sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

TJ – Os antecedentes de Rosileide

Rosileide: diálogo inocultavelmente comprometedor.
Quando juíza, Rosileide Maria da Costa Cunha Filomeno foi flagrada, em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça, negociando com Marcelo Gabriel, filho do ex-governador tucano Almir Gabriel, liminar beneficiando organização que fraudava licitações, em troca de apoio político para ascender ao desembargo. O Tribunal de Justiça do Pará, ao analisar o caso, decidiu impor à juíza apenas a pena de censura, mantendo a tradição de leniência diante dos malfeitos envolvendo magistrados. O CNJ, o Conselho Nacional de Justiça, agravou a pena, colocando a juíza em disponibilidade, com pagamento proporcional dos vencimentos. A pretexto de suposta prescrição - em uma interpretação da lei obviamente graciosa -, o juiz Elder Lisboa, antes de deixar a 1ª Vara de Fazenda de Belém, em sentença datada de 22 de agosto de 2013, rejeitou a ação ajuizada pelo promotor de Justiça Firmino Matos contra a juíza Rosileide Filomeno. Diligentemente, o promotor de Justiça protocolou, já no dia 6 de setembro de 2013, recurso de apelação, objetivando reformar a decisão do juiz Elder Lisboa.

Em episódio detalhado pelo Blog do Barata, em uma das gravações feitas no rastro Operação Rêmora, da Polícia Federal, em 2006, a juíza pede, em conversa por telefone com Marcelo Gabriel, que este prometa que trabalhará pela sua candidatura ao desembargo. E afirma que outro interessado, João Batista Ferreira Bastos, conhecido como Chico Ferreira, da mesma organização criminosa integrada por Marcelo Gabriel, deveria jurar "em cima da Bíblia" que a ajudaria. Em troca, concederia a liminar que interessava à organização que fraudava licitações, desbaratada pela Polícia Federal durante a Operação Rêmora, em 2006. Chico Ferreira atualmente cumpre pena de prisão pelo assassinato dos irmãos Ubiraci e Uraquitã Novelino, em crime ocorrido em 25 de abril de 2007, em consequência de uma dívida contraída pelo assassino junto aos Novelino e que, sob juros exorbitantes, teria chegado a R$ 4 milhões, em valores por atualizar.

5 comentários :

Anônimo disse...

Dá nojo saber que é com o suor do nosso trabalho que esses bandidos usam prá posar de arautos da moralidade. Cambada de vermes.

Anônimo disse...

Não te convidaram pra festa jornalista Barata?
Quarta-feira era só festa na casa da juíza. Família e amigos reunidos, festejando a promoção, com muito whisky 12 anos, tudo pago com dinheiro público.
Poder Judiciário Paraense. Uma vergonha.

Anônimo disse...

Ela tem as costas quentes como a Ana Murrieta que ficou impune, gastando o dinheiro que desviou.

Anônimo disse...

A impunidade deve ser porque as práticas estão tão interligadas que se resolverem investigar de verdade vão acabar se "auto-prendendo".

Anônimo disse...

Como exigir da bandidagem o cumprimento da lei. Acho que os políticos são anjinhos de asinha dourada junto desse povo.