quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

MPE – Corporativismo blinda diante dos malfeitos

        Protagonista de uma gestão pontuada por recorrentes denúncias de improbidade administrativa e ostensivos atos de tráfico de influência, além do notório atrelamento a tucanalha, a banda podre do PSDB, Marcos Antônio Ferreira das Neves é também acusado, por seus adversários, de utilizar a máquina administrativa para ser o mais votado na eleição para definição da listra tríplice para escolha do novo procurador-geral de Justiça. Acumulando de privilégios os procuradores de Justiça e contemplando com benesses os promotores de Justiça em geral, e particularmente os de 1ª e 2ª entrâncias, Neves investiu no fisiologismo, irmão siamês do corporativismo, para blindar-se contra reações diante dos recorrentes malfeitos que já protagonizou. Para viabilizar esse pacote de bondades espúrias, ele contou com a colaboração da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará. Em contrapartida, ele impôs um embargo de gaveta à cobrança de anulação do PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Palácio Cabanagem, declarado formalmente ilegal e imoral pelo próprio MPE, o Ministério Público do Estado do Pará.

        Assim, na eleição para definição da lista tríplice, Neves obteve 189 votos; contra 111, de Almerindo José Cardoso Leitão; 64, de Geraldo de Mendonça Rocha; e 29, de Ricardo Albuquerque da Silva. Na campanha pela recondução ao cargo, Neves imprimiu o mesmo baixo nível exibido no colégio de procuradores, onde já esteve na iminência de protagonizar cenas de pugilato com Geraldo de Mendonça Rocha. No debate entre os candidatos à lista tríplice, por exemplo, ele levou a leviandade eleitoreira ao paroxismo, ao fazer insinuações sobre obras supostamente superfaturadas, em administrações passadas, sem ousar, porém, nominar eventuais suspeitos de patrocinar a pretensa falcatrua. A lambança provocou uma irada reação de Geraldo de Mendonça Rocha, pelo qual Neves escapou de ser agredido, no rastro da intervenção de terceiros. Pálido e ostentando um sorriso nervoso, o procurador-geral, então licenciado do cargo, foi xingado com palavras de baixo calão por Rocha, que colocou em dúvida a masculinidade de Neves e não poupou, sequer, a mãe deste. A postura de Neves, no debate, reforçou a imagem de Napoleão de Hospício que aderiu ao procurador-geral de Justiça, devido seu mandonismo, frequentemente no limite da insanidade.

2 comentários :

Anônimo disse...

O Procurador Marcos das Neves, representa o perfil e a Administração que a maioria dos membros quer para o MP e só resta lamentar.

Anônimo disse...

Esse Geraldo Rocha fez coisas aburdas no comando do MP. Ele pegou corda pq escancararam ele na frente de todos. Óbvio que, na maioria das vezes, quando uma pessoa não tem mais argumentos parte pra agressão física e verbal. Foi o que ocorreu no caso presente.