quinta-feira, 30 de junho de 2016

ELEIÇÕES – Cinismo eleitoral


MURAL – Queixas & Denúncias


BLOG – No dia da eleição do reitor da UFPA, um novo recorde, com um total de 3.925 acessos registrados

Nesta última quarta-feira, 29, o Blog do Barata superou seu próprio recorde, ao registrar um total de 3.925 acessos, ultrapassando a marca de 3.889 acessos, verificada na terça-feira, 28. A exemplo de terça-feira, nesta quarta-feira a postagem mais acessada foi também UFPA - Segundo denúncia,Gilmar Silva, vice de Tourinho, foi responsabilizado por dano ao erário.
Como nos últimos dias, o destaque foi a eleição do novo reitor da UFPA, vencida pelo professor Emmanuel Tourinho, do qual é vice o professor Gilmar Pereira da Silva. Tourinho e Silva venceram em todas as categorias, segundo revela a edição desta quinta-feira, 30, do Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará.

Tourinho, o reitor eleito, teve sua candidatura patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy e pelo atual reitor, Horácio Schneider, com o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em setores mais sectários da esquerda, acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá fisiológico. Maneschy, o patrono político de Tourinho, é o candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, com o aval do senador Jader Barbalho, cujo nome é associado a recorrentes denúncias de corrupção.

UFPA – Weil e Lírio lançam manifesto exortando à luta pela universidade e cumprimentando Tourinho

Weyl (à esq.) e Lírio: exortação à luta e cumprimento aos vencedores.

A chapa que teve como candidatos a reitor e vice-reitor os professores João Weyl e Armando Lírio, respectivamente, divulgou um manifesto no qual, além de agradecer os votos dos seus eleitores, exorta à luta por novas ideias e propostas para a UFPA, a Universidade Federal do Pará. “Chegamos ao final desta campanha com o sentimento do dever cumprido e com a certeza de que nossa candidatura foi exitosa. Percebemos o quanto conseguimos pautar novos debates nesta disputa e como conseguimos agregar ideias e pessoas dispostas a construir uma universidade mais cidadã e democrática. A gente sabe que a UFPA já não é mais a mesma”, assinala o manifesto. A chapa de Weyl e Lírio chegou à recorrer à Justiça, solicitando a suspensão da eleição para reitor da UFPA, diante de alegado desrespeito ao regimento eleitoral e cobrando informações “essenciais para garantir a lisura do certame”.
Elegantes, Weyl e Lírio cumprimentam os vencedores da eleição para reitor, na qual a chapa de ambos acabou em quarto lugar, surpreendentemente superada pela professora Vera Jacob, terceira colocada. “Parabenizamos o professor Emmanuel Tourinho, reitor, e o professor Gilmar Pereira, vice-reitor,  pela vitória e desejamos êxito na sua gestão. Esperamos poder contribuir com ela por meio de uma oposição crítica, responsável e que deseja, antes de tudo, que nossa UFPA exerça plenamente sua função pública e social”, destacam.

“Nossa candidatura foi construída coletivamente e em torno de um projeto que coloca a UFPA no centro da vida social paraense. Aceitamos a missão de representar nosso grupo e de defender nossas ideias com grande entusiasmo. O desafio muito nos honrou e esperamos ter estado à altura da expectativa das que caminharam junto conosco e das que nos deram seu voto. Agradecemos também a todas que, mesmo sem ter escolhido nossa proposta, a complementaram com diálogo e mesmo com críticas”, frisam Weyl e Lírio no manifesto, que concluem com uma profissão de fé em suas propostas: ”Nossa luta apenas começou, porque somos a terceira margem do rio e escolhemos ter voz.

UFPA – O manifesto

Em seguida, a transcrição, na íntegra, do manifesto dos professores João Weyl e Armando Lírio:

Amigos e amigas,

Chegamos ao final desta campanha com o sentimento do dever cumprido e com a certeza de que nossa candidatura foi exitosa. Percebemos o quanto conseguimos pautar novos debates nesta disputa e como conseguimos agregar ideias e pessoas dispostas a construir uma universidade mais cidadã e democrática. A gente sabe que a UFPA já não é mais a mesma.
A experiência de construir uma candidatura de forma coletiva, dialogando com franqueza e conhecendo as dificuldades, os problemas e os sonhos da nossa comunidade acadêmica foi de uma riqueza indescritível. Todo o nosso grupo aprendeu muito com essa campanha. Conhecemos a fundo a UFPA e sabemos ter contribuído para o surgimento de novas ideias e propostas.
Nossa candidatura foi construída coletivamente e em torno de um projeto que coloca a UFPA no centro da vida social paraense. Aceitamos a missão de representar nosso grupo e de defender nossas ideias com grande entusiasmo. O desafio muito nos honrou e esperamos ter estado à altura da expectativa das que caminharam junto conosco e das que nos deram seu voto. Agradecemos também a todas que, mesmo sem ter escolhido nossa proposta, a complementaram com diálogo e mesmo com críticas e a todas os que nos enviaram pensamentos positivos e nos dirigiram mensagens de incentivo.
Ao mesmo tempo nos desculpamos por não termos podido estar presentes, da maneira como gostaríamos, em todos os campi e espaços da universidade. O tempo exíguo e as limitações de recursos nos impediram de fazer uma campanha mais ampla e com maior quantidade de rodas de diálogo.
Parabenizamos o professor Emmanuel Tourinho, reitor, e o professor Gilmar Pereira, vice-reitor,  pela vitória e desejamos êxito na sua gestão. Esperamos poder contribuir com ela por meio de uma oposição crítica, responsável e que deseja, antes de tudo, que nossa UFPA exerça plenamente sua função pública e social.
Seguiremos refletindo e lutando por uma universidade mais democrática, mais cidadã e mais participativa nos debates e na vida da Amazônia. Por isso, convidamos todos que caminharam conosco a seguirmos juntos na nossa construção.
Essa caminhada não teria sido possível sem o apoio de tantas pessoas queridas. Familiares se envolveram, colegas colaboraram e novos e antigos amigos se juntaram a esse sonho. Nossa campanha aglutinou seres humanos tão diversos e maravilhosos que a riqueza desses meses de convívio certamente ficará para sempre em nossos corações. O afeto nos moveu e esse afeto que agora queremos devolver, mesmo que uma só palavra não dê conta de expressar o nosso sentimento. A todos e a todas, gratidão!
Nossa luta apenas começou, porque somos a terceira margem do rio e escolhemos ter voz.


