sexta-feira, 19 de junho de 2015

MPCM – Quais os fins e os custos da lambança?

Para exercitar a transparência que exige de seus jurisdicionados, pelo menos pro forma, o MPCM, o Ministério Público de Contas dos Municípios do Estado do Pará, precisa esclarecer, detalhadamente, os motivos e os custos da decisão de contratar um escritório de advocacia de Brasília, para “emissão de parecer”. Até prova em contrário, a iniciativa soa a uma dessas lambanças das quais são pródigos os gestores da administração pública, que habitualmente não conhecem limites na pilhagem ao erário.

A contratação soa tanto mais questionável diante da suspeita de que se trate, pura e simplesmente, da compra de um parecer, a peso de ouro, para justificar o concurso público para cargos de nível superior, cuja credibilidade foi tisnada pelas recorrentes denúncias de fraude. O concurso foi posto sob suspeita diante da alteração da nota, de 7,5 para 8, de um dos candidatos aprovados, Aline Maria Araújo Massoud Salame, quem vem a ser parente da procuradora-chefe, Elisabeth Massoud Salame da Silva. Também conspira contra a credibilidade do concurso a aprovação, em primeiro lugar, de Ricardo Augusto Dias, identificado como chefe de gabinete da procuradora-chefe, Elisabeth Massoud Salame da Silva, que teve ativa participação na organização do concurso, segundo as denúncias. “Cabe ressaltar ainda que o senhor Ricardo obteve notas bem superiores aos demais candidatos, sendo que essa foi a sua primeira aprovação em concurso público, tendo ele mais de 50 anos de idade”, enfatiza uma das denúncias.

Um comentário :

Anônimo disse...

O pior disto tudo são as notícias de que já começaram as admissões dos "aprovados".Isto sendo verdade está completa a maior imoralidade em "concursos públicos", sem nenhuma manifestação do Ministério Público do Estado.