segunda-feira, 20 de abril de 2015

GREVE – Na UEPA, Jatene também tergiversa

Em Santarém, alunos da UEPA fecham cruzamento, em apoio a greve...
...dos professores, com forte adesão no interior,incluindo Redenção.

Na ausência de propostas concretas por parte do governo Simão Jatene – que assim repete a postura mantida em relação aos docentes da rede estadual de ensino -, os professores da UEPA, a Universidade do Estado do Pará, decidiram manter a greve deflagrada no dia 6 de abril. A pauta de reivindicações dos grevistas inclui, prioritariamente, a injeção de recursos na instituição, diante da brutal redução em investimentos e nas despesas de custeio; revisão do PCCR, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, de 2006 e já defasado; realização de concurso público, para admissão de professores e técnicos administrativos; e reposição das perdas salariais, com base no piso nacional da categoria, como parâmetro para o vencimento, sem incorporar gratificações, conforme decisão do STF, o Supremo Tribunal Federal. A paralisação, com forte adesão dos campi do interior, tem o massivo apoio dos alunos da UEPA.
Segundo o Sinduepa,o Sindicato dos Docentes da Universidade do Estado do Pará, na UEPA, entre 2013 e 2015 a redução em investimentos chegou a 89,34% e em despesas de custeio a 15,95%, o que agrava a carência de professores e técnicos administrativos, tanto mais urgente diante das demandas intrínsecas a interiorização da UEPA. Para além das perdas salariais acumuladas em governos anteriores, a administração do governador tucano Simão Jatene não concedeu o reajuste automático previsto em lei, em 1º de abril, do que resulta a UEPA oferecer a menor remuneração aos docentes, dentre as demais instituições de ensino superior estaduais.
O argumento inicial do governo, alegando que o orçamento já estava definido, foi obviamente esfarinhado, diante da reivindicação de que seja viabilizada uma suplementação orçamentária capaz de manter a UEPA funcionando em condições minimamente viáveis. “Do contrário, a instituição entrará fatalmente em colapso, como consequência mais imediata da precarização do ensino e da inviabilização do trinômio inerente a suas finalidades – a conjugação de ensino, pesquisa e extensão”, assinala uma das lideranças da greve 

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