segunda-feira, 30 de março de 2015

DESGOVERNO - O fosso do caos


PIRABAS – Vereador teve casa invadida

Segundo informações procedentes de São João de Pirabas, o vereador Pedro Silva (PSB), o Pretinho, teve a sua casa invadida na madrugada desta segunda-feira, por volta das 4 horas, por supostos bandidos, inicialmente em busca de dinheiro e jóias, mas que posteriormente cobraram a entrega de documentos sobre as falcatruas das quais é acusado o prefeito Luiz Cláudio Teixeira Barroso. Pretinho é o autor de algumas das denúncias que subsidiaram a diligência do MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, na esteira da qual foram recolhidos os documentos que comprovam a corrupção na Prefeitura de São João de Pirabas.

Segundo ainda as informações, o vereador Pretinho estaria a caminho de Belém, para uma reunião com o procurador de Justiça Nelson Medrado. O procurador de Justiça é autor da ação judicial que pede a cassação e prisão de Luiz Cláudio Teixeira Barroso, diante das robustas provas de improbidade administrativa. Barroso é do PMDB, mas desde o segundo turno da sucessão estadual de 2014 aliou-se ao governador Simão Jatene, do PSDB.

DILMA – Pesadelo recorrente


MURAL – Queixas & Denúncias


BLOG – As mais lidas da semana

MPE - A carraspana do ilustre pinguço, de 24 de março; BLOG – Cadmo x Albuquerque, a postagem mais lida, de 25 de março; TJ – Cadmo esfarinha lambança de Albuquerque, de 24 de março; GREVE – Professores cobram retroativo do piso, de 26 de março; e MURAL – Queixas & Denúncias, de 25 de março. Em ordem decrescente, estas foram as postagens mais lidas do Blog do Barata nesta última semana, segundo as estatísticas do Blogger.

Em termos de visualizações de páginas por País, nesta última semana foram registrados os seguintes números: Brasil, 27.324 visualizações; Alemanha, 1.996; Estados Unidos, 668; Ucrânia, 285; Líbano, 259; Índia, 60; Holanda, 52; França, 25; Rússia, 21; Portugal, 10.

PIRABAS – Trama para poupar juiz beneficia Barroso



Segundo fonte do próprio TRE, o Tribunal Regional Eleitoral, o ritmo lento e parcimonioso sob o qual se arrasta o processo sobre a fraude eleitoral em São João de Pirabas, nas eleições de 2012, ocorre no rastro de uma orquestração cujo objetivo prioritário é poupar o juiz Charles Claudino Fernandes, acintosamente parcial na condução do contencioso. Se bem sucedida, assinala a fonte do tribunal, a manobra acabará por beneficiar, por extensão, o prefeito Luiz Cláudio Teixeira Barroso, do PMDB, mas desde o segundo turno da sucessão estadual de 2014 alinhado politicamente com o governador Simão Jatene, do PSDB. Barroso teve sua reeleição pavimentada por uma enxurrada de títulos falsos, da qual foi epicentro o cartório eleitoral de Primavera, na época comandado pelo juiz Charles Claudino Fernandes e objeto de uma correição, realizada pelo desembargador Raimundo Holanda, então corregedor e hoje presidente do TRE, que inusitadamente não detectou sequer os indícios da falcatrua. “Não há como punir Barroso sem penalizar o magistrado, tão evidente é a sua má-fé”, acrescenta a mesma fonte. O prefeito de São João de Pirabas é protagonista de uma administração caótica, pontuada por evidências de corrupção, comprovados pelo MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, que ajuizou uma ação judicial, por improbidade administrativa, na qual solicita a cassação e prisão de Luiz Cláudio Teixeira Barroso. O pedido aguarda a sentença do desembargador Romulo Nunes, vice-presidente do TJ do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado.

Para além das demais e robustas provas sobre a fraude eleitoral que beneficiou o prefeito Luiz Cláudio Teixeira Barroso e alguns dos seus cúmplices, existe um e-mail devastadoramente comprometedor, que evidencia a escandalosa falcatrua e estranhamente foi desentranhado do processo pelo juiz Charles Claudino Fernandes. No e-mail, endereçado a então secretária municipal de Educação de São João de Pirabas, Luciana Carneiro, eleita a vereadora mais votada no município em 2012, Nailson Reis, funcionário da prefeitura do município cedido ao cartório eleitoral de Primavera, na época sob o comando do magistrado, pedia discrição e manifestava seu temor de que a fraude fosse descoberta. O juiz Charles Claudino Fernandes sequer mandou periciar o e-mail, o que poderia identificar o IP do microcomputador do qual foi remetida cópia para o notebook de Cláudia Neves, na época servidora comissionada da Prefeitura de São João de Pirabas. Acusada de forjar o e-mail, Cláudia Neves solicitou que seu notebook fosse periciado, mas seu pedido foi desconhecido pelo magistrado. Embora parte do contencioso, o juiz Charles Claudino Fernandes, com uma desfaçatez de corar anêmico, não se sentiu impedido de julgá-lo e, após manter o processo dormitando em sua gaveta por um ano e sete meses, sentenciou julgando improcedente a denúncia sobre a acintosa fraude eleitoral. O procurador da República Alan Rogério Mansur Silva solicitou ao TRE que intervenha, no sentido o juiz devolver o e-mail aos autos, mas inusitadamente ressalvou que acompanhará o voto do juiz Charles Claudino Fernandes, se o magistrado não atender ao pleito.No TRE, até aqui, as discussões ficaram circunscritas ao inusitado desentranhamento do e-mail do processo, desconhecendo as demais e eloqüentes provas da fraude eleitoral.

sábado, 28 de março de 2015

DILMA – O minúsculo pibinho


MURAL – Queixas & Denúncias


PEC 186 – Mobilização para votação em plenário

Antônio Catete (à esq.) e Charles Alcantara: mobilização pela PEC 186...
...com o apoio de Simone Morgado (à dir., abraçada a Jader Barbalho).

Aprovada por unanimidade na Comissão Espacial da Câmara dos Deputados, no último dia 19, a PEC 186, a Proposta de Emenda Constitucional que institucionaliza a autonomia do Fisco, em tramitação desde 2007, depende agora de ir à votação em plenário. É nesse sentido que estão mobilizados a Fenafisco, a Federação Nacional do Fisco, e os sindicatos dos servidores dos fiscos estaduais, incluindo o Sindifiscodo do Pará, do qual é presidente Antônio Catete.
Com esse objetivo, o diretor de Assuntos Técnicos e de Comunicação da Fenafisco, Charles Alcântara, ex-presidente do Sindifisco do Pará, reuniu-se na quarta-feira, 25, com a deputada federal Simone Morgado (PMDB)/PA), que é também auditora fiscal de carreira da Sefa, a Secretaria de Estado da Fazenda. Catapultada para o proscênio político na esteira do affaire que mantém com o senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará e um dos mais respeitados articuladores da legenda no Congresso Nacional, a parlamentar, no início de seu primeiro mandato como deputada federal, já protocolou pedido de urgência para a inclusão da matéria na pauta da Câmara. Simone Morgado, segundo fonte do Sindifisco do Pará, é a nova articuladora do encaminhamento das propostas de interesse no Fisco na Câmara dos Deputados.

