UFPA – No Barros Barreto, um simulacro de debate

Erick Pedreira: vítima de inominável grosseria no simulacro de debate.

Um patético simulacro de debate, organizado para servir de vitrine ao professor Emmanuel Tourinho, ex-pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, o candidato a reitor da UFPA apoiado pelo ex-reitor Carlos Maneschy. A concluir dos relatos feitos ao Blog do Barata, assim pode ser definido o arremedo de debate realizado quinta-feira, 2, no Hospital Universitário João de Barros Barreto, reunindo os candidatos a reitor da UFPA, com exceção do professor Edson Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. Sem que as regras fossem previamente discutidas com os candidatos, o simulacro de debate foi organizado e mediado por um certo José Miguel Ferreira, vulgo Zé Miguel, notório militante do PT, descrito como um mal dissimulado cabo eleitoral de Tourinho, notabilizado ainda pela parca familiaridade com o vernáculo, traduzida nos erros crassos contidos na convocação para o evento, que afixou no quadro de avisos do hospital.

A tosca pantomina mal ajambrada pelo tal Zé Miguel antecipava-se como tal pela própria forma como foram feitos os convites aos participantes do arremedo de debate. Os candidatos a reitor foram convidados por telefone, sem que conhecessem ou soubessem quem viria a ser o organizador do evento. Mas o pior estava por vir, salientam os relatos de alguns dos circunstantes. Desqualificado para o papel que se atribuiu, devido sua inocultável escassez intelectual, o pretenso mediador acabou por se trair e revelar-se um áulico dos poderosos da hora, o que fez de forma extremamente grosseira, para constrangimento de todos e, em particular, dos próprios candidatos a reitor. Quando o professor Erick Pedreira, um dos candidatos à reitoria da UFPA, reportou-se a relatos de servidores do Barros Barreto, denunciando que até comida estragada já lhes foi servida, foi abruptamente interrompido. “Isso não é verdade”, vociferou, incontido, o obscuro Zé Miguel, que pretendeu fazer um discurso laudatório em defesa da administração do hospital. O surto servil do áulico petista foi estancado por uma técnica do Barros Barreto, que confirmou enfaticamente a veracidade da denúncia feita a Pedreira. A ela se sucederam outros servidores, que desabafaram não ter comparecido ao debate para ouvir balelas, sepultando as diatribes disparadas pelo tal Zé Miguel.