quarta-feira, 10 de junho de 2015

TJ – Antecedentes comprometedores

Vera Souza, parceira de Marneide Merabet no escândalo do BB.

Os comprometedores antecedentes da desembargadora Marneide Merabet reforçam as suspeitas de má-fé na decisão que extinguiu a ação por improbidade contra André Ricardo Otoni Vieira, ajuizada pelo MPE. Católica fervorosa, pelo menos para consumo externo, diante da vida pregressa de Merabet, como magistrada, conclui-se, fatalmente, que a desembargadora é daquele tipo de carola que pede perdão de véspera pelos pecados que possa cometer no dia seguinte. Juntamente com a hoje desembargadora Vera Araújo de Souza, Marneide Merabet protagonizou um escândalo de repercussão nacional. Como desembargadora, ela endossou o bloqueio de R$ 2,3 bilhões do Banco do Brasil, em benefício de uma quadrilha de falsários, determinado pela então juíza Vera Araújo de Souza e questionado pelo BB.

O escândalo foi materializado em novembro de 2010, quando a então juíza Vera Araújo de Souza, da 5ª vara cível de Belém, mandou bloquear R$ 2,3 bilhões, que estariam depositados na agência central do Banco do Brasil, em favor de Francisco Nunes Pereira. A magistrada adotou a medida em caráter liminar, sem ouvir a outra parte, nem ao Ministério Público do Estadual. O BB tentou convencê-la a revogar a liminar, denunciando a fraude. A juíza se recusou a atender ao pedido. O banco apelou então para a instância superior, mas a desembargadora Marneide Merabet manteve a decisão da juíza, em decisão isolada. O BB, então, acionou o CNJ e a ministra Eliana Calmon, na época corregedora nacional de Justiça, revogou a liminar. Também mandou instaurar procedimento administrativo disciplinar contra Vera Araújo de Souza, que a despeito disso foi promovida pelo TJ do Pará a desembargadora, por antiguidade. “Se a decisão de Vera Souza fosse cumprida, causaria um abalo poderoso nas contas do maior banco estatal do país. A principal agência de Belém do BB teria que fechar as portas. O dinheiro, equivalente a quase dois meses de receita bruta do Estado do Pará, iria parar nas mãos de uma quadrilha nacional de fraudadores”, salientou, na época, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, ao mensurar a extensão do imbróglio no seu Jornal Pessoal, a mais longeva publicação da imprensa alternativa brasileira.

3 comentários :

Anônimo disse...

A decisão da desembargadora Marneide Merabet que extinguiu a ação de improbidade contra o Otoni, também foi uma decisão isolada. Essa é a estratégia que essa desembargadora usa quando quer dar decisão que sabe que não se sustenta e que se fosse submetida ao colegiado, jamais seria aceita e ela não poderia fazer o que vem fazendo.

Anônimo disse...

Com decisões desse naipe ainda continua trabalhando normalmente? E com o direito da recente vantagem conhecida como "auxílio moradia"?

Anônimo disse...

Cara de maracuja de gaveta toda engilhada credo