Chapa João Weyl e Armando Lirio

UFPA – O agradecimento de Weyl

Registro o agradecimento do professor João Weyl pela cobertura do Blog do Barata sobre a eleição para reitor da UFPA, feito por e-mail no qual enviou a planilha com os números parciais da apuração paralela.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

CORRUPÇÃO - Ilustres bandidos



UFPA – Mesmo sofrendo um revés na reitoria, Emmanuel Tourinho amplia vantagem e Edson Ortiz admite a derrota

Tourinho: vitória consolidada antes mesmo do término da apuração.

A despeito do revés que amargou na própria reitoria, o professor Emmanuel Tourinho, o candidato chapa-branca a reitor da UFPA, ampliou sua vantagem de modo irreversível e o professor Edson Ortiz, seu principal adversário, acaba de admitir a derrota. “Fiz o que deveria fazer, mas, infelizmente, tenho que admitir a derrota, em respeito à comunidade universitária”, declarou Ortiz, elegantemente, já às 11 horas da noite desta quarta-feira. “Agradeço, sinceramente sensibilizado, a confiança dos que votaram em mim”, acrescentou o ex-reitor de Administração, que desafiou a máquina administrativa, posta a serviço de Tourinho, o candidato patrocinado pelo ex-reitor Carlos Maneschy e pelo atual reitor, Horácio Schneider, que ainda teve o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em setores mais sectários da esquerda, acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá fisiológico.
A despeito do significado político, a vitória por 199 votos a 195 obtida por Ortiz na reitoria, até pela sua minguada diferença, foi insuficiente para compensar a vantagem aberta por Tourinho no Hospital Universitário Barros Barreto. “Não há possibilidade de reversão. Tenho que reconhecer a derrota”, declarou Ortiz, ao admitir a vitória de Tourinho.

Com a apuração ainda em andamento, as projeções sinalizam que, sepultando as expectativas desenhadas na reta final da campanha, Vera Jacob deverá ficar em terceiro lugar, superando João Weyl. Essas projeções foram confirmadas pelo próprio Weyl, cuja coordenação de campanha optou por fazer uma apuração paralela, que, a exemplo da oficial, coloca Erick Pedreira como o último colocado na disputa pela reitoria da UFPA.

UFPA - A votação no Itec

No Itec, o Instituto de Tecnologia, entre os docentes Ortiz obteve 103 votos; Tourinho, 56; Weyl, 25; Erick, 17; Vera, dois. Entre os técnicos, Ortiz obteve 50 votos; Vera, 17; Erick, 14; Tourinho, três. Entre os alunos de pós-graduação, Erick teve 56 votos; Ortiz, 41; Weyl, 31; Vera, sete; Tourinho, quatro.

UFPA – Os números de Salinas e Parauapebas

Contabilizados os votos de Salinas, entre os docentes Ortiz teve três votos, contra dois de Tourinho e dois de Weyl. Entre os técnicos, Ortiz somou 12 votos, contra quatro de Tourinho e dois de Weyl. Entre os discentes, Tourinho somou 16 votos, contra seis de Weyl e três de Ortiz. Os votos em separado são três – um entre os docentes e dois entre os técnicos.

Em Parauapebas, apurados os votos entre os discentes, Ortiz teve 12 votos; Tourinho, seis; Vera Jacob, também seis; e Weyl, dois.

UFPA – A apuração dos votos em separado

A pretexto de precaver-se da possibilidade de um mesmo eleitor votar em várias seções, foi decidido que os votos em separado serão apurados pela própria comissão eleitoral.

UFPA – No ICSA, uma única urna e fila de eleitores

Estripulias da organização da eleição para reitor da UFPA: como no ICSA, o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, foi instalada apenas uma urna, apesar do grande números de eleitores, registra-se uma monumental fila de votantes.

UFPA – Denúncia de voto de cabresto em Abaetetuba

Segundo denúncia feita ao Blog do Barata, pelo menos em Abaetetuba a campanha de Emmanuel Tourinho, o candidato chapa-branca a reitor da UFPA, teria disponibilizado ônibus para transportar alunos do Parfor, o Plano Nacional de Formação Docentes.
O Parfor é destinado a professores em exercício das escolas públicas estaduais e municipais sem a qualificação exigida pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, representando um contingente estimado em cerca de cinco mil alunos na UFPA. Esse segmento é considerado uma reserva de mercado eleitoral de Tourinho, porque a ele tem acesso privilegiado a administração superior da universidade, além dos prefeitos dos municípios pelos quais se espalham.

A candidatura de Tourinho, recorde-se, é patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy, candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, com o aval do senador Jader Barbalho, o morubixaba do partido no Pará, com uma vasta experiência em tranquinagens eleitorais.

UFPA – O vale-tudo eleitoral


UFPA – A (comovente) elegância de Ortiz

Como elegância tornou-se utensílio de museu, o comovente gesto merece registro.
Nesta quarta-feira, 29, fui alcançado por um telefonema do professor Edson Ortiz, a quem sequer conheço pessoalmente, no qual ele agradeceu o espaço aberto pelo Blog do Barata para a eleição para reitor da UFPA e, em particular, à sua candidatura.

“Não sou movido pela vaidade, mas por princípios”, salientou Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. “Meus compromissos são com a instituição”, acrescentou.

UFPA – Voto de cabresto


MURAL – Queixas & Denúncias


UFPA – Tourinho e Ortiz polarizam disputa para reitor, em eleição pontuada por denúncias de irregularidades

Emmanuel Tourinho, o candidato com o escancarado apoio da reitoria,...
...polariza a disputa com Edson Ortiz, que desafia a máquina administrativa.

