domingo, 23 de junho de 2013

LUIZ PINTO – A ponta do iceberg


PEC DA IMPUNIDADE – DIGA NÃO!


MURAL - Queixas & Denúncias


PEC DA IMPUNIDADE – O repúdio do paraense


        Puxada pelo próprio Ministério Público Estadual, uma manifestação pacífica - que reuniu de dois a três mil participante, segundo as estimativas – assinalou neste último sábado, 22, o repúdio do paraense à PEC 37, o projeto de emenda constitucional que retira o poder de investigação do MP, instituição responsável pela defesa da sociedade. Por isso etiquetado como PEC da Impunidade, o projeto de emenda constitucional também fragiliza as investigações do Ibama, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis, da Receita Federal e da Previdência Social, que poderão ser questionadas e invalidadas em juízo.

        A manifestação teve à frente o próprio procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira das Neves, procuradores de Justiça, promotores de Justiça e demais servidores do Ministério Público do Estado do Pará, além de populares.

TRANSPORTES – Em vídeo, o protesto em Belém

        Segue, abaixo, o link que permite o acesso ao vídeo de Eduardo Soares sobre os incidentes registrados na esteira do protesto ocorridos em Belém na quinta-feira, 20, em defesa, dentre outras reivindicações, da redução da tarifa dos transportes públicos e contra o sucateamento da frota de coletivos que serve a capital paraense.



TRANSPORTES – Aumentos acima da inflação

Empresário do transporte público: lucros acumulados.

        Segundo números do IBGE, a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o custo com os transportes públicos subiu bem mais do que a inflação nos últimos dez anos. De acordo com o IBGE, do início de 2003 até maio deste ano, o IPCA avançou 81,7%, enquanto o salto dos transportes públicos foi de 111,44%. Nos ônibus urbanos, o reajuste foi de 113,21%; nos intermunicipais, 118,36%. Também houve reajustes acima da inflação nos trens (93,25%), no metrô (98,66%), nos ônibus interestaduais (98,99%) e nas passagens aéreas (177,08%).
        A revelação foi feita pela jornalista econômica Flávia Oliveira, da Globo News, na última terça-feira, 18. Ela observa que atualmente, o grupo transportes – que inclui, além de transporte público, veículos particulares e combustíveis – é o segundo que mais pesa na inflação, representando 19,29% do total. Ele perde apenas para alimentos e bebidas, que somam 24,71%. A jornalista acrescenta que, diferentemente do que ocorre com a alimentação, não há alternativa para os transportes. “Em alimentação, eventualmente você troca uma marca por outra mais barata, um alimento que subiu por outro que está na safra. Você consegue fazer um ou outro arranjo. Em transporte, não há segunda opção”, acentua.
        A notícia pode ser acessada pelo seguinte link:



TRANSPORTES – A notícia da Globo News


Clique sobre a imagem, para visualizar a notícia.

TRANSPORTES – Jatene e Zenaldo silentes


        O que falta para o governador do Pará, Simão Jatene (à dir, com Zenaldo Coutinho), e o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, ambos do PSDB, tratarem de reduzir o valor da tarifa dos transportes públicos no Estado, em geral, e em Belém, em particular?

        Esta é a pergunta que não quer calar e perdura à espera de uma explicação convincente. Afinal, a revelação de que, de 2003 a 2013, o IPCA avançou 81,7%, enquanto o salto dos transportes públicos foi de 111,44%, segundo os números insuspeitos do próprio IBGE, torna tanto mais inaceitável o mutismo de Simão Jatene, e de Zenaldo Coutinho. Esse mutismo soa absolutamente inaceitável. E comprometedor, em se sabendo que os empresários dos transportes públicos são tradicionais financiadores de campanhas eleitorais.

ZENALDO – Leila Chamma defenestrada da Sesma


        O prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), optou por não pagar para ver um desgaste monumental, que seria nomear um terceiro secretário municipal de Saúde em menos de seis meses de administração e a pouco mais de 15 dias da exoneração – a pedido e em caráter irretratável e irrevogável – de Joaquim Pereira Ramos. Um competente e respeitável médico, o ex-secretário municipal de Saúde foi vilmente boicotado pelo próprio prefeito, via prepostos.

