sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

WOLGRAND – Precedentes justificam questionamentos


Esses questionamentos soam a uma fatalidade incoercível. Seja pelo que vem a ser o Tribunal de Justiça do Pará, capaz de proteger e catapultar para o desembargo uma magistrada responsável por despachar para uma cela, com 40 homens, uma adolescente, vítima de continuados estupros, em um escândalo de repercussões internacionais. Ou de tornar desembargadora uma juíza suspeita de favorecer clientes de seu irmão, advogado, e que por isso chegou a ser formalmente advertida. Trata-se do mesmo tribunal que condenou-me, sem que minhas denúncias fossem desmentidas, em uma clara litigância de má-fé, em ação ajuizada por Hamilton Ribamar Gualberto, advogado notabilizado não pelo saber jurídico, mas por ser um notório assassino impune. Condenado a sete anos e meio de prisão, por lesão corporal grave, seguida de morte, Gualberto – cujos filhos são netos de uma desembargadora aposentada – seguiu impune, na esteira do chamado embargo de gaveta, pelo qual um processo é sobrestado até a prescrição do crime.

Quanto a Polícia Militar, esta dispensa apresentações, como bem sabem até as pedras desta terra. Trata-se de uma instituição que vagueia entre a corrupção e a truculência, mazelas que tem efeito piramidal e produzem aberrações como o cabo Pet, morto em um acerto de contas e que, conforme fartas denúncias, comandava uma milícia que vendida proteção e dedicava-se ao tráfico de drogas, como um dos braços do crime organizado em Belém. Não soa crível que a oficialidade da corporação - que dedica-se com afinco à arapongagem - não tivesse conhecimento das atividades criminosas do cabo Pet e de outros tantos PMs que se confundem com os bandidos aos quais, em tese, deveriam combater. 

Um comentário :

Anônimo disse...

Faltou citar a desembargadora murrieta, o juiz Amílcar Guimarães, que desafiou o Lucio Flavio Pinto, dizendo que tinha algo em comum com o jornalista: também não acreditava no judiciário. De resto, matou a pau esse artigo, mostrando a verdadeira face das instituições ou de seus componentes podres deste estado.