segunda-feira, 13 de junho de 2016

JATENE – A crítica aos “policiais maçanetas”



No seu questionamento, o internauta anônimo é às vezes contundente, ainda que se utilize, inegavelmente, de uma veemência amparada em fatos. Ele critica acidamente a institucionalização dos “policiais maçanetas”, como são jocosamente tratados os PMs absorvidos em funções burocráticas, alguns dos quais entregues a tarefas menores, como abrir e fechar portas para as autoridades às quais foram cedidos. Tal como costuma ocorrer no Tribunal de Justiça, no Ministério Público Estadual, nos tribunais de Contas do Estado e dos Municípios e na Assembleia Legislativa.
Citando especificamente o Ministério Público Estadual, o internauta é categórico. “Essa despesa com a segurança dos prédios e de servidores, o MP não tem em seu orçamento e nem precisa. Basta pedir ao governador, que vem aumentando o quantitativo de policiais naquele Parquet”, ironiza. E observa que se trata de um absurdo inominável, porque institucionaliza o desvio de função. “Não venha o MP dizer que os policiais militares que estão lá não estão em flagrante desvio de função, porque, segundo a Constituição Federal de 1988, à Policia Militar cabe a policia ostensiva e a preservação da ordem pública. No entanto, o que se vê é uma policia ostensiva e bastante expressiva, cuidando da segurança e preservação dos prédios do MP, ostensividade que falta à segurança pública dos paraenses, que pagam os salários desses policiais de gabinete, ‘policiais maçanetas’, guardiões de chaves de cadeado e de controles de portões eletrônicos’, que atuam abrindo e fechando portas de gabinetes e de carros dos membros do Parquet e de cadeados das portas e até do portão da garagem do MP!”

“A economia de recursos públicos que o governador quer fazer, acabando com a vigilância armada nos órgãos e entidades do Poder Executivo, o MP já fez há muito tempo, quando substituiu a empresa terceirizada responsável pela segurança de seus prédios, por policiais militares custeados pela sociedade que morre nas mãos dos bandidos, enquanto a PM, cujos salários são pagos pela sociedade, protege os prédios, os carros e até a chave da porta de acesso ao prédio e os controles de portões eletrônicos, na casa dos ‘fiscais da lei’, além, óbvio, de proteger os fiscais da lei”, acentua o internauta anônimo em sua crítica. “Existem municípios que precisariam de pelo menos seis PMs para garantir a segurança pública de todos os munícipes e não tem sequer um PM, porque não há contingente suficiente. Segundo a ONU, deve haver um policial militar para cada 450 habitantes, no entanto, no MP existem 200 policiais militares para apenas e tão-somente, pouco mais de 300 membros”, arremata, em tom indignado.

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