segunda-feira, 6 de abril de 2015

GREVE – O ardil para o apadrinhamento político

Alice Viana e Helenilson Pontes (à dir., de costas): empreguismo à vista.

Sobre a pretendida limitação das aulas suplementares, que pavimenta a contratação de servidores temporários, o que permite entrever pela prática uma política de apadrinhamento político-partidário, o secretário-geral do Sintepp é peremptório. “Como disse anteriormente, a categoria não aceita ter redução de turmas para disponibilizar para temporários. Na verdade, nossa categoria defende a lotação aos moldes de 2014 e, só após o concurso público realizado, compreende a necessidade da limitação das aulas suplementares”, sublinha. E trata de esclarecer que não se trata de sectarismo, mas de defender o que ficou acordado em mesas de negociações reunindo representantes dos professores e do governo Simão Jatene.

“Após uma longa e cansativa negociação a regulamentação foi aprovada. Basicamente nesta regulamentação criamos alguns ‘dispositivos de defesa’ para que não houvesse um corte abrupto nas aulas suplementares, bem como estabelecemos uma implantação gradativa da jornada”, explica Beto. “O governo agora simplesmente ignora os acordos políticos, jurídicos e até a própria legislação e ataca a categoria com uma ‘interpretação’ da lei de maneira parcial. Para o governo proceder a limitação em 220 horas de regência, este deveria avançar para 1/3 de hora atividade e realizar concurso público”, acrescenta. E enfatiza, ao escancarar o ardil do governo Simão Jatene: “O que eles estão fazendo é impor a lotação na jornada (200 horas, sendo 150 horas de regência e 50 horas atividades) sem garantir as aulas suplementares; ou melhor; o governo diz agora que para o professor ter a aula suplementar, esta precisa antes ser autorizada pela Seduc. O problema é que ao fazer isso, o governo disponibiliza a turma em que o professor atuava anteriormente no sistema e esta migra para qualquer outro professor, de acordo com a ‘boa vontade’ da Seduc, que inclusive já aponta para esta ‘disponibilidade’ a contratação de prestadores de serviço, precarizando ainda mais a educação em nosso Estado, num nítido movimento para favorecer apadrinhados políticos.”

Um comentário :

Anônimo disse...

Enquanto isso a seduc abre licitacao para construcao em sua area de um murro no valor de 1.500.000,00 ..... pode isso barata?