Em uma eleição pontuada por recorrentes denúncias de irregularidades, a UFPA, a Universidade Federal do Pará, elege nesta quarta-feira, 29, seu novo reitor, em disputa polarizada por dois candidatos originários da atual administração – Emmanuel Tourinho, ex-pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, e Edson Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. Beneficiada pela escandalosa utilização da máquina administrativa, a candidatura de Tourinho é patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy, que renunciou ao cargo para sair candidato a prefeito de Belém pelo PMDB - antecipando a sucessão, com o aval do Consun, o Conselho Universitário -, e pelo atual reitor, Horácio Schneider, e tem o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em setores mais sectários da esquerda, agora acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá fisiológico. Ortiz, cuja candidatura, sem tintura político-partidária, foi pérfida e solenemente ignorada por Maneschy, desponta como o único candidato com possibilidades concretas de derrotar Tourinho, cacifado por 38 anos de vida acadêmica e um temperamento respeitoso, mas afável, com a vantagem adicional de ser considerável imbatível entre os técnicos da universidade.

No entorno de Tourinho e Ortiz desfilam os demais candidatos - João Weyl, Vera Jacob e Erick Pedreira. Weyl, cuja candidatura se apresenta como apartidária, a despeito dele ser um militante histórico do PT, disputa o terceiro lugar com Vera Jacob, turbinado por um discurso de intransigente defesa da transparência administrativa e do diálogo político na condução da UFPA. Vera Jacob é identificada com o PSol e tradicional porta-voz dos setores mais sectários da esquerda e de segmentos corporativos, como a Adufpa, a Associação dos Docentes da UFPA, o Sindifes, o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará, e o Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, cuja diretoria é alvo de denúncias de corrupção. Erick Pedreira costuma ter sua candidatura associada ao PSDB e, em particular, ao prefeito Zenaldo Coutinho, em cuja gestão foi presidente do Ipamb, o Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém.

UFPA – Triunfalismo de Tourinho e otimismo de Ortiz



Na campanha de Emmanuel Tourinho, pelo menos para consumo externo, o tom é de triunfalismo, de inocultável menosprezo aos adversários em geral e a Edson Ortiz, em particular. Ortiz, a despeito de elegante e parcimonioso nas críticas, é o alvo predileto dos golpes, às vezes abaixo da linha da cintura, desfechados pela campanha de Tourinho.
Mais realistas, as projeções da campanha de Ortiz, embora otimistas, apontam para uma polarização com Tourinho, permeada por uma “disputa acirrada” entre os docentes e uma expressiva vantagem do candidato de oposição entre os técnicos, mas reconhecem uma indefinição entre os alunos. Na avaliação feita pela campanha de Ortiz, entre os discentes destaca-se o contingente de alunos do Parfor, o Plano Nacional de Formação Docentes, aos quais tem acesso privilegiado a administração superior da universidade, engajada na campanha de Tourinho. O Parfor é destinado a professores em exercício das escolas públicas estaduais e municipais sem a qualificação exigida pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, habitualmente dispersos pelo interior e mais suscetíveis às pressões dos inquilinos do poder.
De acordo com as estimativas confiáveis, o universo de votantes da UFPA, na eleição para reitor – feita pelo voto proporcional - ,inclui cerca de 2.500 docentes, aproximadamente 2.300 técnicos e mais de 40 mil estudantes, entre os quais é colossal o percentual de abstenção. Nas últimas eleições, por exemplo, exerceram o direito de voto em torno de 12 mil estudantes. Por isso, sobretudo em uma disputa polarizada, previsivelmente ganha grande relevância o voto dos alunos do Parfor, um contingente estimado em mais de cinco mil discentes.
Na campanha de João Weyl, a avaliação reconhece a polarização entre Tourinho e Ortiz, sinalizando uma suposta vantagem do candidato da reitoria, em função da utilização da máquina administrativa e da omissão da comissão eleitoral. A sincera pretensão da candidatura de Weyl, segundo sua própria campanha, seria emergir como uma espécie de terceira via, credenciada pelo terceiro lugar na disputa pela reitoria, com algo em torno de 30% dos votos. “Nossa briga é pelo terceiro lugar”, admite, com todas as letras, fonte de campanha.

Seja como for, o clima da disputa sinaliza para uma eleição polarizada. O triunfalismo da campanha de Tourinho, anabolizada pela utilização da máquina administrativa, é traído pelo tom abrasivo reservado a Ortiz e por lances burlescos, como a divulgação do simulacro de pesquisa de intenção de intenção de voto, conferindo-lhe ampla vantagem, ardil próprio de candidato inseguro sobre seu cacife eleitoral.

UFPA – Juiz indefere liminar e mantém eleição

Armando Lírio e João Weyl: liminar indeferida pelo juiz Rafael Bussolari.

