quarta-feira, 10 de junho de 2015

TJ – Ministério Público reage contra tramoia

A tramoia que beneficiou o advogado Mauro Cesar Lisboa Santos foi tão escandalosa que o Ministério Público Estadual entrou em cena. A Promotoria de Justiça de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social, Falência, Judicial e Extrajudicial solicitou a destituição de Santos do cargo de administrador judicial Celpa. Na justificativa, o promotor de Justiça Sávio Rui Brabo de Araújo assinala que Santos não estava prestando o serviço para o qual fora contratado e ainda recebeu pagamento antecipado de R$ 15 milhões. Brabo destacou que o valor poderia ser investido em pendências da empresa com seus credores, no município de Tucuruí. O promotor de Justiça sublinhou ainda que, na condição de administrador judicial, Mauro Santos teria uma série de obrigações. Somente depois do serviço concluído é que ele poderia receber seus honorários, fixados em R$ 20 milhões. No entanto, lembrou o representante do MP, Santos recebeu antecipados cerca de R$ 15 milhões.

Ao defender a destituição de Santos, o MPE sublinhou que o administrador judicial da Celpa, além de receber honorários adiantados, deixou de convocar a assembleia geral de credores. Na sua justificativa, o promotor de Justiça Sávio Rui Brabo de Araújo foi incisivo. Santos, disse, “não fiscaliza as atividades da empresa devedora e o cumprimento do plano de recuperação judicial; não apresenta relatórios mensais das atividades da sociedade empresarial, mas sim por períodos compreendidos entre dois a 12 meses acumulatórios, impossibilitando a identificação das atividades da empresa devedora mês a mês; e praticou, com a conivência e leniência dos administradores da empresa devedora, ato lesivo às atividades da sociedade empresarial, com indícios de prática de sonegação fiscal, em virtude de um acordo remuneratório ilegal e abusivo por serviços que ainda não foram realizados”.

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