        Isso explicaria o porquê de Leila Chamma ter sido defenestrada da Sema, a Secretaria Municipal de Saúde, por imposição do novo titular desta, Yuji Ikuta (foto). Ela é identificada como enfant gaté de Zenaldo Coutinho e esteve no epicentro da exoneração de Joaquim Pereira Ramos, contra quem conspirou abertamente, coonestada pelo próprio prefeito, segundo recorrentes relatos.

UFPA – Paralisação no Hospital Betina

        Enfermeiros e técnicos de enfermagem do Hospital Universitário Betina Ferro de Souza paralisaram suas atividades na quinta-feira passada, 20, em protesto contra a precarização do atendimento aos pacientes, na esteira do Mutirão da Catarata. A meta do hospital é realizar 300 cirurgias de catarata até 4 de julho e a demanda é intensa, com cerca de 50 pacientes ao dia. Enfermeiros e técnicos de enfermagem denunciam a sobrecarga de trabalho, registrada sem nenhum planejamento,
        A falta de planejamento conspira contra a qualidade do atendimento aos pacientes, sublinham as denúncias. “As máquinas de eletrocardiograma, por exemplo, são muito antigas e não suportam a meta de 30 exames por turno”, salienta Cláudia, responsável por esse tipo de exame no hospital. Já a funcionária do setor de esterilização, Cléia Santos, também relata a dificuldade de fazer a limpeza e organização das caixas de materiais usados em cirurgias. “Em média, nós precisamos de duas horas para limpar e organizar o material com qualidade, mas com o aumento da demanda isso não pode ser feito só por uma pessoa, precisamos de mais funcionários”, declara.

        Para o coordenador de Saúde do Trabalhador, Robson Barbosa, todos os trabalhadores estão fazendo o que podem para garantir o bom atendimento aos pacientes, “mas em mutirões passados nós recebemos benefícios financeiros por esse trabalho que é extraordinário”. Sobre isso, a coordenadora Assistencial, Roselis Gonçalves, revelou que ainda não foi repassada nenhuma verba para o hospital e que está previsto um montante para materiais, mas não para pagamento de funcionários.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

PROTESTO - Em Pirabas, a manifestação popular




PROTESTO - Em Pirabas, a passeata do prefeito


PEC DA IMPUNIDADE – DIGA NÃO! 1


PEC DA IMPUNIDADE – DIGA NÃO! 2


PROTESTO – Zenaldo e vândalos turvam a paz


        Em Belém, os protestos que tomam as ruas do Brasil, e que aqui, nesta última quinta-feira, 20, desembocaram em frente ao Palácio Antônio Lemos, sede da prefeitura, tiveram sua paz turvada na esteira do ardil do prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), cuja farsa serviu de senha para a ação dos vândalos, previsivelmente reprimidos pela Polícia Militar. Pelos antecedentes de Zenaldo, é difícil dissociá-lo da truculência dos cúmplices retroativos da ditadura militar que sepultaram o caráter pacífico dos protestos na capital paraense. Em se tratando do atual prefeito de Belém - que apoiou e sucedeu Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, cuja impunidade é emblemática da afrontosa desfaçatez da escumalha togada -, o passado condena, porque ele, em verdade, não renega, mas apenas dissimula a recôndita vocação totalitária, que pontuou sua militância na política universitária.
        Nos seus tempos de militância política na UFPA, a Universidade Federal do Pará, Zenaldo Coutinho ganhou visibilidade por liderar um ruidoso grupo de direita, escrustado no curso de direito, que se contrapunha à maré esquerdista que se disseminou no movimento universitário, com a abertura política. O assustador, no caso, não era se tratar de um grupo com um discurso de direita, porque isso – para desgosto dos intolerantes de esquerda – faz parte do pluralismo democrático, seguindo a sábia premissa de que a liberdade é, sobretudo e principalmente, a liberdade de quem discorda de nós. O repulsivo era o modus operandi de Zenaldo e dos zenaldetes, a inclinação compulsiva pela truculência, pela violência física, cultivada pelos porradeiros a serviço dos direitistas. Na época, não por acaso, o atual prefeito de Belém tinha como fiel escudeiro, e amigo íntimo (segundo a versão corrente), um certo Bacalhau, que assim dizia chamar-se por supostamente ser “grande e gostoso”.

