terça-feira, 22 de julho de 2014

MEMORIALISMO – Geneton resgata Maracanazo



        Para os amantes do chamado esporte bretão que não se contentam com a simples troca de guarda na comissão técnica da seleção, defendendo mudanças estruturais no futebol brasileiro, é indispensável a leitura de “Dossiê 50”, do jornalista Geneton Moraes Neto. O livro, lançado pela Maquinária Editora, resgata os bastidores do maracanazo, termo cunhado para designar a inesperada e traumática derrota do Brasil para o Uruguai, por 2 a 1, na final do Mundial de 1950, em pleno Maracanã, na época o maior estádio do mundo, construido na esteira da realização da primeira Copa do Mundo disputada no Brasil.
        Os depoimentos dos jogadores brasileiros que participaram daquela decisão são reveladores das mazelas que desde aquela época perseguem o futebol brasileiro. Mazelas acentuadas pela mercantilização do futebol, levada ao paroxismo, ensejando frequentes conflitos de interesses. Estigmatizados pelo tropeço, os jogadores que amargaram aquela fatídica derrota diante do Uruguai, certamente estão redimidos, diante do desastroso fracasso da nova família Scolari, perante um Mineirão aparvalhado pela goleada de 7 a 1 imposta pela seleção alemã.

        Mas “Dossiê 50” é muito mais do que sugere a modéstia de Geneton Moraes Neto, assinala Mino Carta, jornalista que comandou as equipes que criaram as revistas Veja, Quatro Rodas, IstoÉ e CartaCapital. “É aula de jornalismo, mas também subsídio indispensável à História”, arremata Mino Carta, na contracapa do livro.

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