Da aprovação da PEC 186, com seus artigos que modernizam a LOAT, a Lei Orgânica da Administração Tributária, depende apresentação de projeto de lei para regularização do anteprojeto em elaboração pela Fenafisco, para o qual tem servido de subsídio a Lei Orgânica do Fisco do Pará, aprovada em 2011 pela Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará. A aprovação foi precedida por intensa mobilização do Sindifisco do Pará, na época presido por Charles Alcântara, com o apoio da então deputada estadual peemedebista Simone Morgado, que participou ativamente do lobby a favor da proposta.

PIRABAS – TRE, o valhacouto das iniquidades



O escândalo da fraude eleitoral em São João de Pirabas nas eleições de 2012, que pavimentaram a reeleição do prefeito Luiz Cláudio Barroso – formalmente no PMDB, mas alinhado com o governador Simão Jatene (PSDB) desde a sucessão estadual de 2014 –, se constitui em um mosaico de iniquidades que conspiram contra a democracia. Por si só, o vagar com que o processo é conduzido remete à banalização do crime, irmã siamesa da corrupção, e mina a credibilidade das instituições que deveriam resguardar, intransigentemente, os postulados essenciais ao pleno exercício da cidadania, do qual é cláusula pétrea o respeito às leis.
No escândalo da fraude eleitoral de São João de Pirabas tem-se, por exemplo, uma promotora de Justiça, Erica Almeida de Sousa, que consumiu mais de dois anos e cinco meses para subscrever uma postaria determinando a apuração da falcatrua. Embora admita, na portaria, que “se verificou, através de depoimentos testemunhais tomados pelo Ministério Público, a possível veracidade” das denúncias. Isso sem que a administração superior do Ministério Público do Estado do Pará se preocupasse em saber o porquê da ação lenta e parcimoniosa da promotora e determinasse a agilização das investigações, diante da gravidade das denúncias.

Mais grave, muito mais grave, porque agride as noções básicas de equidade que são, ou deveriam ser, da natureza da Justiça, é a participação, no processo sobre a fraude, do juiz Charles Claudino Fernandes, que se arvora a julgar, com uma desfaçatez de corar anêmico, uma ação judicial da qual é parte. As fraudes perpetradas, convém lembrar, ocorreram quando o magistrado comandava o cartório eleitoral de Primavera, epicentro da enxurrada de títulos falsos que inundou São João de Pirabas nas eleições de 2012, para além de outros ilícitos que figuram no processo. A existência da fraude obviamente tisna a imagem do juiz Charles Claudino Fernandes, tanto quanto torna questionável a eficácia da correição promovida na época pelo então corregedor do TRE, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará, e hoje seu presidente, desembargador Raimundo Holanda.

PIRABAS – A parcialidade do juiz Charles Claudino

Charles Claudino Fernandes (à esq.), com Barroso: parcialidade acintosa.

Como é leviano atribuir a priori estultícia a magistrado, carrega a mácula da suspeita de má-fé o juiz Charles Claudino Fernandes ter desentranhado do processo sobre a fraude eleitoral em São João de Piraba, nas eleições de 2012, o e-mail de Nailson Reis a Luciana Carneiro, que embasaram as denúncias de Cláudia Neves sobre a falcatrua. Nailson Reis é o funcionário da Prefeitura de São João de Pirabas cedido ao cartório eleitoral de Primavera - na época sob o comando do magistrado – e Luciana Carneiro a então secretária municipal de Educação, apontada como cúmplice e também beneficiária da falcatrua, eleita a vereadora mais votada no município, nas eleições de 2014. O e-mail embasou as denúncias sobre a fraude eleitoral feitas por Cláudia Neves, que na ocasião ocupava um cargo comissionado na Prefeitura de São João de Pirabas. No e-mail, Nailson Reis pedia discrição aos envolvidos na fraude e manifestava o temor da tramóia ser descoberta.
Ao receber a denúncia de Cláudia Neves, com o e-mail anexo, o juiz Charles Claudino Fernandes foi inusitadamente imprevidente, para dizer o mínimo. Em lugar de acionar a Polícia Federal, para a perícia capaz de identificar o IP que levaria à origem do e-mail, o magistrado quedou-se silente, em uma omissão para lá de comprometedora. Deparou-se, então, com uma previsível disse-me-disse, no qual os suspeitos da fraude pretenderam transformar em ré a testemunha da falcatrua. O juiz recusou, inclusive, a solicitação da própria Cláudia Neves para que seu notebook fosse periciado. Depois, desentranhou o e-mail do processo e, após mantê-lo um ano e sete meses dormitando em sua gaveta, julgou improcedente as denúncias sobre a fraude eleitoral. Mais constrangedor só mesmo a manifestação do procurador da República Alan Rogério Mansur Silva. Este solicitou ao TRE que intervenha, no sentido o juiz devolver o e-mail aos autos, mas ressalvou que acompanhará o voto do juiz Charles Claudino Fernandes, se o magistrado não atender o pleito.

Diante do exposto, é inevitável concluir: mais surreal, impossível.

PIRABAS - E as demais provas da fraude eleitoral?


