domingo, 26 de abril de 2015

GREVE – O perfil do secretário

Helenilson Pontes com Fernando Yamada (à dir.): dobradinha eleitoral.

Ex-vice-governador, cargo que exerceu no segundo mandato do tucano Simão Jatene como governador, de 2011 a 2014, Helenilson Cunha Pontes nasceu em 1972, em Santarém (PA), é advogado tributarista e ostenta um currículo acadêmico respeitável. A despeito disso, grande parte de produção de artigos foi publicada em jornais não científicos, o que pouco agrega em matéria de curriculum vitae lattes, como observa o jornalista Manuel Dutra, também natural de Santarém, em seu blog, Jornalismo, Ciência, Ambiente, em postagem de 16 de março de 2012, intitulada “O saber dos nossos governantes”, que pode ser acessada pelo link abaixo:


Um vice-governador discreto, Pontes chegou a ser cogitado como candidato ao governo, na esteira da pantomina do governador Simão Jatene ao tratar da sua sucessão, durante o segundo mandato, até assumir a candidatura à reeleição, conseguida com acintosa utilização da máquina administrativa estadual e favorecida pela fragilidade do seu principal adversário, o peemedebista Helder Barbalho, cuja principal credencial é ser filho e pretenso herdeiro político do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará. Como parte dos arranjos da tucanalha, a banda podre do PSDB, o então vice-governador saiu candidato ao Senado, pelo PSD, tendo como um dos suplentes o empresário Fernando Yamada, cuja biografia inclui também um episódio traumático, de repercussão nacional e que, por seu status social no Pará, causou perplexicidade: ele figurou dentre os donos de casas de câmbio presos no Estado pela Polícia Federal, na esteira da Operação Farol da Colina. Juntamente com Fernando Yamada foram presos também Marcos Marcelino, dono também de consórcios de carros, caminhões e moradias, Gustavo Haber, Michel Haber, Meg Haber, Elza Haber e José de Lima.

A Operação Farol da Colina, na qual foi preso o empresário Fernando Yamada, o primeiro suplente de Helenilson Pontes na disputa pelo Senado em 2014, fez parte das investigações sobre o caso Banestado, que inclui mais de 100 inquéritos policiais e a identificação de organizações criminosas responsáveis pela evasão de cerca de US$ 24 bilhões em divisas. A evasão teria ocorrido por meio de contas CC5, abastecidas por valores remetidos por pessoas físicas e jurídicas de vários Estados, originalmente depositados em contas correntes tituladas por laranjas, ou testas-de-ferro. Fernando Yamada teria recebido em suas contas, monitoradas pela polícia, R$ 250 milhões entre 1999 e 2002 e transferido, no mesmo período, R$ 130 milhões, segundo revelou, no seu Jornal Pessoal, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, em um contraponto diante da cobertura da imprensa do Pará, acintosamente pífia.

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