terça-feira, 2 de setembro de 2014

ALEPA – Procurador-geral de Justiça é posto em xeque

        Ocorrida quase um ano e meio depois dele próprio ter cobrado, formal e informalmente, a revogação do decreto legislativo nº 04/2012, que trata do projeto do PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração da Assembleia Legislativa do Pará, a manifestação do promotor de Justiça Domingos Sávio Alves de Campos coloca em xeque o procurador-geral de Justiça, Marco Antônio Ferreira das Neves. Autoritário e inescrupuloso, e por isso etiquetado de Napoleão de Hospício, na esteira dos seus planos de continuísmo Neves atrelou o MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, ao governo Simão Jatene, inclusive tentando penalizar professores em greve, na contramão de decisão do STF, o Supremo Tribunal Federal, no visível empenho de poupar o governador tucano de desgaste político. Ele também estabeleceu uma relação promíscua com o presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda (DEM), para viabilizar benesses – como o auxílio-moradia e a conversão de licenças e férias em pecúnia – para procuradores e promotores de Justiça, de modo a cooptá-los e pavimentar sua recondução ao cargo.
        Mais recentemente Neves articulou com Miranda a aprovação, pela Alepa, de um ruidoso trem da alegria - o projeto de lei que cria 206 cargos comissionados no MPE, com atribuições parcamente definidas. No colégio de procuradores, ele repeliu peremptoriamente a proposta de que esses 206 cargos fossem preenchidos mediante concurso público. Tanto empenho do procurador-geral de Justiça em manter como comissionados esses 206 cargos que deverão ser criados, somado ao empenho do deputado Márcio Miranda em assegurar a aprovação do projeto de lei, torna verossímil a versão segundo a qual uma cota dos novos cargos será destinada a indicados pelos deputados que votaram a favor da proposta.

2 comentários :

Anônimo disse...

Ele não vai fazer nada. Lembram do envolvimento do Megale nas fraudes da ALEPA? Pois é, o PGJ pediu arquivamento da representação criminal feita pelo promotor Arnaldo Azevedo, dizendo que o deputado Megale nada fez de errado, como se assinar 9 cheques da ALEPA para pagar despesas fantasmas para funcionário do próprio gabinete do deputado, não fosse nada.

Anônimo disse...

17:04, acrescenta aí a perda de prazo para recorrer da decisão da pedofilia daquele deputado que dispensa apresentações e que pagou 6 milhões para o advogado Marcio Tomaz Bastos, vir à Belém, de jatinho, conseguir a absolvição. Explica mais essa PGJ. Explica.