O que chama mais atenção, no julgamento do TRE sobre a fraude eleitoral em São João de Pirabas em 2012, é o debate a respeito ficar circunscrito ao e-mail comprometedor, inusitadamente desentranhado do processo pelo juiz Charles Claudino Fernandes. O e-mail é importante sim, como prova. As demais provas embutidas nos autos, porém, não são menos eloqüentes e evidenciam a escandalosa falcatrua orquestrada pelo prefeito Luis Cláudio Teixeira Barroso. Após saquear o erário, como comprovou o Ministério Público do Estado do Pará, pelas mãos do probo procurador de Justiça Nelson Medrado, Barroso desafiou acintosamente a própria Justiça Eleitoral, ao patrocinar a fraude eleitoral que lhe permitiu obter a reeleição.
Nos autos do processo existem, por exemplo, depoimentos de capangas confessando que foram pagos - com recursos do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - para coagir os eleitores a votarem em Barroso. Há a prisão em flagrante, em frente a Escola Dircélia Koury, o Casulo, do cabo eleitoral de nome Nazareno, mais conhecido com Maquel, portando santinhos, com propaganda eleitoral de Barroso e Luciana Carneiro e nos quais foram grampeadas cédulas de R$ 100,00 e R$ 50,00 – em alguns casos falsas. Há também a apreensão de vários ônibus, transportando eleitores, cujas anotações dos títulos eleitorais, assim como dos documentos dos motoristas, ficaram na delegacia de polícia. Existem ainda depoimentos de coações aos eleitores inscritos no programa do governo federal Minha Casa Minha Vida, para que votassem em Barroso. Como há relatos de distribuição gratuita de combustível a taxistas, mototaxistas e particulares, desde que eleitores do prefeito, no posto Santo Antônio, na travessa dos Mercadores, próximo da Beira Mar. “É só cotejar a quantidade de combustível consumida na campanha do prefeito reeleito, na prestação de contas, com o estoque vendido pelo posto no mesmo período”, assinala uma fonte de São João de Pirabas, protegida pelo anonimato, por temer retaliações.

Sob esse cenário, concentrar o debate sobre as denúncias de fraude eleitoral em São João de Pirabas, nas eleições de 2012, ao e-mail que escancara a falcatrua equivale a minimizar provas igualmente devastadoras. E pior. Significa, ao fim e ao cabo, avalizar a evidente parcialidade do juiz Charles Claudino Fernandes e premiar um notório corrupto, que é o prefeito Luiz Cláudio Teixeira Barroso, como evidenciam as robustas provas de improbidade administrativa reunidas pelo Ministério Público. Se assim for, lamentavelmente confirma-se, mais uma vez, o desdém à Justiça eternizado pelo chiste atribuído ao caudilho Magalhães Barata, segundo o qual lei é potoca.

PIRABAS – Perguntar não ofende

Quando, afinal, o desembargador Romulo Nunes deverá se manifestar sobre o pedido de cassação do mandato e prisão do prefeito de São João de Pirabas, feito pelo MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, na denúncia sobre o vasto elenco de falcatruas perpetradas por Luiz Cláudio Teixeira Barroso, o mais novo amigo de infância do governador tucano Simão Jatene?

No dia 2 de março o desembargador Romulo Nunes estipulou em 15 dias o prazo para o prefeito apresentar sua defesa. Computados apenas os dias úteis, o prazo expirou no último dia 20.

PIRABAS – Câmara sob suspeita de novo escândalo



Segundo fonte do município, por razões óbvias abrigada no off, a Câmara dos Vereadores de São João de Pirabas estaria sob a suspeita de protagonizar um novo escândalo, com falcatruas semelhantes aquelas que foram descobertas pelo MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, na Alepa, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará.
As tramóias, acrescenta a fonte, vão desde servidores fantasmas, incluídos na folha de pagamento, até contracheque fraudados, com valores acima daqueles pagos, para permitir uma farra de empréstimos no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banif.

A conferir.

PIRABAS – Morre Chico Porronca, parceiro de Barroso

Francisco Joaquim da Silva, o Chico Porronca, como era mais conhecido, foi encontrado morto na sua casa, por familiares, no início da manhã desta última sexta-feira, 27.
Chico Porronca é um nome frequentemente citado nas denúncias sobre as falcatruas das quais é acusado o prefeito de Pirabas, Luiz Cláudio Teixeira Barroso, do qual foi fiel parceiro.
Francisco Joaquim da Silva, o Chico Porronca, viveu os últimos anos sob a suspeita de praticar agiotagem com o dinheiro público, assim atuando como suposto laranja de Barroso, conforme a versão corrente.

Talvez por isso a boataria que varre São João de Pirabas desde sexta-feira, segundo a qual, tão logo tomou conhecimento da morte de Chico Porronca, Barroso teria despachado para a casa da família do falecido a secretária municipal de Finanças, Pérola Corrêa, outra personagem também presente nas denúncias de corrupção. Pérola teria a missão, segundo os boatos, de resgatar os cheques supostamente mantidos em poder de Chico Porronca, como garantia para os empréstimos concedidos.

quinta-feira, 26 de março de 2015

DILMA - Na cozinha do Congresso


TEATRO - Cacá Carvalho, um corpo que fala

Cacá Carvalho, em O Homem do Subsolo: fartos elogios da jornalista...
...Elisabete Pacheco (com Jô Soares) no jornal Em Pauta, da GloboNews.

No jornal Em Pauta, da GloboNews, a jornalista Elisabete Pacheco fez caudalosos elogios a Cacá Carvalho, engrossando o coro de aplausos da crítica teatral ao premiado ator e diretor paraense, por seu exuberante desempenho no monólogo 2+2=5 - O Homem do Subsolo. Inspirada no livro de Dostoiévsk Memórias do Subsolo, a peça exibe Cacá Carvalho na pele de um homem cínico e amargurado, que abandona o convívio social e, afastado de tudo, critica aspectos como o positivismo e a racionalidade.
Elisabete Pacheco, que é comentarista cultural do Em Pauta, sublinhou o reconhecido talento de Cacá Carvalho, acentuando sua expressão corporal, o que faz dele, na definição da jornalista, um corpo que fala. Isso torna a peça - em cartaz em São Paulo, com direção de Roberto Bacci e texto de Stefano Geracci - um programa obrigatório para quem preza o bem teatro, ainda segundo Elisabete Pacheco.


TEATRO – O mergulho produtivo no subsolo

Cacá Carvalho e o desafio de "mergulhar produtivamente no subsolo".

Recebido pela crítica especializada com fartos elogios, a estréia do monólogo 2+2= 5 - O Homem do Subsolo, justificou uma entrevista de Dirceu Alves Júnior, que mantém o BLOG DO DIRCEU Na Plateia, com Cacá Carvalho, que desfila seu mapa de crenças como cidadão do mundo e homem de teatro, cuja bússola é a inquietação diante de um status quo pontuado por iniquidades. "Nesse mundo 2+2=4, existe uma necessidade outra,  de andar contra isso. Vivemos neste sistema e não somos os proprietários, obedecemos. Tudo funciona e não nos realiza. Então 2+2=5 pode ser uma outra possibilidade, diferente, em que o individuo tenha a liberdade de se afirmar com todas as suas vontades pessoais de fato, que, muitas vezes, não se adequam dentro do sistema estabelecido. São tantos os sistemas, tudo pensado para funcionar, estruturado, para dar certo. Queremos escapar e afirmar uma outra coisa. Então, 2+2=5 e isso é importante”, salienta Cacá na entrevista. "O homem do subsolo é um sujeito que está no subsolo, vivendo essa realidade, gritando, clamando, rindo, ali contra o mundo está em cima dele, do qual ele foge. Mas na esperança de que estando lá embaixo, ele possa sair de lá melhor. Eu acho que é esse sempre o grande propósito de mergulhar produtivamente no subsolo”, acrescenta.
A entrevista, abaixo transcrita, também pode ser acessada pelo seguinte link:


