quarta-feira, 29 de outubro de 2014

ANÁLISE – Máquina administrativa foi decisiva

        Como o cientista político Roberto Corrêa, o sociólogo Américo Canto credita a vitória de Simão Jatene ao uso escandaloso da máquina administrativa. “Não resta dúvida que a máquina administrativa foi determinante - tanto a do governo estadual, como dos governos municipais de Belém e Ananindeua - para a vitória de Jatene, principalmente na região metropolitana de Belém. A estratégia foi à mesma do primeiro turno e Jatene só fez ampliar sua votação na região metropolitana. Da eleição do primeiro turno para o segundo turno, Jatene ampliou sua votação em 100.284 votos, enquanto que Helder teve uma regressão de 12.171 votos. No primeiro turno Helder obteve 485.090 votos e no segundo turno sua votação caiu para 472.919. Esse fator foi crucial para o candidato Helder na região metropolitana”, sublinha o diretor-geral do Instituto Acertar.

        Canto não acredita que a associação ao nome do pai e patrono político, Jader Barbalho, tenha conspirado contra Helder Barbalho, o candidato derrotado a governador pelo PMDB. “Talvez a falta de consistência nas denúncias, a desconstrução, a pecha de mentiroso, tenha sido mais importante, mais forte, do que o fato de Helder ser filho de Jader Barbalho. Se fosse assim, Helder não teria sido vitorioso no primeiro turno. Se fosse assim, Ana Julia não teria sido eleita governadora em 2006, com o apoio de Jader Barbalho, e Jader não teria os 582.100 votos para senador na região metropolitana, como teve, apesar de ter sido superado por Flexa Ribeiro, que obteve 624.510 votos”, acentua.

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