O juiz federal Rafael Bussolari, indeferiu o pedido de liminar da chapa do professor João Weyl, solicitando a suspenção da eleição para reitor da UFPA, diante de alegado desrespeito ao regimento eleitoral. No elenco de irregularidades mencionadas, o mandado de segurança impetrado cita que não foram apresentados pela comissão eleitoral, “mesmo após prévio requerimento administrativo”, informações “essenciais para garantir a lisura do certame”. Dentre essas informações figuram as listas de eleitores por seção (professores, técnicos administrativos e estudantes), relação nominal dos presidentes e mesários de cada uma das seções eleitorais e relação dos locais nos quais seriam instaladas cada uma das 87 seções eleitorais. Na leitura da assessoria jurídica da chapa de Weyl, pelo regimento eleitoral a comissão eleitoral, presidida pela professora Jane Beltrão, teria a obrigação de fornecer essas informações até sete dias antes da eleição, isto é, até o último dia 22, o que não ocorreu pelo menos até a segunda-feira, 27.
Na sua decisão, o juiz federal Rafael Bussolari observa que o edital eleitoral realmente determina que as mesas receptoras dos votos serão divulgadas sete dias antes do dia da votação. Mas ressalva que a resolução 746/2016, em seus artigos 3º e 4°, define que cada seção eleitoral corresponderá a uma mesa receptora de votos e que as seções eleitorais funcionarão em prédios das unidades universitárias e/ou em locais a serem definidos pela comissão eleitoral. “Note-se, portanto, que não há no edital ou no regimento eleitoral prazo específico para divulgação nominal dos membros de cada mesa receptora, como exigem os impetrantes em sua inicial”, sublinha o magistrado.
O juiz federal Rafael Bussolari também observa que no edital regulamentador e no regimento eleitoral também não se visualiza a exigência de apresentação de listas de eleitores por seção, mas tão somente que estes se enquadrem na categoria de professores, técnicos administrativos e estudantes. “Desta feita, entendo que o mero fato de não haver especificado previamente o nome dos componentes de cada mesa eleitoral ou listagem nominal de candidatos por seção eleitoral não afastaria a possibilidade de ser realizado o controle e fiscalização por parte de todos os interessados, sendo inclusive franqueado aos candidatos o cadastramento e habilitação de fiscais com livre acesso a todos os locais de votação para a devida sindicância”, assinala também o magistrado.
“Não há que se pensar na suspensão de um certame da magnitude da escolha de nomes que futuramente ocuparão a vaga do Reitor de uma universidade federal tão somente pela pretensa ausência de nomes que impossibilitariam fiscalização do processo eleitoral”, acrescenta o juiz federal Rafael Bussolari. “Não se está diante da negativa de acesso às informações pela comissão eleitoral, mesmo porque os nomes dos componentes das mesas diretoras e das pessoas que registraram seus votos naqueles locais ficarão à disposição de todos os candidatos para a devida fiscalização na data de sua realização, não exigindo o edita l ou o regimento eleitoral prazo mínimo para tanto.”

“Certo é que a concessão de medida tão extrema se mostraria mais gravosa do que oportunizar à própria comissão eleitoral a apuração de eventuais falha s apontadas pelos eleitores e candidatos interessados durante o recebimento e apuração dos votos, bem como pelo próprio Poder Judiciário em momento posterior, na análise de tal questão”, arremata o magistrado, ao indeferir o pedido de liminar.

terça-feira, 28 de junho de 2016

ELEIÇÕES – Armadilhas eleitorais


BLOG – Com 3.889 acessos, mais um novo recorde, novamente com destaque para a eleição na UFPA

Depois da marca de 3.221 acessos, alcançada segunda-feira, 27, o Blog do Barata superou seu próprio recorde, ao registrar 3.889 acessos nesta terça-feira, 28, quando novamente o destaque do dia foi a eleição para reitor da UFPA.

BLOG – As mais lidas






UFPA - Angústia eleitoral


UFPA – Weyl oferece versão sobre recurso à Justiça e poupa Jane Beltrão das suspeitas suscitadas ao blog

A propósito da postagem UFPA – Weyl recorre à Justiça e pede que sejam asseguradas medidas garantindo a lisura da eleição, o professor João Weyl, um dos candidatos a reitor, enviou ao Blog do Barata um e-mail com sua versão sobre o suposto sentido do recurso à Justiça, impetrado pela sua chapa. No mesmo e-mail, ele faz a ressalva de que “o trabalho da professora Jane [Beltrão] na condução da comissão eleitoral tem sido conduzido com absoluta lisura e de forma exemplar”, poupando-a das suspeitas suscitadas ao blog por fonte da sua própria campanha.
Em seguida, a transcrição, na íntegra, do e-mail enviado pelo professor João Weyl:

Prezado Barata,

Agradeço divulgação da nota sobre entrada na Justiça para garantir eleição ampla na UFPA.

Nós responsabilizamos os erros relativos a listagem/locais e inconsistência com ausência de nomes de eleitores a gestão da UFPA que não tem garantido uma auditoria nos sistemas de informação/base de dados e ao açodamento para realização das eleições.

Portanto é isso que estamos pedindo à Justiça, que a UFPA oportunize condições para trabalho da comissão eleitoral que garanta um pleito.

Com relação interpretação sobre presidente da comissão eleitoral conforme consta no seu blog, eu ressalto que, na minha opinião, muito embora a professora só tenha lido no debate de ontem notas referentes interpelação entre os dois candidatos, Ortiz e Emanuel, e não tenha refletido sobre nossa ação com relação pesquisa eleitoral sem critério, divulgada pela chapa Emanuel e Gilmar,  eu considero que o trabalho da professora Jane na condução da comissão eleitoral em sido conduzido com absoluta lisura e de forma exemplar.

Cordialmente


João Weyl

UFPA – A minha resposta

Sem que isso possa obnubilar-me sobre seus inegáveis méritos profissionais e pessoais, ou sobre a inquestionável contribuição de sua candidatura a reitor, surpreende-me o e-mail do professor João Weyl pelo tom dúbio, que sugere uma acintosa concessão ao corporativismo e tisna a imagem de candidato destemido. Pior, muito pior, no e-mail, é sugerir, subliminarmente, que eu possa ter incorrido em um erro crasso, na esteira de ilações indevidas.
O professor João Weyl sabe muito bem quem foi a fonte da notícia, que até aqui mereceu minha mais irrestrita confiança. E porque sabe muito bem quem foi a fonte do Blog do Barata, sabe também que, como de hábito, traduzi fielmente o relato feito, sobre o qual nada tenho a retificar, diga-se.
Sobre o sentido do recurso à Justiça, o esclarecimento do professor João Weyl opta por uma versão edulcorada, que destoa abissalmente do relato a mim feito, cobrando claramente que sejam asseguradas as condições capazes de garantir a lisura do pleito, o que está expresso até no título da postagem. Tanto assim que o relato embutiu a crítica à falta do fornecimento da relação dos eleitores por urna, em plena véspera da eleição para reitor da UFPA.
A respeito da opinião do professor João Weyl sobre a postura da presidente da comissão eleitoral, que ele diz comportar-se “com absoluta lisura e de forma exemplar”, evidentemente contradita o inequívoco sentido da queixa sobre a omissão seletiva da professora Jane Beltrão quanto a interpelação sobre a suspeita pesquisa de intenção de voto divulgada pela campanha do professor Emmanuel Tourinho. “A comissão [eleitoral] não reage”, chegou a verbalizar a fonte da notícia, ao queixar-se da falta de retorno à interpelação feita pela chapa do professor João Weyl, embora detendo-se da interpelação feita por Tourinho ao professor Edson Ortiz, conforme a reclamação verbalizada sob a garantia do anonimato.
As suspeitas sobre a suposta falta de isenção de Jane Beltrão não foram suscitadas pelo Blog do Barata, mas por fontes de chapas distintas, inclusive quanto ao mapa de crenças dos seus candidatos. O blog apenas reproduziu uma versão que varre os bastidores, assinalando que são recorrentes as queixas nesse sentido, ainda que manifestadas em off, presumivelmente para não ferir suscetibilidades e comprometer relações pessoais e/ou profissionais.
De resto, sobre a notícia veiculada na postagem que deu causa ao e-mail do professor João Weyl, nada tenho a retificar. O que faço não por soberba, mas na convicção pétrea de não ter incorrido em nenhum equívoco, com o respaldo de 43 anos de jornalismo sem amargar maiores tropeços em termos de fidelidade aos fatos ocorridos e aos relatos oferecidos. Nem mesmo nas vezes nas quais fui condenado no rastro de sentenças graciosas, proferidas por canalhas togados, as denúncias feitas jamais foram desmentidas.

