segunda-feira, 4 de maio de 2015

FUTEBOL – Antecedentes pouco lisonjeiros

Mauro César Freitas dos Santos, filho e sócio: impunidade que agride.
O kit portado por Mauro, ao ser preso: próprio do tráfico de drogas.

O jaez de Mauro César Lisboa Santos e a credibilidade de sua banca de advocacia podem ser mensurados pelos desdobramentos do episódio policial protagonizado por Mauro César Freitas dos Santos, filho e sócio do ex-administrador judicial da Celpa. Mauro Cesar Freitas dos Santos, convém lembrar, foi preso e autuado em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal na tarde de 26 de abril de 2012, na BR-316, na altura de Castanhal, quando dirigia sua caminhonete. Parado por uma blitz da Polícia Rodoviária Federal, ele portava, na ocasião, uma pistola Taurus calibre 638, com dez munições, mas sem porte de arma; de 60 a 80 gramas de haxixe; além de uma balança de precisão; um par de algemas; um cachimbo; e um bastão retrátil, usado para defesa pessoal.
Irremediavelmente comprometedor, o kit portado por Mauro César Freitas dos Santos, a quando da sua prisão, é próprio não de consumidor, mas de traficante de drogas, evidência que torna tanto mais gracioso o habeas corpus que tirou o jovem advogado da prisão já no dia seguinte, 27 de abril de 2012, apesar da gravidade do delito. Pelo seu próprio status social e profissional, que lhe permitiu construir uma vasta teia de amizades e relações influentes, parcela expressiva das quais herdadas do pai, Mauro Cesar Freitas dos Santos é uma ameaça ambulante, capaz de obstaculizar – não só pessoalmente, mas também valendo-se de terceiros – as investigações. Recorde-se que ele era, na época, presidente da Comissão de Jovens Advogados da OAB Pará, a Ordem dos Advogados do Brasil, entre cujos conselheiros figurava seu pai, Mauro César Lisboa Santos.

O episódio permite uma ilação imediata. Se pai e filho são carentes de notório saber jurídico, obviamente são exímios em matéria de tráfico de influência e burla a lei. Afinal, apesar das evidências do envolvimento de Mauro César Freitas dos Santos com o tráfico de drogas, o jovem advogado segue militando na profissão, livre, leve e solto, a uma distância continental da cadeia na qual deveria estar.

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