Cacá Carvalho e suas reflexões do subsolo: “o protagonista é aquele que tenta se afirmar e não se afirmar como povo”

O Macunaíma de Antunes Filho, o Jamanta das duas novelas de Silvio de Abreu ou o Sganarelo, criado do Don Juan vivido por Edson Celulari. O ator paraense Cacá Carvalho, de 61 anos, é um artista diferente, quase estranho. Ele está em cartaz no Sesc Santo Amarocom o monólogo dramático “2 x 2 = 5 O Homem do Subsolo”, escrito por Stefano Geracci com base na novela “Memórias do Subsolo”, de Fiódor Dostoiévski. Surpreendente, lúcido e pontual, Cacá Carvalho deu um instigante depoimento para o blog. As perguntas foram lançadas, serviram de base. Talvez elas tenham perdido um pouco o sentimento. Importante mesmo são as respostas do artista.

Um momento de desencanto 

“O homem do subsolo espelha a nossa realidade de hoje, mas também a realidade do homem desde sempre. Você afirma que vivemos um momento de desencanto no Brasil. Sim, mas, no geral, o homem enfrenta sempre um momento de desencanto, na expectativa de um breve encantamento. O homem do subsolo é um sujeito que está no subsolo, vivendo essa realidade, gritando, clamando, rindo, ali contra o mundo está em cima dele, do qual ele foge. Mas na esperança de que estando lá embaixo, ele possa sair de lá melhor. Eu acho que é esse sempre o grande propósito de mergulhar produtivamente no subsolo.”

2 X 2 = 4?

“Vivemos em um mundo em que o indivíduo é o protagonista do espetáculo do viver. Não é mais o coletivo, o povo. O povo não é o protagonista. O protagonista é aquele que tenta se afirmar e não se afirmar como povo. Não se pensa o coletivo, porque talvez ele não esteja de acordo com o sistema criado, 2 x 2=4, tudo tem que funcionar corretamente. 2 x 2=4, tudo é pensado, calculado para dar certo. 2 x 2=4, este mundo em que o bem-estar, a felicidade e a paz são os nossos propósitos, esse mundo que nós vivemos da autoajuda, esse mundo do tapinha nas costas, do aparente compartilhar coletivo, através de mensagens, uma realidade inexistente, criada. Nesse mundo 2 x 2=4, existe uma necessidade outra, de andar contra isso. Vivemos neste sistema e não somos os proprietários, obedecemos. Tudo funciona e não nos realiza. Então 2 x 2=5 pode ser uma outra possibilidade, diferente, em que o individuo tenha a liberdade de se afirmar com todas as suas vontades pessoais de fato, que, muitas vezes, não se adequam dentro do sistema estabelecido. São tantos os sistemas, tudo pensado para funcionar, estruturado, para dar certo. Queremos escapar e afirmar uma outra coisa. Então, 2×2=5 e isso é importante.”

Combustível do teatro

“Não sei se a literatura romanceada é a melhor forma de abastecer o teatro. É uma das fontes possíveis. O teatro pode vir de tantas fontes, uma delas é a literatura. Um pôr do sol também pode ser uma fonte para o ator, para gerar o fato teatral.  Eu sinto que existe uma grande dificuldade e é clara: fazer a transposição da literatura, tanto em forma de romance, conto ou peça para o teatro. É uma outra coisa, o teatro é uma relação em que a literatura teatral, o romance, o conto ou uma fotografia foram motores para o fim. A coisa acontece entre o espectador e aquele que está se fazendo ver. Nesse sentido, qualquer fonte é válida, conhecida ou não, desde que funcione ali, diante do público.”


Trabalho em equipe

“Estamos juntos há tanto tempo. Somos eu, Stefano Geraci, Roberto Bacci, Márcio Medina, Fabio Retti, Ares Tavolazzi e mais equipe de produção no Brasil e outra em Pontedera, na Itália. Esse núcleo já fez muitos trabalhos, então, como é manter?  Nós nos mantemos juntos, estando separados, mas conectados. Sempre com uma vontade de se encontrar. E o que a gente faz? Quando nós nos reunimos, vem essa pergunta: o que a gente está precisando criar agora? Para quem? Quem será o outro parceiro? No caso, um tema, um livro, uma imagem que alguém viu ou um filme dá a largada. Logo, aparecem ou não caminhos que não sei exatamente como, depende da situação. E assim vai aparecendo. Livros, filmes já vistos, sonhos sonhados. Agora, eu insisto com um texto brasileiro, mas talvez para daqui uns dois ou três anos. Não sei se é mais fácil. Acho que não, tudo é difícil, qualquer grupo de pessoas trabalhando, pesquisando é árduo, mas tem que ser prazeroso.”

Só na multidão

“É uma vontade de trabalhar com o grupo e, paradoxalmente, estou sozinho em cena, mas tem muita gente junto ali comigo, direta ou indiretamente. Essa minha vontade vem de muito tempo, sou uma pessoa que trabalha em conjunto, desde Belém, de onde vim, depois com o Antunes Filho, que é fundamental na minha vida, no meu hoje, no meu ontem. Todo mundo que encontro, grupos como o Galpão, por exemplo, atores da Casa Laboratório para as Artes do Teatro, todos com os quais já trabalhei, que são companhias formadas para seguirem contaminando outros e continuar uma contaminação de pensamento e de fazer teatral. Essa vontade de saber a ideia do outro, de saber o que está por trás dessa aparência, do aparente conhecimento dos outros, gosto muito disso. Eu preciso do outro, sempre.”

Por uma criatividade mais tranqüila

“Eu sozinho? Não ando só. Tenho uma vontade danada de botar mais gente em cena comigo. Sinto muita falta, mas não tenho estrutura para tal. É difícil viabilizar, conseguir apoios, patrocínios, com as leis, esses mecanismos que existem hoje. Essas verbas conseguidas através de apoios são pensadas para que encontremos momentos de calma às vezes. Para uma criatividade tranquila, sabe? Eu não consigo, não tenho muito essa sorte. E não sei dizer a razão, o porquê e não quero entrar numa lástima, mas é um fato e vamos em frente. Às vezes, eu até consigo, porém pouco. Temos ainda bem, vários grupos e companheiros de teatro numa luta incessante para manter os espaços e grupos de resistência numa cidade como São Paulo. Há de melhorar! Somos vários tentando se afirmar como resistência cada vez mais. Esse lado me dá força porque eu tenho que fazer do meu trabalho um cavalo de batalha, levá-lo por lugares que ainda não fui ou refazê-los em lugares já passados, pois o público se renova, o tempo passa e as pessoas crescem. Preciso retrabalhar o trabalho, fazer com que ele cresça comigo e eu cresça com ele.”

