quarta-feira, 22 de junho de 2016

UFPA – Eleição ganha lances circenses e Schneider volta atrás e revoga a portaria nomeando Carlos Maneschy

Carlos Maneschy, cuja nomeação para assessor foi revogada pelo...
... atual reitor, Horácio Schneider, que cumpre um mandato-tampão.
Decididamente, a eleição do novo reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, ganhou lances circenses, na esteira do empenho da atual gestão em eleger o professor Emmanoel Tourinho, ex-pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, o candidato chapa-branca. No melhor estilo Waldir Maranhão, o desastrado presidente em exercício da Câmara dos Deputados, o reitor Horácio Schneider, que cumpre um mandato-tampão, revogou a nomeação, como assessor, do ex-reitor Carlos Maneschy, candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, sob o aval do senador Jader Barbalho, o polêmico morubixaba do partido no Pará. Assinada por Fernando Arthur de Freitas Neves, reitor em exercício, a portaria que revogou a nomeação de Maneschy, de nº 2744, foi publicada na edição desta quarta-feira, 22, do Diário Oficial da União, tornando sem efeito a portaria 2682, nomeando o ex-reitor como assessor do atual reitor, Horário Schneider.

Maneschy, que renunciou ao cargo de reitor e antecipou a sucessão na UFPA, cuja eleição foi antecipada de novembro para o próximo dia 29, é o tutor político e assumido cabo eleitoral de Tourinho, que tem como principal adversário o professor Edson Ortiz, ex-pró-reitor de Administração, cuja candidatura foi solenemente ignorada pelo ex-reitor. Cacifado por 38 anos de vida acadêmica e favorecido por uma postura pessoal afável, Ortiz acusa Maneschy de não respeitar um acordo, por ele mesmo proposto, da atual gestão apoiar um candidato após uma ampla discussão com dirigentes da administração superior da UFPA. “Nada a objetar contra uma discussão prévia. Só não posso aceitar, como outras pessoas também não aceitam, a imposição de um nome, feita sem nenhum debate”, disparou ácido Ortiz, em entrevista ao Blog do Barata, na qual desmentiu categoricamente a versão segundo a qual desrespeitara um acordo que ele próprio acatara. Em lugar de consultas, Maneschy, então reitor, passou a apresentar Tourinho como o candidato da atual gestão a reitor, a pretexto de “um simulacro de pesquisa, cuja metodologia se desconhece e na qual não se sabe quem foi consultado”.

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