terça-feira, 1 de março de 2016

DESGOVERNO – Pará investe 61 centavos ao dia, por habitante, em saúde pública, revelam números do CFM



Segundo revela levantamento do CFM, o Conselho Federal de Medicina - tema de reportagem no Fantástico, a revista eletrônica da Rede Globo de Televisão - o Pará investe exatos 61 centavos ao dia, por habitante, em saúde pública, segundo levantamento do CFM, o Conselho Federal de Medicina. De acordo com o levantamento, revelado por demonstrativo do CFM, o estado figura em antepenúltimo lugar no ranking do gasto per capita em saúde pública, superando apenas Maranhão e Alagoas.
A notícia sobre o levantamento, disponibilizada no portal do CFM , revela que os  valores aplicados pelo Estado são insuficientes para atender necessidades da população. No Pará, o gasto anual per capita com saúde pública fica em R$ 218,18, enquanto o gasto mensal per capita é de R$ 18,18. “As informações levantadas pelo CFM consideraram as despesas apresentadas pelos gestores à Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, por meio de relatórios resumidos de execução orçamentária. Em 2013, as despesas nos três níveis de gestão atingiram a cifra de R$ 220,9 bilhões. O montante agrega todas as despesas na chamada “função saúde”, destinada à cobertura das ações de aperfeiçoamento do sistema público de saúde. Boa parte desse dinheiro é usada também para o pagamento de funcionários, dentre outras despesas de custeio da máquina pública”, sublinha a notícia.

A notícia destaca que ficou em R$ 3,05 ao dia o gasto em saúde, em 2013. Este foi o valor que os governos federal, estaduais e municipais aplicaram, naquele ano, para cobrir as despesas dos mais de 200 milhões de brasileiros usuários do SUS, o Sistema Único de Saúde. Ao todo, o gasto per capita em saúde naquele ano foi de R$ 1.098,75. O valor, segundo análise do CFM, está abaixo dos parâmetros internacionais e representa apenas metade do que gastaram os beneficiários de planos de saúde do Brasil no mesmo período.

Um comentário :

Anônimo disse...

A saúde pública que não dá certo:

Ainda não surgiu tratamento para o câncer da falta de probidade dos políticos, que deveriam admitir no serviço público apenas o pessoal extremamente necessário para o desempenho das atividades dos órgãos e assim mesmo via concurso público. Contratações eleitoreiras são uma tentação irresistível para 10 entre 10 políticos desta terra.

A terceirização de serviços está a léguas de distancia de ser considerada ema forma viável de despesa pública; uma vez que persistem vícios neste processo. Ao demitir assistentes sociais do serviço público municipal, o Zenaldo demonstra muito bem a plenitude deste vício: o poder público abandonou os princípios do SUS, desconsiderou a visão holística e integral do sistema, atraído por vantagens oferecidas pelo retrocesso ao antigo conceito biomédico de saúde, em detrimento do novo paradigma biopsicossocial.

Não é preciso ter a mínima noção de profissão em saúde para se ter ideia da complexidade de fatores envolvidos no bem-estar físico. Que o conceito puramente mecanicista de saúde gera constas estratosféricas, quebradoras de planos de saúde - inclusive do PAS. Estas contas demonstram o erro cometido pelo gestores estadual e municipal em privilegiar uma classe de profissionais em detrimento do novo conceito multiprofissional e multidisciplinar. Para esta classe, destinar dinheiro público para pagar serviços de colegas chega a ser mais urgente e necessária do que a compra do medicamento que cura os doentes.

É palatável ao gosto dos políticos associar saúde pública a saneamento, uma vez que as construtoras são generosas apoiadoras de campanhas eleitorais e abrem com facilidade contas bancárias em nome de políticos no estrangeiro; porém quase nunca concordam com a importância da higiene, da alimentação, da assistência psicossocial, do diagnóstico precoce, do tratamento preventivo, da recuperação de sequelas, etc - devem pensar: 'isso é uma coisa secundária que as outras profissões inventaram'.

Zenaldo não me surpreende com a sua absurda incompetência; isso é o que dá eleger gente que nunca trabalhou na vida. Jatene não me surpreende com o seu insuportável cinismo; é isso que dá não buscar informação além daquilo que o Liberal mostra.