Uma experiência rara

“Nesses tempos, não basta afirmar que uma pessoa faz teatro. É preciso perguntar qual tipo de teatro. Teatro é  plural. Existe o comercial, o experimental, o aparente comercial e o aparente experimental. Temos o infantil bom e o infantil ruim, assim como o adulto bom e o adulto ruim. Qualquer trabalho tem dificuldade para atingir uma plateia e se manter em cartaz. Qualquer produto que se apresenta a um público precisa, antes de mais nada, ter qualidade e relação com o espectador. Para que a plateia atingida, crie aquele fenômeno antigo, o boca a boca. Sempre foi assim. É difícil levar alguém ao teatro, hoje são tantas as ofertas de programas. Por isso, talvez o oxigênio seja essa necessidade que considero fundamental, de contaminar de beleza quem está ali, sentado na minha frente. Quero descortinar um outro horizonte diante do espectador e fazê-lo viver uma experiência rara.”

O trabalho dentro e fora do Brasil

“A minha experiência colaborativa com a italiana Fondazione Pontedera dura 27 anos. Tenho uma regularidade de apresentações para cumprir e me faz muito bem fazê-las, mas a minha base é São Paulo, na Casa Laboratório para as Artes do Teatro, que fica na Barra Funda. Um território que precisa, como tantos em São Paulo, se afirmar e ser garantido. Por ano, uma ou duas vezes, preciso fazer essas temporada na Itália e em outros lugares. Os meus espetáculos todos são produzidos por Pontedera e o Teatro della Toscana. O “2×2=5 – O Homem do Subsolo” é o primeiro produzido por essa nova sociedade em que a Fondazione Pontedera juntou-se ao tradicional Teatro La Pergola de Firenze e tornaram-se, esse novo projeto, que é o primeiro Teatro Nacional Italiano na região Toscana, batizado de Teatro della Toscana. Para mim, isso tem um peso e um reconhecimento muito grande. Preciso cumprir uma série de temporadas que Roberto Bacci, meu diretor e mestre, agenda. Num primeiro momento, eu vou ao Festival de Almada, em Portugal, e, no final do ano, temos um temporada de inverno, iniciando em Florença, no Teatro Goldoni e, depois uma série de cidades da região da Toscana. Até lá, eu quero circular bastante pelo Brasil, fazer os meus encontros com jovens artistas, encontrar gente em várias cidades.”

A televisão 

“Televisão, caso algum raro convite apareça, evidentemente alteraria meus projetos. É um ingrediente novo na rotina e é estimulante. Eu gosto muito de fazer, dá um frio na barriga diferente, porque a minha ignorância com a linguagem de interpretação na televisão é tamanha que eu preciso muito mais de parceiros para me explicar para qual lado eu devo ir. Não é fácil criar uma coisa ali. Não fossem todas as ajudas que sempre tive, tudo seria muito, muito mais difícil. O texto do Silvio de Abreu e a direção de Denise Saraceni me ajudaram muito, muito. O meu encontro com o Luiz Fernando Carvalho no trabalho que fizemos sobre Ariano Suassuna foi ótimo. Poderia citar uma equipe de parceiros malucos.”

Jamanta, com muito prazer 

“A televisão tem uma repercussão macro. Hoje, me dá muito prazer, depois de tantos anos, quando eu estou esquecido de mim mesmo, perceber uma pessoa me olhando, abrindo um sorriso diferente e falando: 'ah… é você!'. Ah, aquele 'você' vem com uma saudade de si mesmo, sabe? Vem como se a pessoa ao dizer aquilo, ao sorrir daquele modo, esteja vendo a si mesmo anos atrás e isso me dá um prazer muito grande, porque é como se o nosso trabalho, da equipe toda que produziu aquelas cenas, não acabasse ou morresse. Está vivo dentro da memória daquela pessoa. Eu não sei se televisão 'combina' com as minhas ambições. Na verdade, eu não tenho ambição profissional. Nesse sentido, eu sou muito amador. Tenho ambições amadoras, de quem ama. Nem sei se trato meu trabalho tão profissionalmente. Se eu trato, preciso me corrigir. A minha profissão e a de todos artistas é amadora, no melhor sentido da palavra ‘amadora’.”

GREVE – Professores cobram retroativo do piso

Professores: greve pelo pagamento do piso (Foto Ricardo Amanajás).

Não resultou em nada de mais objetivo a rodada de negociações com o governo dos professores da rede estadual de ensino, em greve desde esta última quarta-feira, 25. Eles reivindicam, entre outras coisas, o pagamento do retroativo do piso salarial, que deixou de ser pago após as eleições de outubro de 2014, quando o governador tucano Simão Jatene foi reeleito. Segundo o Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, não houve qualquer avanço na discussão sobre o pagamento do retroativo do piso salarial e da regularização da jornada de trabalho. Há um temor, em parcela da categoria, que o governo opte por reduzir o volume das aulas complementares, que representam um substancial reforço financeiro diante dos parcos salários pagos aos professores, para bancar o pagamento do retroativo do piso salarial.
Segundo o Diário do Pará, para a manhã desta quinta-feira, 26, está previsto um novo ato público, a Marcha Nacional em Defesa da Educação Pública, que sairá da Praça da República em direção ao CIG, o Centro Integrado de Governo, na avenida Nazaré. O jornal acrescenta que, de acordo com as lideranças do movimento grevista, pelo menos 67 municípios aderiram à paralisação.

O início da greve, nesta última quarta-feira, 25, foi assinalado por uma assembléia geral na Praça da Leitura, em São Brás, de onde os professores rumaram em passeata, apesar da chuva, para a Sead, a Secretaria de Estado de Administração, na travessa do Chaco, bloqueando o trânsito no percurso da manifestação, de acordo com o relato do Diário do Pará.

PADRE JORGE – Um teste para dom Alberto Taveira

Padre Jorge, bêbado, atropelou e matou um ciclista (Foto O Liberal).

