quarta-feira, 15 de junho de 2016

OPINIÃO – Reflexões de um professor

JOÃO WEYL*

Estamos passando em salas de aula para conversas com estudantes da UFPA. Ontem, estivemos em Abaetetuba. Pouco tempo para conversas, decorrência do processo de sucessão. Bom, já falamos sobre isso, não concordamos com a forma, mas, se estamos em campanha, aceitamos as regras. No final, temos convicção que a nossa ação estimula o debate e mostra que uma nova margem é possível.
Uma das conversas que me chamou atenção ontem, foi quando, após nossa fala, seguiram-se perguntas dos estudantes e depois o colega professor perguntou-me porque a internet é tão ruim lá. Ou melhor, porque ele não consegue, pelo menos, baixar o aplicativo que precisa usar para mostrar aos estudantes.
Passou-me um filme. Depois de tanto tempo brigando para desenvolver, de termos proposto soluções para conectar os campi da UFPA, de termos apresentado ao governo do Pará e implementado a ideia por meio do projeto Navegapará, quando deixamos os campi da UFPA conectados com a tecnologia sem fio disponível, a mesma que o Navegapará disponibilizava para todas unidades, quando apontamos e informamos, quais investimentos poderiam ter sido feitos naquele momento pela UFPA para ampliar a capacidade para os campi da UFPA (visto que o investimento do Navegapará era do governo do estado), me deparo que muito ainda há de ser feito.
Não que não precisemos da RNP, mas a RNP é uma OS, uma organização social. Ela tem e deve atender um contrato de gestão com o MEC, MCTI (ainda existe), com o MS, para gerencia de diversos serviços. É uma imensa demanda, uma demanda nacional. Qual a nossa prioridade, digo, a prioridade para atendimento às nossas demandas? Minha experiência, enquanto gestor na Sedect, anos 2007-2010, quando asseguramos recursos do MCTI, mas esperamos 4/5 para implantação de quatro redes metropolitanos no interior do Pará (Castanhal, Altamira, Marabá e Santarém), recursos conseguidos em contrapartida aos investimento do estado no Navepará. Nós tínhamos na Prodepa e na UFPA recursos humanos para assegurar a implementação. Que tal descentralizar os recursos? Depois, enquanto estivemos na vice-reitoria da Unifesspa, novamente a experiência por esperarmos dois anos e meio para implantação de conexão de internet em unidades fora de sede. A Unifesspa não tinha gestão sobre a contratação.
Nós precisamos juntar a academia, as IFES, IES, ICT no estado e criar um forte contraponto, com parcerias municipais, estaduais e, integradas com as rede da Prodepa, da Eletronorte, com as redes metropolitanas, com as redes que se instalam por meio do projeto Cidades Digitais do MC, projeto do qual participamos do prupo de trabalho desde 2011, com a infraestrutura lançada e expansão para Rede Celpa (Marajó, Sul-Sudeste e Calha Norte) e voltar a integrar e crescer a plataforma de conhecimento.
Convenço-me que avançamos, mostramos que a solução de melhoria é possível, mas que precisamos ir de volta para o futuro. Esse é o filme. Precisamos Navegar. Esse é o fundamento da nossa proposta para constituição da Rede Paraense de Pesquisa.


* João Weyl, um dos candidatos a reitor da Universidade Federal do Pará, é engenheiro eletrônico, formado pela própria UFPA, da qual é docente desde 1994, como professor associado da Faculdade de Engenharia da Computação do Instituto de Tecnologia, com mestrado e doutorado em engenharia elétrica - telecomunicações, pela PUC-RJ, em 1989, e Unicamp, em 1994. Foi vice-reitor pró-tempore da Unifesspa, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, de agosto 2013 a fevereiro de 2016, e secretário-adjunto da Secdet, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, de janeiro de 2007 a dezembro de 2010, durante o governo Ana Júlia Carepa.

3 comentários :

Anônimo disse...

Porque esse professor, que se diz tão bom, tão preparado, que trocou a UFPA pela UNIFESSPA - comandada por petistas viúvos da Ana Júlia - não ficou por lá mesmo e concorreu à Reitor em marabá? Ele só fala nesse navega pará, eu eim. não fez mais nada? o que fez quando foi da administração do reitor Cristovão? nada, nada, nada
Lá seria mais fácil com a máquina administrativa ajudando. Porque veio concorrer na UFPA? - Mistério ou opção em tirar votos de outros candidatos, o famoso empata votos. Entra n disputa só pra atrapalhar. Tá parecendo orientação vinda de cima ...!

Anônimo disse...

Que comentário mais sem sentido. Preconceituoso.
Uma universidade, quando construída, precisa da presença de pesquisadores e gestores experientes e a Instituição mãe, no caso a UFPa, para induzir a autonomia da nova instituição e construir um planejamento da ova IES.
Pois é, o candidato João Weyl, por sua larga experiência, já tendo participado da elaboração do Projeto da Unifesspa, como o fez na ufopa, foi chamado para enfrentar o desafio da criação da nova Universidade.
E o fez com extrema competência, demonstrando mais uma vez na prática porque é o melhor candidato para a Reitora da UFPa.

Anônimo disse...

Barata,

Estão falando da competência do João Weyl? Desculpem, na UNIFESSPA ele foi designado pelo PT, acompanhando o reitor pro-têmpore Maurílio Monteiro, cunhado da ex-governadora Ana Júlia Carepa (onde ela está?), todos do PT. Ambos renunciaram e deixaram praticamente abandonada a UNIFESSPA. Na UFOPA é sabido que o João Weyl não disse a que foi, passou meteoricamente por essa instituição.
Sem falar da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, onde foi secretário adjunto, precisamente do Maurílio Monteiro, no governo da cunhada Ana Julia. Uma passagem muito ruim pelo Estado, que falem os funcionários e quem foi ligado ao setor de Ciência e Tecnologia nessa época.