quinta-feira, 23 de outubro de 2014

ELEIÇÕES – A ética de ocasião do Tartufo tucano

        Quando simula indignação e malsina Jader e os Barbalho, Simão Jatene transmuta-se no Tartufo tucano, cuja cara não treme, diante de tanto cinismo. Ele foi catapultado para o proscênio político justamente por Jader Barbalho, do qual foi secretário de Planejamento no primeiro mandato do morubixaba do PMDB no Pará, de 15 de março de 1983 a 15 de março de 1987. Jatene aboletou na Seplan, a Secretaria de Estado de Planejamento, de 1983 a 1985. E posteriormente acompanhou Jader nas passagens deste pelos ministérios da Reforma Agrária e da Previdência Social, no mandado do ex-presidente José Sarney. Desde então o estigma de corrupto já acompanhava Jader, sem que isso pudesse causar qualquer constrangimento a Jatene.
        Jatene também não se sentiu constrangido, quando costurou o apoio de Jader Barbalho no segundo turno da sucessão estadual de 2002, no qual venceu, por minguada diferença de votos, a ex-deputada petista Maria do Carmo Martins. Na época, setores do PT cristianizaram Elcione Barbalho, a candidata peemedebista ao Senado, o que pavimentou a eleição, como senador, de Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, apoiado pelo PSDB. Na época, o apoio de Jader a Maria do Carmo, que poderia ter eleito a candidata petista, foi repelido por segmentos do PT, liderados pela então senadora Ana Júlia Carepa.

        Fiel à sua ética de ocasião, em 2010 Jatene passou ao largo dos pudores éticos que supostamente cultiva, para obter o apoio, no segundo turno, de Jader Barbalho, que, após ser recorrentemente hostilizado pelos luas pretas da governadora petista, desembarcou do governo de Ana Júlia Carepa, juntamente com o PMDB. Jader só voltou a ser um execrável corrupto, para Jatene, depois que o PMDB decidiu apostar na candidatura de Helder Barbalho a governador.

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