Um bom teste, para mensurar a sintonia do arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira, com as exortações do papa Francisco a humildade e rigor contra os malfeitos na Igreja Católica, é o episódio do padre barnabita Jeorge Miranda Gomes, 37 anos. Exibindo ostensivos sinais de embriagues, ele atropelou e matou um ciclista, com o agravante de não prestar socorro à vitima, no Km 68 da BR-316, próximo a Castanhal. A vítima, José Hilton das Neves Conceição, 52 anos, pedalava no acostamento da rodovia, no sentido de Castanha. Padre Jorge dirigia o Fiat Fiat Strada Adventure, placa OTV-6103.

Padre Jorge foi detido pela Polícia Rodoviária Federal já no perímetro urbano de Santa Maria do Pará, depois de não respeitar a ordem de parada dos policiais, no posto da PRF na entrada do município. Detido, ele admitiu que bebera.

PETRALHAS – O padroeiro dos empreiteiros


BLOG – 6.686 acessos, o mais novo recorde

Gráfico do Blogger que registra o recorde do Blog do Barata.

Nesta quarta-feira, 25, o Blog do Barata superou seu próprio recorde, estabelecido no último dia 20 e que era de 6.458 acessos, ao registrar a marca de 6.686 acessos. As postagens mais lidas nesta quarta-feira, em ordem decrescente, foram MPE - A carraspana do ilustre pinguço, de 24 de março; TJ – Cadmo esfarinha lambança de Albuquerque, de 24 de março; MURAL – Queixas & Denúncias, de 25 de março; PRECONCEITO – Antecedentes da parlamentar, de 25 de março; e BLOG – Cadmo x Albuquerque, a postagem mais lida, de 25 de março.
Em matéria de visualizações de página por País, nesta quarta-feira, 25, foram registrados os seguintes números: Brasil, 5.971 visualizações; Alemanha, 437; Estados Unidos, 119; Líbano, 60; Ucrânia, 48; Holanda, 13; China, 4; França, 3; Portugal, 3; Irlanda, 1.

quarta-feira, 25 de março de 2015

DESGOVERNO – Bússola, a solução possível


PRECONCEITO – Deputa é contra adoção por gays

Júlia Marinho (com Jatene, Ana Maria Jatene e  Zequinha): preconceito.

Segundo revela o portal Congresso em Foco, em matéria repercutida pelo UOL, a deputada federal Júlia Marinho (PSC/PA), integrante da bancada evangélica da Câmara, apresentou um projeto de lei com o objetivo de alterar o ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente , de maneira que seja proibida a adoção de crianças por casais homoafetivos. A proposição foi apresentada no dia 6 de março e tramita na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, a CDHM, da Câmara. A parlamentar tem como marido e tutor político o ex-deputado Zequinha Marinho, também do PSC e atual vice-governador do Pará, aliado político do governador tucano Simão Jatene, conhecido como Simão Preguiça, por seu notório fastio em relação ao trabalho, e cuja administração é pontuada por denúncias de corrupção e nepotismo.
A matéria pode ser acessada pelo link abaixo:



Hoje, para ser pai ou mãe adotiva, observa a matéria do Congresso em Foco, a pessoa precisa ter 18 anos, ter pelo menos 16 anos a mais que o adotado e garantir a segurança da criança ou do adolescente. Mas a parlamentar quer incluir mais uma condicionante para as adoções: “É vedada a adoção conjunta por casal homoafetivo”, aponta o projeto. A parlamentar alega, no projeto de lei, que família composta por dois pais ou duas mães “não logra ampla aceitação social” e “pode gerar desgaste psicológico e emocional” na criança adotada.

PRECONCEITO – Antecedentes da parlamentar

Júlia, com Zequinha Marinho e Maguila (à esq.): probidade duvidosa.

Antes de eleger-se para a Câmara dos Deputados pelo PSC, em 2014, Júlia Marinho Godinho da Cruz Marinho esteve no epicentro de um rumoroso escândalo político, quando seu marido, Zequinha Marinho, atual vice-governador do Pará, era deputado federal pelo mesmo PSC. Ela é suspeita de ter sido funcionária fantasma da prefeitura de Ourilândia do Norte, cujo prefeito Maurilio Gomes Cunha, também do PSC, o Maguila, reeleito em 2012, chegou a ser afastado do cargo pela Justiça, na esteira de fartos indícios de improbidade administrativa. “Ela só apareceu duas vezes por aqui no município, para participar de eventos festivos”, relatou a vereadora Zulene Santos (PMDB), também reeleita em 2012. Obviamente soou inverossímil a versão segundo a qual Zequinha Marinho, atual vice-governador do Pará, não teria conhecimento da tramóia.
A tramóia envolvendo Júlia Marinho foi noticiada, na época, pelo Blog do Barata, em postagem que pode ser acessada pelo seguinte link:


De acordo com a vereadora Zulene dos Santos, Júlia Marinho recebia como funcionária da Prefeitura de Ourilândia do Norte, com recursos do FME, o Fundo Municipal da Educação, mas não trabalhava em sala de aula ou em outro departamento da prefeitura. O prefeito reeleito de Ourilândia do Norte, Maurílio Gomes da Cunha, o Maguila, tem como patrono político Zequinha Marinho.

Ainda segundo Zulene dos Santos, a descoberta da falcatrua só ocorreu porque, a quando do afastamento de Maguila, a liminar da Justiça determinava a imediata desocupação do prédio da prefeitura, o que, possivelmente, impediu que fossem recolhidos todos os documentos comprometedores. “A secretária que assumiu recolheu as agendas e dentro delas estavam dois comprovantes de depósito feitos na conta da esposa do deputado Zequinha Marinho”, relatou Zulene dos Santos.

DILMA – Sem rumo


MURAL – Queixas & Denúncias


BLOG – Cadmo x Albuquerque, a postagem mais lida



Nesta última terça-feira, 24, quando o Blog do Barata registrou um total de 4.917 acessos, a postagem mais lida, disparadamente, foi TJ – Cadmo esfarinha lambança de Albuquerque, que trata da defesa feita pelo advogado Cadmo Bastos Melo Júnior, na ação de indenização por danos morais movida contra mim, na qual sou acusado de calúnia, difamação e injúria pelo procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da Silva. O estopim para o contencioso foi o Blog do Barata ter repercutido, em 2011, a reportagem da TV Liberal que exibiu Ricardo Albuquerque, na época corregedor substituto do MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, sendo flagrado pela Polícia Rodoviária Federal dirigindo visivelmente bêbado. O procurador de Justiça pretendeu impor-me a censura prévia, proibindo o blog de falar sobre ele, direta ou indiretamente, e adicionalmente retirar todas as postagens a seu respeito, mas teve sua pretensão autoritária repelida pela Justiça.
Ricardo Albuquerque chegou a ajuizar uma ação por danos morais contra uma cunhada, Nilceele Monteiro e Silva, a quem acusou de ter forjado o flagrante da bebedeira, em uma aventura processual sepultada pela Justiça. Três anos depois, em 2014, via MPE, ele ajuizou a ação contra mim, também alegando danos morais, em clara litigância de má-fé, na qual afirma que estaria apenas “sonolento” a quando do flagrante sofrido. Ricardo Albuquerque, da Silva, porém, não processou a TV Liberal, o que levou o advogado Cadmo Bastos Melo Júnior a observar, ácido, que esse “critério tosco de indignação” do ilustre pinguço “vem provar o quanto é covarde o indignado procurador”.