        O tempo passou, Zenaldo assumiu uma postura light e fez carreira parlamentar, incorporando, porém, alguns dos piores vícios que vicejam na política partidária, como, por exemplo, tornar-se um vagabundo profissional, que jamais teve um único e breve emprego, como a maioria dos demais mortais. A despeito do discurso de suposta probidade, ele chafurda-se com a escória que diz combater e prospera no rastro do mais execrável proselitismo político, apostando no assistencialismo, que fixa as massas ignaras na miséria, ao invés de ajudá-las a desta se libertar.

PROTESTO – Farsa afronta a população



        A farsa de Zenaldo Coutinho (foto, na coletiva organizada após os incidentes), ao protagonizar um suposto impasse com os manifestantes que reivindicavam a redução das tarifas de ônibus, soa a uma afronta à população de Belém em geral, e aos usuários dos transportes coletivos em particular. Ele claramente apostou na ação dos vândalos, para criminalizar os protestos e desqualificá-lo politicamente, passando a imagem de vítima da intolerância. Assim não fosse, o prefeito de Belém e seu aliado político, o governador Simão Jatene – como ele, do PSDB -, já deveriam estar debruçado nas planilhas de custo das passagens de ônibus, para examinar a possibilidade de reduzi-lo. R$ 2,20, atual preço da passagem de ônibus em Belém, é um valor exorbitante, diante do parco nível de poder aquisitivo da massa de usuários.

        A recorrente inépcia dos inquilinos do poder, independente de sigla partidária, faz Belém patinar em índices sociais pífios. Belém, repetindo o que já recordou o blog é das capitais brasileiras a com a maior economia informal e um dos mais elevados índices de desemprego, um terreno fértil para a escalada da criminalidade, do que resulta ser a segunda capital - proporcionalmente à população - mais violenta do Brasil, abaixo apenas de Recife.

PROTESTO – A truculência oficial em Pirabas

        Em São João de Pirabas o prefeito Cláudio Barroso (PMDB) se superou nesta sexta-feira, 21, em matéria de intolerância política e truculência diante do contraditório.
        Diante manifestação espontânea dos estudantes, naturalmente engrossada pela oposição, Barroso – do qual é fada madrinha a deputada peemedebista Simone Morgado, atual affaire do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará – mobilizou seus sequazes e promoveu um arremedo de protesto repleto de camisas e bandeiras vermelhas, com a palavra PAZ em letras brancas e maiúsculas. O caráter supostamente pacífico da manifestação bancada pelo prefeito peemedebista, que não teria reunido mais de 100 pessoas, acabou traído pela participação de pessoas armadas com revólveres, sob a condescendência cúmplice do contingente da Polícia Militar aquartelada no município, segundo as denúncias feitas ao Blog do Barata.
        O incômodo de Barroso foi previsível. A manifestação popular, que reuniu pelo menos o dobro de participantes e desembocou em frente à sede da prefeitura, serviu para cobrar do prefeito de São João de Pirabas as obras paralisadas da escola estadual, da creche, da quadra coberta da escola Guajarina e das casas populares – 250 no perímetro urbano e 400 na área rural. Além do emprego dos R$ 700 mil destinados às obras do cais de arrimo.
        Detalhe revelador do simulacro de protesto promovido por Barroso: empunhando o microfone, e puxando palavras de ordens, ressurgiu Cabeludo, notório capanga do prefeito e que exibe um prontuário desabonador.

