quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

FUNBOSQUE – Direção ignora tempo gasto em deslocamentos e sonega direito dos professores



Perdura o impasse entre a direção e os professores da Funbosque, a Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, a propósito da ampliação da jornada de trabalho, sem a devida contrapartida salarial. Isto porque a assessoria jurídica da Semec, a Secretaria Municipal de Educação, entende que a jornada de trabalho só tem início com a presença dos docentes em sala de aula, ignorando o tempo consumido com os deslocamentos, de ida e volta, até as unidades pedagógicas na região das ilhas, feitos de barco, o que exige a presença dos professores em Icoaraci às 7h15, pontualmente. Com isso, a Funbosque trata como letra morta a figura das horas in itinere, o tempo gasto a disposição do empregador, previsto em lei.

Disso resultou não dar em nada a reunião dos professores com a coordenadora pedagógica geral, Roberta Hage, que fez a interlocução em nome da direção da Funbosque, embora estivesse previsto que o assunto seria tratado diretamente com a presidente da fundação, Carol Rezende Alves, cuja gestão é etiquetada de “pífia”, por docentes e servidores. Segundo relato dos professores, em um primeiro momento Roberta Hage revelou-se permeável à tese dos docentes, porém recuou, após uma consulta reservada ao grupo de gestão da Escola Bosque. Previsivelmente insatisfeitos, os professores ainda não definiram o que fazer, poorém não emitem sinais de que pretendam acatar passivamente a situação que lhes é imposta. Mas sublinham a preocupação em não prejudicar seus alunos. “Estamos nos organizando para ver a melhor maneira de agir. Mas precisamos voltar para nossas escolas, para nossos alunos”, observa uma professora.

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