sábado, 6 de junho de 2015

IGREJAS – Golpe amplia mamata dos evangélicos



Enquanto o Palácio do Planalto negociava com o Congresso o draconiano pacote fiscal, uma isenção tributária a igrejas foi incluída na surdina na Medida Provisória 668, aprovada no fim de maio, segundo revela a Folha de S. Paulo, em sua edição deste sábado, 6. A manobra, atribuída ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que é evangélico e está na mira da Operação Lava-Jato sob a suspeita de corrupção, pode garantir a anulação de autuações fiscais a igrejas que extrapolam R$ 300 milhões. Também teriam participado do golpe os pastores Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e Robson Rodovalho, da Sara Nossa Terra, juntamente com o vice-presidente Michel Temer (PMDB).

A medida depende da sanção da presidente Dilma Rousseff e aumenta a isenção fiscal de profissionais da fé, ao livrar da cobrança de impostos as chamadas "comissões" que líderes religiosos ganham por arrebanhar fieis ou recolher mais dízimos, assinala a Folha de S. Paulo. A isenção beneficia sobretudo as igrejas evangélicas neopentecostais, vertente em que o pagamento de comissões a pastores é mais comum, acrescenta o jornal. Segundo ainda a Folha de S. Paulo, uma das principais beneficiárias da manobra seria a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R. R. Soares, multada em cerca de R$ 60 milhões em 2014.

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