domingo, 27 de julho de 2014

(IN)SEGURANÇA – O Pará real

        Se tudo isso ocorre em um perímetro de uma área considerada nobre de Belém, não é difícil concluir a atmosfera de insegurança nos bairros da periferia, nos quais vivem, previsivelmente acuados, porque à mercê da criminalidade, os segmentos de menor poder aquisitivo da população. Este é o Pará real, que a propaganda enganosa, financiada com recursos do erário, escamoteia escandalosamente.
        Trata-se de uma realidade cuja crueldade não comporta os panos quentes das paixões eleitorais. Somos todos contribuintes, bancamos o custo da máquina administrativa - seja ela federal, estadual ou municipal –, e por isso temos o direito de exigir um retorno dos inquilinos do poder, aos quais sustentamos, diante das demandas mais emergenciais. Demandas que incluem setores vitais – educação, saúde, saneamento básico e segurança pública.

        Tudo bem que é preciso conciliar o socialmente justo com o financeiramente possível. Mas esse argumento não pode servir de álibi para o imobilismo do qual deriva o sucateamento dos serviços essenciais, que ao fim e ao cabo maltrata a todos nós, do andar de baixo daquele habitado pelos poderosos de plantão e seus cúmplices, com diferenças de grau, mas não de nível. 

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