quinta-feira, 18 de junho de 2015

DIÁRIO – O perfil de Klester Cavalcanti

Segue a transcrição do perfil de Klester Cavalcanti, o jornalista que passou a comandar a redação do Diário do Pará, pinçado do site da Palestrante, empresa que oferece um banco de palestrantes às empresa, para atender as eventuais necessidades destas. O perfil do jornalista pode ser acessado também pelo link abaixo:


Jornalista com quase 20 anos de profissão, Klester Cavalcanti já trabalhou em alguns dos maiores veículos de comunicação do Brasil, como as revista Veja e IstoÉ e o Estadão. Começou sua carreira como repórter e chegou a ocupar os cargos de editor executivo e diretor de redação, o que lhe confere vasta experiência no mundo corporativo de grandes empresas, chefia e formação de equipes, foco em metas e administração de crises. Considerado um dos melhores jornalistas investigativos do Brasil, também é escritor e já escreveu quatro livros, nos quais trata de temas fortes e relevantes para o Brasil e para o mundo.
Seu primeiro livro, Direto da Selva, narra o período de 2 anos em que ele atuou como correspondente da revista Veja na Amazônia, quando produziu grandes reportagens sobre todos os assuntos relevantes que têm a ver com a Amazônia, uma das regiões mais fascinantes do Brasil, como trabalho escravo, desmatamentos, conflitos agrários, corrupção política, pesquisas científicas, tráfico de drogas e meio ambiente. Nessa época, o jornalista chegou a ser sequestrado por denunciar o roubo de terras públicas. Mas o sequestro não o intimidou e ele continuou fazendo o seu trabalho e publicou a reportagem na revista Veja.
Após lançar o livro Direto da Selva, Klester Cavalcanti continuou atuando em grandes redações, mas mergulhou de vez no mundo literário e continuou escrevendo livros. Ele é autor também dos livros Viúvas da Terra (2004), O Nome da Morte (2006) e Dias de Inferno na Síria (2012). Com esses livros, Klester conseguiu algo inédito no mercado editorial brasileiro: conquistou o Prêmio Jabuti, o mais importante da literatura nacional, com os três livros. Com isso, ele tornou-se o único jornalista brasileiro a ganhar três vezes o Prêmio Jabuti. Além do Jabuti, Klester também já conquistou diversos prêmios por seu trabalho, no Brasil e no exterior, como o Prêmio Vladimir Herzog, o Natali Prize (a mais importante premiação de Jornalismo de Direitos Humanos do Mundo, concedido pela União Europeia e pela Federação Internacional de Jornalistas) e o Prêmio de Melhor Reportagem Ambiental da América do Sul, conferido pela Reuters e pela IUCN, uma das maiores ONGs ambientais do mundo.
Pernambucano do Recife, Klester Cavalcanti vive e trabalha em São Paulo desde 2000 e já viajou o mundo produzindo grandes reportagens. Entre os lugares em que já esteve a trabalho estão Egito, Espanha, Portugal, Bolívia, Argentina, Líbano e Síria. E foi na Síria que o jornalista viveu a experiência mais forte e angustiante da sua vida, quando foi ao país, em maio de 2012, produzir uma reportagem especial sobre a guerra e acabou sendo preso pelo Exército Sírio. Na época, Klester era editor executivo da revista IstoÉ e foi à Síria com o visto de imprensa, com o apoio da Embaixada Brasileira em Damasco, a capital da Síria, e com toda a documentação exigida pelo Governo Sírio. Mesmo assim, o jornalista foi preso pelo Exército Sírio quando chegou à cidade de Homs, a cidade da Síria onde a guerra é mais intensa.
Sem direito a dar um telefonema sequer, o jornalista brasileiro foi preso, torturado, ameaçado de morte e jogado numa penitenciária, numa cela com mais de 20 presos comuns, todos árabes e muçulmanos, homens da região. Klester só foi solto quando o Governo do Brasil negociou sua libertação junto ao Governo Sírio, num delicado processo diplomático. A situação foi tão tensa, que Klester saiu da Síria acompanhado pelo vice-cônsul do Brasil em Damasco, dentro de um carro oficial da Embaixada Brasileira, para poder sair da Síria em segurança. Dessa experiência, Klester escreveu o livro Dias de Inferno na Síria, sucesso de crítica e de vendas no Brasil e que já está sendo negociado para ser adaptado para o cinema.

E é dessa experiência na Síria que Klester Cavalcanti tem baseado suas palestras, fazendo analogias entre tudo o que ele viu e viveu antes, durante e depois da prisão no meio da guerra e o mundo corporativo, com seus dramas e conflitos. Na palestra A Guerra Nossa de Cada Dia, o jornalista e escritor fala de superação de obstáculos (até hoje, Klester é o único jornalista brasileiro a ir à cidade de Homs durante a guerra), manter o foco e a calma em situações de crise, saber conquistar aliados em projetos, nunca desanimar diante das dificuldades, administração de crises e montagem de equipe. Afinal, ele fez tudo isso no meio da guerra da Síria, com sua vida correndo riscos altíssimos e no meio de pessoas estranhas.

Nenhum comentário :