sábado, 4 de abril de 2015

CNJ – “Santa desfaçatez”

Sobre as atuações dos ministros Ricardo Lewandowsk e Dias Toffoli no julgamento do mensalão, reveladoras do jaez de ambos, o jornalista Guilherme Fiuza é devastador. “A cena dos dois ministros teleguiados conchavando na corte pela causa petista, como super-heróis partidários debaixo de suas capaz pretas, não deixa dúvidas: é a dupla Batman e Robin do fisiologismo. Santa desfaçatez”, fulmina, na crônica “Batman e Robin no Supremo”.
“Os ministros do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowsk e Dias Tofolli são a prova viva de que a revolução companheira triunfará. Dois advogados medíocres, cultivados à sombra do poder petista para chegar onde chegaram, eles ainda poderão render a Luiz Inácio da Silva o Nobel de Química: possivelmente seja o primeiro caso comprovado de juízes de laboratório”, prossegue o jornalista. “No julgamento do mensalão, a atuação das duas criaturas do PT vem provar, ao vivo, que o Brasil não precisa ter a menor inveja do chavismo”, ironiza.
Guilherme Fiuza é tanto mais ácido ao comentar a acintosa suspeição escandalosamente ignorada por Dias Toffoli. “Alguns inocentes chegaram a acreditar que Dias Toffoli se declararia impedido de votar no processo do mensalão, por ter advogado para o PT por anos a fio. Participar do julgamento seria muita cara de pau, dizia-se nos bastidores. Ora, essa é justamente a especialidade da casa. Como é que um sujeito que só chegou à corte suprema para obedecer a um partido iria, na hora H, abandonar sua missão fisiológica?”, sublinha, demolidor, o jornalista.

“A desinibição do companheiro não é pouca. Quando se deu o escândalo do mensalão, Dias Toffoli era nada menos que subchefe da assessoria de José Dirceu na Casa Civil. Os empréstimos fictícios e contratos-fantasmas pilotados por Marcos Valério, que segundo o processo eram coordenados exatamente na Casa Civil, estavam portanto sob as barbas bolivarianas de Dias Toffoli”, continua Guilherme Fiuza. “O ministro está julgando um processo no qual poderia até ser réu”, acrescenta na crônica reproduzida no livro “Não é a Mamãe – Para entender a era Dilma”.

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