Nesse episódio, se alguém mentiu, ou distorceu o sentido da informação fornecida, certamente não fui eu.

UFPA – O (perigoso) labirinto da pesquisa


UFPA – Weyl recorre à Justiça e pede que sejam asseguradas medidas garantindo lisura da eleição



A coordenação da campanha do professor João Weyl decidiu, ainda na manhã desta terça-feira, 28, recorrer à Justiça, solicitando que sejam asseguradas as medidas capazes de garantir a lisura da eleição para reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, prevista para quarta-feira, 29. O recurso à Justiça deverá ser protocolado ainda hoje e surge na esteira das recorrentes denúncias que colocam sob suspeita a isenção da comissão eleitoral, que nos bastidores é abertamente acusada de favorecer Emmanuel Tourinho, o candidato do ex-reitor Carlos Maneschy e do atual reitor, Horácio Schneider, e que tem o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, um movimento com origem nos setores mais sectário da esquerda, mas aderiu ao toma-lá-dá-cá da chapa oficial.

“Na véspera da eleição não se sabe, por exemplo, a relação dos eleitores por urna e nem quais os mesários das seções eleitorais, coisas que já deveriam estar definidas, para garantir um tratamento equânime a todos os candidatos”, desabafa uma fonte da campanha de Weyl. A coordenação da campanha de Weyl tece ácidas críticas à postura da presidente da comissão eleitoral, Jane Beltrão, citando como ilustrativo de um tratamento tendencioso a ausência de retorno sobre a interpelação feita sobre a pesquisa de intenção de votos, de parca credibilidade, divulgada pela campanha de Tourinho, o candidato chapa-branca. A propósito, é mencionado que, a quando do derradeiro debate entre os candidatos, na segunda-feira, Jane Beltrão deteve-se na leitura de uma interpelação feita por Tourinho a Edson Ortiz, cuja candidatura polariza a disputa com o candidato da reitoria, ignorando, porém, a interpelação sobre a pesquisa tida como fraudulenta.

PETROLÃO – Possibilidades inesgotáveis


MURAL – Queixas & Denúncias


BLOG – No rastro da eleição para reitor da UFPA, um novo recorde nesta segunda-feira, com 3.221 acessos

Nesta segunda-feira, 27, o Blog do Barata alcançou um novo recorde, ao registrar 3.221 acessos, na esteira da cobertura sobre os bastidores da eleição para reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará.

A sucessão da UFPA só abriu espaço, nesta segunda-feira, para o imbróglio do juiz Flávio Sanches Leão, que mandou para a prisão - quando tinha a opção de abrandar a pena - um trabalhador, pai de família, já regenerado, por um crime de roubo cometido há 18 anos atrás e já prescrito pela nova redação dada à lei que disciplina a matéria.

BLOG - As mais lidas






OAB – Ordem abre debate sobre drama da população de Belém à mercê de alagamentos e inundações

O drama da população de Belém à mercê de alagamentos e inundações será tema de debate na reunião do conselho seccional da OAB/Pará, a Ordem dos Advogados do Brasil-Secção Pará, prevista para a tarde desta terça-feira, 28, a partir das 15h30, na sede da entidade, na travessa Padre Prudêncio, nº 93, na Praça Barão do Rio Branco, esquina do Largo da Trindade.
Na pauta da reunião figura a discussão sobre as obras por concluir ou sem a devida conservação e manutenção técnica dos vários projetos de macrodrenagem das bacias hidrográficas de Belém e da Região Metropolitana de Belém.

A iniciativa tem o apoio do CPU, Comitê Urbano Popular, FMPBU, a Frente dos Moradores Prejudicados da Bacia do Uma, e BLB/PA, Movimento de Luta nos Bairros, vilas e Favelas.

LAMBANÇA – Zenaldo Coutinho volta a Cotijuba, agora para inaugurar pousada travestida de creche escolar

Zenaldo Coutinho: lambança no estilo de Odorico Paraguaçu.

Na ávida busca pela reeleição, a despeito de fazer uma administração pífia, ou talvez por isso, Zenaldo Coutinho decidiu incorporar o figurino de Odorico Paraguaçu, o fictício prefeito da imaginária Sucupira, que brotaram da irreverente criatividade do dramaturgo Dias Gomes.
Nesta terça-feira, 28, o prefeito tucano de Belém retorna à ilha de Cotijuba, agora para uma nova lambança, não muito distinta da que protagonizou semanas atrás, ao inaugurar uma ponte de madeira, construída pelos moradores, mas cujas obras foram atribuídas à prefeitura.
Dessa vez Zenaldo vai inaugurar uma pousada, travestida de creche, alugada pela prefeitura. “Só fizeram pintar a pousada e transformar os quartos em salas de aula”, relata uma fonte do Blog do Barata.
As professoras contratadas para atuar na creche foram encarregada de maquiar os quartos, para deixa-los parecidos com salas de aula.

