quinta-feira, 19 de novembro de 2015

MPE – Se for para valer, correição do CNMP incluirá as gavetas do procurador-geral de Justiça do Pará

Cláudio Portela, corregedor do CNMP: estarrecido diante das denúncias.

Se efetivamente for para valer, e não apenas para simular o rigor de quem cultiva a austeridade apenas para consumo externo, a correição que o CNMP, o Conselho Nacional do Ministério Público inicia nesta quinta-feira, 19, no MPE, o Ministério Público do Estrado do Pará, fatalmente incluirá as gavetas do procurador-geral de Justiça. Nas gavetas de Marcos Antônio Ferreira das Neves, também conhecido como Napoleão de Hospício, devido seu mandonismo, dormita desde 2014, por exemplo, o parecer do promotor de Justiça Domingos Sávio Alves de Campos, concluindo pela inconstitucionalidade do PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Assembleia Legislativa do Pará, por isso passível, assim, de ajuizamento de uma ADIN, a Ação Direta de Inconstitucionalidade. No leque de aberrações contempladas no PCCR da Alepa inclui-se, dentre outras pérolas, a supressão do nível fundamental, cujos cargos migram para o nível médio, enquanto os cargos de nível médio migram para o nível superior, a despeito de, em ambos os casos, a escolaridade dos servidores contemplados com a tramoia ser absolutamente incompatível com a ascensão das quais foram e serão beneficiados. Como é parceiro do presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda (DEM), no ardil do nepotismo cruzado, e conta com a boa vontade dos deputados para obter as benesses desejadas, o procurador-geral de Justiça mantém-se silente, em uma omissão criminosa diante da aberração que é o PCCR da Assembleia Legislativa do Pará.

Comandada pelo corregedor Cláudio Portela, a correição do CNMP no MPE deverá se estender até esta próxima sexta-feira, 20, e foi precedida por uma reunião com dirigentes do Sisemppa, o Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado do Pará, nesta última quarta-feira, 18. Na reunião, segundo relatos, Portela revelou-se estarrecido diante das denúncias sobre assédio moral aos servidores do MPE, por parte de Neves, e a respeito das manobras protelatórias do procurador-geral de Justiça para manter como assessor André Ricardo Otoni Vieira, seu amigo-de-fé-irmão-camarada, além de sócio-administrador de suas empresas e advogado, na contramão de determinação do próprio CNMP. Por ser sócio-administrador em empresas de Neves, André Ricardo Otoni Vieira não poderia ter sido nomeado assessor e, por ser assessor, não poderia advogar para o procurador-geral de Justiça, tal como foi flagrado fazendo, em uma ação de despejo, inclusive em horário de expediente.

2 comentários :

Anônimo disse...

Tem diretor que chega nove da manhã e sai quatro da tarde e ganha pra isso dez mil reais de gratificação

Anônimo disse...

Egua não acredito. Mas ja sei quem é o famoso ze preguiça do financeiro .