domingo, 21 de junho de 2015

REMO – O abraço do afogado de Pedro Minowa

 Pedro Minowa: gestão desastrosa que ameaça a sobrevivência do Remo.

É a sobrevivência do Clube do Remo, uma instituição centenária do futebol paraense e brasileiro, ou o início do fim, com a permanência de Pedro Minowa como presidente, em gestão cuja inércia, ausência de transparência e falta de credibilidade agravaram a crise financeira herdada de administrações passadas, daí resultando uma situação de virtual insolvência. Este é o cenário sob o qual o Condel, o Conselho Deliberativo do Leão Azul, se reúne na noite desta segunda-feira, 22, para decidir sobre a destituição, ou não, do atual presidente, Pedro Minowa, protagonista de uma gestão calamitosa, pontuada por episódios nebulosos, jamais esclarecidos, e recorrentes suspeitas de corrupção. É emblemática, da extensão da crise – que é não só financeira, mas também de credibilidade –, a postura de um sólido empresário, que se dispõe a colaborar com o Remo, desde que a devida aplicação dos recursos eventualmente injetados no clube seja monitorada pelo ex-presidente e grande benemérito Ubirajara Salgado. Um respeitado médico, Salgado é um dos cardeais azulinos, compondo o seleto elenco de lideranças históricas do clube remista, com cuja história recente seu nome se confunde. A situação é desoladora para um clube de massas, que tem uma das maiores torcidas da Amazônia, no rastro da paixão despertada pelo futebol.

Uma alternativa contemplada no relatório da comissão encarregada de apurar as denúncias de irregularidades na atual administração do Remo, a destituição de Minowa, diga-se logo, não é tarefa fácil. A proposta nesse sentido precisa ser aprovada pelo Condel e referendada pelo Assembleia Geral, pelo voto de dois terços dos associados em dia, além dos sócios remidos. Seja como for, dissemina-se, com a rapidez de fogo em rastilho de pólvora, a convicção de que a determinação de Minowa em se manter como presidente representa, para o Remo, ficar à mercê do abraço do afogado que, no desespero, leva junto para a morte quem tenta salvá-lo. Diante da inépcia do atual presidente, mantê-lo no cargo significará a sentença de morte para o Remo, diante da extensão da crise e da incapacidade da atual administração em aplacá-la, avaliam fontes do próprio Condel, ouvidas pelo Blog do Barata. Essas fontes convergem para a avaliação de que, por isso, no âmbito do Conselho Deliberativo, a atmosfera entre os conselheiros é predominantemente adversa a Minowa. O desgaste da atual administração, acentuam ainda essas fontes, é imensurável, diante da sucessão de trapalhadas, no limite da improbidade, sem que o atual presidente e sua entourage revelem efetivo empenho em buscar alternativas para a crise insolúvel na qual submergiu o Remo. Depois da intervenção branca dos cardeais do clube, às vésperas do clássico contra o arquirrival Paysandu, pelo jogo de volta da semifinal da Copa Verde, quando foi atualizado o pagamento dos salários até meados de abril, os jogadores e funcionários remistas não voltaram a ver a cor do dinheiro. Daí o recente boicote dos jogadores aos treinos, como protesto pela falta de pagamento dos salários, e o desapreço pelo clube por parte dos seus funcionários, traduzido na desídia que tem como combustível o desalento de quem acumula contas a pagar porque não recebe o que lhe é divido. “A situação é insustentável”, resume uma respeitada liderança remista, em off. “É o Clube do Remo ou Pedro Minowa!”, acrescenta, enfático, o que permite entrever o clima de polarização que medra com vigor no Condel.

Um comentário :

Anônimo disse...

Tem que tirar esse irresponsável e inescrupuloso dito "presidente". Japonês desonesto e mentiroso! Sem vergonha e totalmente despreparado!