“Simplesmente patético!”, resume a fonte do blog.

UFPA – Amparado em provas documentais, blog mantém denúncias sobre Gilmar Silva e Doriedson Rodrigues

Amparado em provas documentais, o Blog do Barata mantém a denúncia envolvendo os professores Gilmar Pereira da Silva e Doriedson do Socorro Rodrigues, responsabilizados por dano ao erário, na esteira do pagamento ilegal de diárias, quando eram, respectivamente, coordenador e vice-coordenador do campus de Cametá da UFPA, a Universidade Federal do Pará. Gilmar Pereira da Silva é o candidato a vice na chapa de Emmanuel Tourinho, o candidato chapa-branca a reitor, patrocinado pelo ex-reitor Carlos Maneschy e pelo atual reitor, Horácio Schneider, com o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, um movimento com origem nos setores mais sectário da esquerda, mas que aderiu ao toma-lá-dá-cá da chapa oficial.
Por ter feito a denúncia amparado em provas documentais, o Blog do Barata aguarda a manifestação formal dos protagonistas do imbróglio, para retomar o tema. Por isso, recusa-se a polemizar, com anônimos ou não, ou obscuros prepostos, e recusa-se também a publicar desmentidos sem que estejam sustentados por provas, sobretudo anônimos, inclusive aqueles com as digitais dos áulicos de aluguel, cuja contestação à denúncia não vem acompanhada de provas capazes de contraditá-la.
Sobre o tour eleitoral de Doriedson do Socorro Rodrigues, subsidiado pela universidade, a foto da sua presença no lançamento da chapa de Tourinho fala por si. É a prova inconteste da desídia de quem prestou-se ao beija-mão quando deveria estar em Mocajuba, dando as aulas pelas quais embolsou quase R$ 5 mil em diárias, exatamente para ministrá-las.

É só. 

UFPA - Sucessão ainda pode acabar na Justiça

As circunstâncias sob as quais foi antecipada a sucessão do ex-reitor Carlos Maneschy, a partir da leitura casuística dos dispositivos legais, ainda pode fazer desembocar na Justiça a eleição para reitor da UFPA.
Essa está longe de ser uma possibilidade descartada.

UFPA – Sem ter estado comprometido com a atual gestão, Weyl despontou como destaque no debate

Tourinho (à esq.) e Ortiz (centro), sob amarras, ao contrário de João
Weyl (à dir.), que acabou como o  destaque do derradeiro debate.

Sem ter estado comprometido com a atual gestão, mas com a consistência e serenidade que faltam a Vera Jacob, João Weyl acabou despontando como o destaque do último debate entre os candidatos a reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, segundo fontes do Blog do Barata. Realizado na tarde desta segunda-feira, o debate, que começou por volta das 15h50, atraiu para o auditório do centro de convenções eleitores e claques dos candidatos, estendendo-se por quase três horas, sendo descrito como “acalorado, porém civilizado”. O debate ainda embutiu uma peculiaridade, ao chegar ao interior, ainda que em extensão presumivelmente limitada, ao ser transmitido pela rádio web.
Favorecido pelo sorteio, Weyl teve a vantagem de abrir e encerrar o debate, mas acima de tudo revelou-se mais conectado com a discussão. No relato dos que acompanharam o debate, contra Edson Ortiz - que surge como o principal adversário de Emmanuel Tourinho, o candidato da reitoria – conspira ter participado da atual administração, o que o torna parcimonioso nas críticas sobre as notórias mazelas da UFPA. O mesmo problema que engessa Erick Pedreira, a despeito dos supostos laivos de independência, que parecem mais destinados para consumo externo. Tourinho, até por força do status de candidato chapa-branca, exibe um discurso de compromisso com a excelência, que lhe permite tergiversar sobre graves problemas da universidade, embora no debate desta segunda-feira tenha se permitido deter-se um pouco mais sobre as vbisíveis deficiências da graduação.

Nesse cenário, restam como candidatos independentes João Weyl e Vera Jacob. Mas Vera Jacob tem contra si ser compelida a manter um discurso abrasivo, ao gosto do eleitorado mais sectário, o que termina por fazer dela a candidata dos guetos da esquerda radical. Embora à esquerda do espectro ideológico, Weyl revela-se mais sintonizado com a realidade concreta, com uma postura serena, ilustrada por uma agenda propositiva, ainda que sem escamotear as críticas a fazer. Assim, por exemplo, quando foi discorrer sobre compromissos de gestão, a exemplo dos demais candidatos, foi capaz de realçar a tímida relação da UFPA com o governo estadual, as prefeituras e a própria iniciativa privada, o que inibe a captação de recursos.

UFPA – Os candidatos a reitor e seus vices

EDSON ORTIZ MATOS – VICE: MAURO DE AMORIM ACATAUASSU NUNES.

EDSON ORTIZ - Engenheiro eletricista formado pela UFPA e professor adjunto do curso de engenharia elétrica do Instituto de Tecnologia desde 1978. Ele ostenta os títulos de mestre e doutor em engenharia elétrica, obtidos, respectivamente, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1980, e pela UFPA, já em 2016.
MAURO ACATAUASSU NUNES - Graduado em odontologia e também em saneamento ambiental, pela UFPA, é professor associado II do Instituto de Ciências da Saúde. É mestre pela Universidade Federal de Pelotas em cirurgia e traumatologia buco maxilo facial e doutor em odontologia pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.

EMANUEL ZAGURY TOURINHO – VICE: GILMAR PEREIRA DA SILVA.

EMANUEL TOURINHO - Graduado em psicologia pela UFPA, na qual ingressou como docente, mediante concurso público, em 1985, atuando como professor titular no curso de pós-graduação em teoria e pesquisa do comportamento, coordenando ainda o grupo de pesquisa em análise do comportamento: pesquisa conceitual, básica e aplicada. É mestre em psicologia social, pela PUC de São Paulo, e doutor em psicologia experimental, pela USP, títulos obtidos em 1988 e 1994, respectivamente. Membro (2013-2016) e coordenador (2014-2016) do Comitê Assessor da Área de Psicologia do CNPq, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnólogico. Exerceu as funções de pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA de julho de 2009 a fevereiro de 2016.
GILMAR SILVA - Graduou-se em 1992 em pedagogia pela UFPA, da qual professor associado II, com mestrado e doutorado em educação pela UFRN, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, títulos obtidos, respectivamente, em 2002 e 2005.

