quarta-feira, 17 de junho de 2015

VOZES DAS RUAS – A (triste) volta ao passado



De internauta, endossando e complementando o comentário reproduzido na postagem anterior a esta:

Você está certo, mas me deixa acrescentar algo: a estratégia vai muito além da chantagem de prefeitos do interior. O poder vem sendo concentrado nas mãos dessas famílias, que colocam os filhos em cargos eletivos unicamente para barganhar mais benesses do governo. Estou esperando o Lúcio Flávio ou o Barata fazerem um diagrama de todos os cargos ocupados por familiares dos poderosos, seja através de eleição, ou nomeação para cargo em comissão, cargos vitalícios, cargos com título e remuneração de nível superior ocupados por gente que mal completou o ensino médio, contratações eleitoreiras temporárias que podem virar efetivas, etc.
Simão Jatene e atucanalha avacalharam geral toda uma expectativa da sociedade de conquistar melhoria de vida através da dedicação aos estudos, ao concurso público, ao ingresso em carreiras públicas. Essa coisa que começou depois da constituição de 1988 e que gerou todo um segmento de editoração de livros e apostilas, de cursinhos preparatórios para concursos públicos e sites de referências e banco de dados na internet; essa coisa bonita que animou senhoras de mais de 50 anos a voltarem a estudar para conquistar um emprego estável, tudo isso corre sério risco de extinção pelas mãos dessa turma que dá apoio ao governo.
Não bastasse o cinismo de não chamarem os aprovados em concurso alegando falta de recursos, para a seguir encher a casa de temporários janelados; não bastasse a imoralidade de dezenas de milhares de contratações sem nenhum tipo de seleção - só a compra de voto; não bastasse os cargos de nível superior preenchidos por quem só sabe fazer o 'ó' se sentar nu num prato de trigo; não bastasse a imoralidade do nepotismo cruzado entre Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público - os famosos 'jabutis na árvore', como bem classificou o Barata; agora sujaram, emporcalharam de vez a esperança do cidadão comum, depois que alguns concursos trouxeram na lista de aprovados apenas os parentes dos chefes do Tribunal de Contas dos Municípios.

Estamos voltando aos anos 70, onde tudo era na base da peixada política, graças a ingenuidade dos que acreditam e votam em Simão Jatene e Zeraldo Coutinho.

Um comentário :

Anônimo disse...

Perguntam as pessoas nas ruas quando serão realizados os concursos para os hospitais públicos do Pará; dizem que foram oficialmente autorizados pelo governador. Mas para quando? Será que a mesma patifaria de Salinas, Marituba e Ananindeua vai virar moda também no estado?

A se confirmar a suspeita acima, é possível que os concursos só sejam realizados no último ano de governo, e ninguém será chamado de imediato, de forma que o próximo governador ao assumir vá se entender com os aprovados, assim o astuto Simão malandramente se livraria da acusação de não promover concursos públicos e jogaria o ônus destes nas costas do seu sucessor. A conferir.