BLOG – Vídeo da carraspana, a 3ª mais acessada

Apesar de postada já no final do dia, quase 9 horas da noite, também fez sucesso a postagem MPE - A carraspana do ilustre pinguço, a terceira mais lida desta última terça-feira, 24. A postagem traz o vídeo que reproduz a reportagem da TV Liberal, levada ao ar em 2011, exibindo o procurador de Justiça Ricardo Albuquerque da Silva sendo flagrado, pela Polícia Rodoviária Federal, dirigindo bêbado. A cópia foi anexada ao processo movido contra mim, a pedido do advogado Cadmo Bastos Melo Júnior. Ao fazer minha defesa, o advogado requer como prova documental, que seja oficiado à TV Liberal solicitação para que a emissora forneça uma cópia integral da reportagem exibindo Ricardo Albuquerque da Silva sendo flagrado dirigindo bêbado, levada ao ar a 31 de outubro de 2011, no Jornal Liberal 1ª Edição e no Jornal Liberal 2ª Edição.

Complementarmente, Cadmo Bastos Melo Júnior solicita que a cópia integral fornecida pela TV Liberal seja enviada ao Instituto de Criminalística do Instituto Médico Legal Renato Chaves, para as perícias que se fizerem necessárias, inclusive a de autenticidade, quadro a quadro.

BLOG – As mais lidas

Os imbróglios envolvendo o Ministério Público do Estado e o Tribunal de Justiça do Pará - com destaque para o ilustre pinguço Ricardo Albuquerque da Silva, procurador de Justiça flagrado dirigindo bêbado -, além da vida pregressa de Florisvaldo Laurindo de Souza, vulgo Iran, mas também conhecido como Flor (o subalterno de Orly Bezerra, que comanda a propaganda enganosa da tucanalha e sangra o erário), foram os assuntos mais acessados no Blog do Barata, nesta última terça-feira, 24.

No ranking das mais lidas nesta última terça-feira figuram as seguintes postagens: TJ – Cadmo esfarinha lambança de Albuquerque, de 24 de março; MPE – A suspeita de motivações “nada nobres”, de 22 de março; MPE - A carraspana do ilustre pinguço, de 24 de março; CURUÇÁ – Desembargador “contraria a lei”, de 23 de março, e PITI – O deslumbramento do alpinista social, de 24 de março.

PIRABAS – Enfim, MPE manda apurar fraude eleitoral

A promotora Erica Almeida de Souza mandou apurar a fraude da qual foi...
...beneficiário Cláudio Barroso (ao centro, com o juiz Charles Claudino)

Antes tarde do que nunca. Foi publicado no DOE, o Diário Oficial do Estado, de segunda-feira, 23, portaria – datada de 16 de outubro de 2012 - na qual a promotora de Justiça Eleitoral da 63ª Zona Eleitoral, Erica Almeida de Sousa, instaurou procedimento administrativo preliminar para apurar as denúncias de fraude eleitoral em São João de Pirabas, nas eleições de 2012. Formalizada pela coligação majoritária O Trabalho Está de Volta (PP, PTB, PSC, PR, PPS, PSDC, PMN, PRP, PSDB e PT do B), a denúncia, que deu origem ao procedimento administrativo enfim instaurado, aponta a elevada transferência de títulos eleitorais de diversos municípios para São João de Pirabas como evidência da fraude eleitoral em favor do prefeito Luiz Cláudio Teixeira Barroso, do PMDB, mas desde o segundo turno das eleições de 2014 alinhado com o governador tucano Simão Jatene. Barroso é protagonista de uma administração calamitosa, pontuada por acintosas evidências de corrupção, comprovadas pelo próprio MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, que somente agora manda apurar as fraudes eleitorais que pavimentaram a reeleição do atual prefeito de São João de Pirabas.

Independentemente dos evidentes indícios da fraude eleitoral, a falcatrua ficou comprovada diante do e-mail enviado por Nailson Reis, funcionário da Prefeitura de São João de Pirabas cedido ao cartório eleitoral de Primavera, para a então secretária municipal de Educação, Luciana Carneiro. Conforme fonte do Blog do Barata, Luciana Carneiro foi não só cúmplice, mas também beneficiária da tramóia, elegendo-se, pelo PMDB, a vereadora mais votada do município em 2012, com 848 votos. O e-mail – no qual Nailson Reis pede discrição e manifesta o temor da fraude ser descoberta - foi “estranhamente”, na definição da testemunha da fraude, desentranhado do processo pelo juiz Charles Claudino Fernandes, o mesmo magistrado que respondia pelo cartório eleitoral de Primavera, na época da falcatrua e que julgou improcedente a denúncia oferecida pelo MPE, o Ministério Público do Estado. A sentença de Charles Claudino Fernandes ocorreu um ano e sete meses depois do juiz, inexplicavelmente, manter dormitando em sua gaveta o processo sobre a fraude eleitoral em São João de Pirabas. A ação agora tramita em outra instância, mas a postura do magistrado perdura sendo acidamente questionada. “Eu nunca vi um juiz julgar uma causa na qual é citado!”, desabafa a fonte do blog. Também soou algo inusitada, para essa fonte, a postura do procurador Alan Mansur, do Ministério Público Federal, que em seu despacho solicita ao TRE/PA que peça para o juiz Charles Claudino devolver ao processo o e-mail comprovando a fraude, mas ressalva que, se o juiz decidir o contrário, ele, Alan Mansur, acompanhará a decisão do magistrado.

PIRABAS – A portaria da promotora

Abaixo, a transcrição da portaria da promotora de Justiça Eleitoral da 63ª Zona Eleitoral, Erica Almeida de Sousa, datada de 16 de outubro de 16 de outubro de 2012, mas inexplicavelmente só publicada no DOE dois anos e cinco meses depois. Mesmo a promotora de Justiça Eleitoral sublinhando, na portaria, que “após a divulgação do resultado das eleições se verificou, através de depoimentos testemunhais tomados pelo Ministério Público, a possível veracidade das informações prestadas pela coligação supramencionada”. Não foi oferecida nenhuma explicação sobre o porquê do hiato de mais de dois anos e cinco meses entre a data da portaria e sua publicação no DOE, no último dia 23.