ERICK NELO PEDREIRA – VICE: HITO BRAGA DE MORAES.

ERICK PEDREIRA - Professor adjunto da Faculdade de Odontologia da UFPA, pela qual graduou-se em 1997, tem mestrado em diagnóstico bucal pela USP e doutorado em patologia bucal pela Faculdade de Odontologia de Bauru, da USP, títulos obtidos em 2001 e 2007, respectivamente. Foi pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFPA na gestão de Carlos Maneschy. Foi presidente do Ipamb, o Instituto de Previdência e Assistência de Belém, na administração do prefeito tucano Zenaldo Coutinho.
HITO BRAGA - Graduou-se em 1985 em engenharia civil pela UFPA, da qual é professor associado 4 e onde atualmente é diretor do curso de graduação em engenharia naval. Tem mestrado e doutorado em engenharia oceânica pela UFRJ, obtidos em 1991 e 2002, respectivamente.

JOÃO CRISÓSTOMO WEYL ALBUQUERQUE COSTA – VICE: ARMANDO LÍRIO DE SOUZA.

JOÃO WEYL - É engenheiro eletrônico, formado pela UFPA, da qual é docente desde 1994, atuando atualmente como professor associado, na Faculdade de Engenharia da Computação do Instituto de Tecnologia, credenciado por um currículos que inclui mestrado e doutorado em engenharia elétrica - telecomunicações, pela PUC-RJ, em 1989, e doutorado, pela Unicamp, em 1994. Ex-vice-reitor pró-tempore da Unifesspa, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, de agosto 2013 a fevereiro de 2016, ele foi também secretário-adjunto da Secdet, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, de janeiro de 2007 a dezembro de 2010, durante o governo Ana Júlia Carepa. Na administração da ex-governadora petista participou da criação da Secdet e da implantação do Navegapará, um programa de integração do estado com redes ópticas e acesso banda larga em redes sem fio e do sistema de parques de ciência e tecnologia.
ARMANDO LÍRIO - É graduado em ciências econômicas pela UFPA, na qual é professor adjunto da Faculdade de Ciências Econômicas, da qual foi diretor. Tem mestrado em planejamento do desenvolvimento, pela própria UFPA, e doutorado em desenvolvimento rural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

VERA LÚCIA JACOB CHAVES – VICE: SANDRA HELENA RIBEIRO CRUZ.

VERA JACOBGraduada em Ciências Sociais e em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará, em cursos concluídos em 1977 e 1989. Tem mestrado em educação e políticas públicas pela UFPA (1996), doutorado em educação: conhecimento e inclusão social pela Universidade Federal de Minas Gerais (2005), pós-doutorado em educação pela Universidade de Lisboa (2011) e em políticas públicas e formação humana pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011). É professora da UFPA desde 1989, lecionando no curso de graduação em pedagogia e no programa de pós-graduação em educação, no qual é a atual vice-coordenadora.


SANDRA HELENA CRUZ - Graduada em Serviço Social e mestra em planejamento do desenvolvimento pela UFPA (1994), com doutorado em ciências socioambientais pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA (2012). É docente associada I da Faculdade de Serviço Social da UFPA, da qual é a atual coordenadora.

UFPA – “Nossa chapa foi a primeira a provocar um grande debate na universidade”, sublinha João Weyl

João Weyl: "Nossa candidatura cresceu muito nas últimas semanas."

“Nós estamos bastantes otimistas, pois nossa candidatura cresceu muito nas últimas três semanas. As pessoas começam a se dar conta de que as chapas oriundas da atual gestão não conseguem atender às demandas da comunidade universitária. Temos trabalhado muito para fazer uma campanha ética, honesta, transparente e coletiva. Além disso, a gente avalia que já sai vitorioso dessa disputa. Há tempos a UFPA não se discutia. Nossa chapa foi a primeira em anos a provocar um grande debate na universidade.”
Esta é a avaliação feita pelo professor João Weyl sobre a sua campanha, na reta final da eleição para reitor da UFPA, em entrevista ao Blog do Barata. Embora balizado por matizes ideológicos de esquerda, ele conduz uma campanha à margem das amarras político-partidárias, o que explica estar a uma distância abissal do PT, a despeito de ser um militante histórico do partido, que sustenta a candidatura de Emmanuel Tourinho, o candidato da reitoria. “Fomos os primeiros a pautar, como oposição programática, a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Fomos os primeiros a denunciar o alarmante estado do ensino de graduação - e hoje, outros candidatos resolveram surfar nessa linha, mas não fizeram, tiveram sete anos para isso e não priorizam os estudantes”, acentua. Weyl deplora enfaticamente o vale-tudo eleitoral. “É muito ruim para a universidade que em seu ambiente se replique o pior da política partidária”, adverte. Mas arremata a a entrevista com uma profissão de fé: “A gente tem muito otimismo e acredita que a universidade não será mais a mesma depois dessa eleição. O debate das questões vai continuar na pauta. Contudo, a gente também acredita que não se poderá mais gerir a UFPA de modo pouco transparente.”

Nesta resta final de campanha, como o senhor avalia suas chances e quais as eventuais contribuições da sua candidatura ao processo eleitoral?

