiram no status quo universitário, sem abdicar, porém, de princípios, como é prática corrente na academia, a pretexto de conveniências eleitorais. “Tenho responsabilidade com meus alunos e com o grupo do qual faço parte”, acentua, ao repelir a atmosfera de vale-tudo eleitoral que pontua a disputa pela reitoria. Sobre a possibilidade de estar cumprindo a estratégia de se fazer conhecer e divulgar as propostas do grupo que representa, mirando em uma próxima sucessão, ele é peremptório. “Eu não gostaria de ser candidato por quatro anos”, esclarece. “Mesmo porque o grupo que represento tem outras opções, em termos de nomes”, acrescenta, defendendo o estímulo ao surgimento de novas lideranças e o compromisso com uma visão crítica sobre a universidade. “A gente quer implementar um modo de gerir transparente, descentralizado e participativo e sujeito à discussão permanente. Quando se cria mecanismos de inclusão de todos e publicização das ações, fica mais fácil coibir privilégios e avançar em processos de gestão mais inovadores e que atendam de forma mais democrática as demandas da comunidade universitária e a relação da universidade com a comunidade e o setor produtivo”, enfatiza.

5 comentários :

José Oeiras disse...

Acho que o João é a única alternativa a chapa apoiada pelo reitor pmdebista que sai pra se candidato dos Barbalhos a PMB.

Anônimo disse...

Caro Barata,
É o pior dos candidatos. Weyls é Confuso e desarticulado. Como sua candidatura não decola, só ataca, haja vista que não tem projeto.
Abs

Anônimo disse...

Não quero o PMDB na UFPA! João reitor!

Anônimo disse...

Prezado Barata
João reitor seria o caos. Agora atacam o PMDB, mas viviam bajulando suas lideranças. Na época em que o PT estava no comando do Estado foram extremamente ineficientes e orgânicos. Agora fingem que não pertencem ao grupo dos PeTralhas. Não tem a mínima condição de gerenciar a UFPA.

Anônimo disse...

Esse anônimo ai que esta denunciando a candidatura João Weyl como "petralha", com certeza é apoiador de Maneschy/Tourinho/PT/PC do B. Vou logo dizendo, é horrível essa forma de tratamento. lamentável porque substitui a crítica política pelo ódio puro, pela desqualificação absoluta. O PT teve e tem uma importância sem igual na democracia brasileira e na afirmação de direitos econômicos e sociais.
Os petistas não sabem defender isso, lamentavelmente, porque grande parte de suas lideranças se deixou afundar no mar de lama da corrupção e do fisiologismo, como é exemplo essa estranha aliança do PT (e do PC do B) com Tourinho/Maneschy/PMDB, sobretudo agora, no momento em que o PMDB é a imagem da violação da constituição e da democracia no Brasil.
Não enxergam a si mesmos. O PT e o PC do B não enxergam a natureza conservadora de seus aliados.
Já o povo de Tourinho pensa isso mesmo da esquerda, que são simplesmente "petralhas" e não olham para suas parcerias.
São como Michel, que denuncia a corrupção e monta um governo dos corruptos!