DOE DE 23/03/2015

PORTARIA Nº 002/2012- MPE

O Ministério Público Eleitoral, através da Promotora de Justiça Eleitoral da 63ª Zona Eleitoral, Dra. Érica Almeida de Sousa, infra-firmada, com atribuições específicas, vem, no pleno uso de suas funções constitucionais e infraconstitucionais, dispor, o que segue:

Considerando, que chegou ao conhecimento desta Promotora de Justiça Eleitoral, através do expediente protocolado pela Coligação Majoritária “O Trabalho Está de Volta”, dos partidos PP, PTB, PSC, PR, PPS, PSDC, PMN, PRP, PSDB e PT do B, noticia de possível crime ilícito eleitoral, decorrente da transferência elevada de títulos de eleitores de diversas cidades deste Estado para a cidade de São João de Pirabas, no período de 2008 a 2010;

Considerando que, após a divulgação do resultado das eleições, se verificou, através de depoimentos testemunhais tomados pelo Ministério Público, a possível veracidade das informações prestadas pela coligação supramencionada;

Considerando que cabe ao Ministério Público defender a moralidade administrativa, a legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência dos atos administrativos, ex vi art. 37 da Carta Magna, podendo agir ex officio, por força do princípio da oficiosidade;

Considerando o previsto no art. 129, III, da Constituição da República, no que couber; nos arts. 8° e 9° da Lei n° 7.347, de 24.07.85; no art. 25, IV, “a”, “b”, e26, I e V da Lei n° 8.625, de 12.02.93; no art. 54, I, “a”, “b”, “c” e “d” da Lei Complementar n° 057, de 06 de julho de 2006, nos princípios e diretrizes ditados pela Lei n° 9.784/99; e, por fi m, na Instrução n° 04/91-PGJ, de 17.10.1991, e demais legislações especiais de qualquer forma aplicáveis.

Resolve instaurar o presente PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PRELIMINAR, para a cabal apuração do(s) fato(s), pelo que determinamos:

1°) Autue-se a documentação existente, capeando-a junto a esta Portaria, que deverá ser registrada em nossos arquivos de informática e no respectivo livro;
2°) Comunique-se aos Exmos. Srs. Procurador-Geral de Justiça, Corregedor-Geral de Justiça e Centro de Apoio Operacional Constitucional, acerca da instauração deste Procedimento Administrativo Preliminar, para os efeitos estatísticos e outros fins adequados;
3°) Em considerando a existência do servidor público Mauro de Jesus Santa Brígida da Fonseca, Auxiliar de Administração, em exercício, junto a esta Promotoria, nomeio-o por medida de estilo, para servir como secretário neste feito;
5º) Encaminhar cópia por meio eletrônico a PGJ para publicação como determina a Resolução do CNMP;
6º) Decreto o sigilo das informações prestadas nestes autos por medida de segurança a ordem publica e a paz social desta sociedade;
REGISTRADA E PUBLICADA, CUMPRA-SE.
Primavera (PA), 16 de outubro de 2012.
ÉRICA ALMEIDA DE SOUSA

Promotora de Justiça Eleitoral

ENTENDA – A falcatrua revelada em detalhes

Luciana Carneiro (à dir.), tida como cúmplice e beneficiária da fraude.

Como antecipou o Blog do Barata, na edição do último dia 12, testemunha privilegiada da fraude eleitoral, que na época ocupava um cargo comissionado na administração municipal, revela que cerca de 3.500 títulos eleitorais, emitidos irregularmente, pavimentaram a reeleição do prefeito de São João de Pirabas, Luiz Cláudio Teixeira Barroso, do PMDB, mas desde 2014 alinhado com o governador tucano Simão Jatene. “Testemunhei todo o esquema”, relata a fonte, acrescentando que o esquema criminoso envolveria a então secretária de Educação, Luciana Carneiro, e Nailson Reis, servidor da Prefeitura Municipal de São João de Pirabas, cedido ao cartório eleitoral do município de Primavera. “Em princípio, ele (Nailson Reis) e Luciana (Carneiro) faziam o esquema funcionar, em princípio, de três formas: mediante ações oficiais de emissão de títulos eleitorais; emissão de títulos eleitorais agendadas pela própria secretária de Educação, na prefeitura; e emissão de títulos eleitorais nas escolas municipais, a pretexto das ações de cidadania”, conta a testemunha da fraude. E, irônica, salienta: “Mas havia também a emissão delivery, na qual Nailson retirava escondido os formulários para emissão de títulos eleitorais em branco, repassava para Luciana , que ia de casa em casa preenchê-los, para então devolvê-los a Nailson. Emitidos os títulos pelo juiz eleitoral, que deveriam ser entregues no cartório eleitoral, eles voltavam para as mão de Luciana, que se encarregava de entregá-los aos seus eleitores, a domicílio.”
O comprometedor e-mail enviado por Nailson Reis a Luciana Carneiro – inexplicavelmente desentranhado do processo pelo juiz Charles Claudino Fernandes -  ratifica o relato da testemunha. “Em março de 2012 já tinham perdido o controle do esquema fraudulento. Centenas de formulários para emissão de títulos eleitorais estavam nas ruas e os títulos emitidos se amontoavam no cartório eleitoral, porque ninguém ia buscá-los”, descreve a testemunha privilegiada da falcatrua. “Então, Nailson Reis, preocupado com a situação, escreve um email para Luciana Carneiro, no qual ele frisa sua angustia diante da possibilidade em poder ser flagrado, porque a eleição estava próxima e a disputa acirrada.”

No e-mail, Nailson Reis pede a Luciana Carneiro pressa na devolução dos formulários enviados, por temer ser flagrado operacionalizando a fraude. Maltratando o vernáculo, ele escancara a tramóia. “Bom dia velinha espero que esteja tudo bem, com velinho por aqui vai bem, velinha queria falar com a Senhora sobre esse material que esta com vcs ja tem muito tempo que esta com vcs ele não pode ficar muito tempo fora possa que o promotor ou juiz até mesmo o yuri quera fazer uma revisão desse tipo de material esse mesmo tem uma numeração se ele colocar na sequência vai ver que ta faltando, manda o pessoal cair em campo atras desse pessoal se não eles não aparecem para pegar o titulo tem titulo aqui desde 2008 eles só vem pegar qndo precisa realmente do titulo como para bolsa família etc... os que a senhora me mandou tenho que fazer aos poucos para não dar na vista é que só ta dando para fazer a tarde eu não posso estrapolar se não TRE vai ver que eu só estou atendendo Pirabas”, assinala o comparsa de Luciana Carneiro.