Nós estamos bastantes otimistas, pois nossa candidatura cresceu muito nas últimas três semanas. As pessoas começam a se dar conta de que as chapas oriundas da atual gestão não conseguem atender às demandas da comunidade universitária. Temos trabalhado muito para fazer uma campanha ética, honesta, transparente e coletiva. Além disso, a gente avalia que já sai vitorioso dessa disputa. Há tempos a UFPA não se discutia. Nossa chapa foi a primeira em anos a provocar um grande debate na universidade. Se fores avaliar, nessa disputa antecipada pelo próprio ex-reitor, fomos os primeiros a pautar, como oposição programática, a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Fomos os primeiros a denunciar o alarmante estado do ensino de graduação - e hoje, outros candidatos resolveram surfar nessa linha, mas não fizeram, tiveram sete anos para isso e não priorizam os estudantes. Desde o início a gente tem falado dos problemas e apresentado saídas para eles. Fizemos "Rodas de Conversa" com as unidades no campus do Guamá, nos campi do interior e em unidades que estão fora da cidade universitária, como o Hospital Barros Barreto. Além disso, também conversamos com diversos movimentos sociais. Diante disso, nós temos clareza de como a gestão da UFPA deixou de ouvir sua comunidade, negligenciou a participação nos grandes debates que importam para o futuro da região e perdeu o foco na democracia.

Quais as reflexões que sugerem a atmosfera sob a qual se dá a atual disputa pela reitoria da UFPA?

Lamentavelmente a gente percebe com tristeza e preocupação como algumas campanhas têm se conduzido a disputa. Além da visível ostentação da propaganda e uso da máquina, temos presenciado o uso de artifícios fraudulentos e escusos em certas condutas como coação e pressão sobre servidores, uso de dados confidenciais (e-mails institucionais, por exemplo) e a "pesquisa eleitoral" claramente duvidosa. Ou seja, o debate está sendo suplantado pela ganância pela permanência no poder. É muito ruim para a universidade que em seu ambiente se replique o pior da política partidária. As candidaturas da gestão - porque tem três chapas que saíram da atual administração - não representam nenhuma mudança, não apresentam alternativas viáveis para os desafios que a universidade apresenta hoje. É mesmo muito triste que o debate não avance e disputa se restrinja à troca de favores e à pressão sobre pessoas

Como fica a UFPA, como instituição, ao cabo desse processo eleitoral, considerando as circunstâncias sob as quais ele se deu, com recorrentes denúncias de uso da máquina administrativa, abuso de poder econômico e coerção de eleitores?


A gente tem muito otimismo e acredita que a universidade não será mais a mesma depois dessa eleição. O debate das questões vai continuar na pauta. Contudo, a gente também acredita que não se poderá mais gerir a UFPA de modo pouco transparente, sem participação e de modo clientelista. Temos esperança de que as irregularidades sejam devidamente apuradas pela Justiça, pois não podemos deixar que os desvios fiquem impunes.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

ELEIÇÕES – O risco da rejeição


MURAL – Queixas & Denúncias


(IN)JUSTIÇA – Com 272 assinaturas, abaixo-assinado pede por trabalhador que juiz mandou para a prisão






O abaixo-assinado com o apelo ao juiz Flávio Sanches Leão em favor do
abrandamento da pena imposta ao auxiliar de cozinha já regenerado. 
Com 272 assinaturas, um abaixo-assinado articulado por amigos e vizinhos pede o abrandamento da pena de Luciano Pinto Teixeira, 42, casado, com uma filha de 13 anos, que ganha a vida como auxiliar de cozinha, atividade que exerce há 18 anos e da qual tira o sustento da família. Por determinação do juiz da 7ª Vara Criminal de Belém, Flávio Sanches Leão, ele foi preso no último dia 14 para cumprir sentença de 26 de maio de 2010, pela qual foi condenado a prisão por cinco anos e quatro meses, por crime de roubo, cometido há 18 anos atrás. Ao ser preso – o que ocorreu quando faltava um mês e seis dias para a sua pena ser prescrita - o auxiliar de cozinha já estava comprovadamente regenerado e plenamente reintegrado ao convívio social, sem reincidir na delinquência, na qual submergiu na juventude, entre os 23 e 24 anos.
Familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho de Luciano Pinto Teixeira, além do próprio patrão, são enfáticos em declarar que o auxiliar de cozinha se antecipou por conta própria ao objetivo da pena, que é regenerar e ressocializar o condenado. “Pelas circunstâncias, o cumprimento da pena poderia ser abrandado”, afirma um dos advogados ouvidos pelo Blog do Barata. Pela lei 11596, de 2007, de acordo com a qual o prazo prescricional pode ser contado até o acórdão, o crime estaria prescrito há 15 anos, acrescentam advogados consultados a respeito. O juiz Flávio Sanches Leão alega que apenas cumpriu a legislação, mas omite a nova redação dada à lei 7209, de 1984, pela lei 11596, de 2007, segundo a qual o crime estaria prescrito há 15 anos.

A propósito do episódio, fontes do Blog do Barata ainda observam que o STJ, Superior Tribunal de Justiça, concedeu habeas corpus, de nº 2427779PA, publicado em 2013, com base na nova redação determinada pela lei 11596, de 2007, ignorada pelo magistrado no caso de Luciano Pinto Teixeira. Por isso o entendimento de que o magistrado poderia ter abrandado a pena, ao analisar o caso concreto, considerando a plena ressocialização do auxiliar de cozinha, que já se encontra recolhido no presídio de Americano. Deprimido, Luciano Pinto Teixeira fala em suicídio, relatam, apreensivos, seus familiares.

UFPA – Último debate entre os candidatos a reitor está confirmado para esta segunda-feira, às 15h30

Em sentido horário, Edson Ortiz, Emmanuel Tourinho, Erick Pedreira,
 João Weyl e Vera Jacob, os candidatos: debate final da campanha.

Está confirmado para esta segunda-feira, 27, o último debate entre os candidatos a reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, a ser realizado no centro de convenções Benedito Nunes, a partir das 15h30. Do debate participarão os cinco candidatos a reitor – os professores Emmanuel Tourinho, Edson Ortiz, João Weyl, Erick Pedreira e Vera Jacob. A eleição está prevista para quarta-feira, 29.

Na reta final da campanha, a disputa está polarizada entre Emmanuel Tourinho, ex-pró-reitor de Pesquisa e pós-graduação, e Edson Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. Na reta final da campanha, Tourinho e Ortiz são acossados pelo professor João Weyl, ex-vice-reitor pró-tempore da Unifesspa, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, cuja candidatura exibe indícios de crescimento.