segunda-feira, 4 de abril de 2016

DEBOCHE – “Essa é nossa alternativa de poder!”

Helder Barbalho: postura que sepulta expectativas de novos paradigmas.
Sagaz, habilidoso, carismático, e por isso, irresistivelmente sedutor, além de despido de escrúpulos políticos. Assim é o senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará e um dos mais diligentes articuladores do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, em cujos bastidores trafega com desenvoltura, para escapar da mídia nacional, pela qual foi estigmatizado com a pecha de corrupto, na esteira de uma assombrosa e inexplicável evolução patrimonial, além de figurar no epicentro de dois colossais escândalos.
De Jader Barbalho não se espera nada de diferente daquilo que permite concluir sua biografia política. Mas, até pela juventude, era de se esperar algo um pouco mais distinto, para melhor, por parte de seu herdeiro político, o filho Helder Barbalho, o ministro dos Portos do governo Dilma Rousseff. Mas, para além da insistência em permanecer no ministério, revelador do seu jaez, a presença de Pepeca na Secretaria dos Portos, como secretário executivo, é emblemático do quem seja o político Helder Barbalho, algo tanto mais assustador diante das chances dele vir a tornar-se governador do Pará, na sucessão de 2018, beneficiado pelas desastrosas administrações do notório governador tucano Simão Jatene. Este, diga-se, também dispensa apresentação e não por acaso foi catapultado para o proscênio político por Jader Barbalho, como secretário de Ciência e Tecnologia, no primeiro governo do morubixaba do PMDB no Pará, de 1983 a 1987.
Conclui-se, ao fim e ao cabo, que não convém cultivar a esperança de novos, embora tímidos, paradigmas. Helder Barbalho reproduz os padrões oligárquicos e seu desapreço pela defesa dos interesses públicos. É o novo porta-voz de um velho modus operandi político. A vanguarda do atraso, tanto quanto a tucanalha, a banda podre do PSDB, da qual é ícone Simão Jatene, que tem como ilustre herdeiro Zenaldo Coutinho, o inepto prefeito de Belém.

Mesmo para quem não crê, diante do exposto, cabe repetir o desabafo do ministro Roberto Barroso, do STF, o Supremo Tribunal Federal: “Meu Deus do céu! Essa é nossa alternativa de poder!”. Ao que eu acrescentaria: “Pobre Pará!”

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