        A PM protagonizou um capítulo à parte, durante das manifestações. O ex-vereador Edinaldo Oliveira Reis, o Naldo, notório opositor do prefeito, chegou a ser ameaçado de prisão, por participar da manifestação organizada pelos estudantes, que, aliás, planejam um novo protesto para este sábado, 22.

terça-feira, 18 de junho de 2013

CINISMO – Contribuinte banca farra dos petralhas

        Bolsa-Copa. Esta é a mais recente tramóia patrocinada pelos petralhas abrigados no Palácio do Planalto.
        Na sexta-feira, dia 14, véspera da abertura da Copa das Confederações em Brasília, o governo publicou em edição extra no Diário Oficial da União o Decreto 8.028/13 , autorizando pagamento de diárias para quem quiser assistir aos jogos das Confederações nas seis capitais-sedes.
        A denúncia da marmota, perpetrada com a arrogante desfaçatez que é própria dos petralhas, está no Blog Coluna Esplanada, que pode ser acessado pelo link abaixo:



CINISMO – A denúncia, na íntegra

        Segue abaixo, na íntegra, a transcrição da denúncia do Blog Coluna Esplanada:

Governo paga diárias de ministros, oficiais e servidores para assistirem aos jogos

        Sob o som do apito inicial da festa no sábado, o Palácio do Planalto lançou discretamente um Bolsa-Copa para ministros da Esplanada, oficiais militares e servidores, tudo por conta do dinheiro público.
        Na sexta-feira, dia 14, véspera da abertura da Copa das Confederações em Brasília, o governo publicou em edição extra no Diário Oficial da União o Decreto 8.028/13 , autorizando pagamento de diárias para quem quiser assistir aos jogos das Confederações nas seis capitais-sedes. Há tabelas dos valores das diárias, por categorias. (Veja abaixo).
        O governo vai pagar diárias de hotel de até R$ 581 para ministros do primeiro escalão que quiserem assistir nos estádios. Para os comandantes das três Forças Armadas, o teto da diária é de R$ 406,70. As comitivas ainda poderão viajar nos jatos da FAB, por prerrogativa dos cargos. Mas pelo artigo primeiro do decreto, o governo pode cubrir o dobro destes valores, alcançando então diárias de até R$ 1.162. Confira aqui  - o texto do decreto, e nos links dos Anexos, as tabelas para cada cargo.
        Apesar de bases militares com alojamentos do Exército e Aeronáutica em todas as seis capitais-sedes –  Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Rio e BH -, os benefícios se estendem aos comandantes, oficiais e servidores militares que forem escalados para se deslocar. O governo ainda incluiu Manaus no roteiro.


        O decreto prevê que os custos serão cobertos pelos Orçamentos de cada pasta. A farra das viagens com a verba pública será autorizada por cada ministro, que escolherá os servidores de qualquer categoria para a ‘missão’.

PROTESTO – Quatro capitais reduzem as tarifas

       Na esteira dos protestos que varrem o Brasil, cujo estopim foi o aumento das tarifas de ônibus em São Paulo, quatro capitais anunciam redução da tarifa de ônibus.

        Em Porto Alegre, o valor da tarifa deve cair para R$ 2,80. Em Cuiabá, a tarifa de R$ 2,95 vai para R$ 2,85. Em Recife, as passagens passam de R$ 2,25 para R$ 2,15. Em João Pessoa, o valor de R$ 2,20 começa a valer a partir do dia 1º de julho.

PROTESTO - E agora, Zenaldo?


        Em Belém, cuja população amarga um precário sistema de transportes coletivos, com frotas sucateadas e ônibus fétidos, de tão sujos, o prefeito Zenaldo Coutinho (foto), do PSDB, faz cara de paisagem, exibindo um cinismo de corar anêmico.
        Mas o que esperar de um indivíduo que fez carreira como vagabundo profissional, sem jamais ter tido um único e mísero emprego, prosperando no rastro do ilusionismo eleitoral, que se alimenta da miséria das massas ignaras, vítimas recorrentes dos donos do poder?

        Os prósperos empresários de transportes públicos, convém lembrar, são tradicionais financiadores de campanhas eleitorais.

PROTESTO – Pra não dizer que não falei de flores


PROTESTO - Pororoca de esperança

CHARLES ALCANTARA*

        A Almirante Barroso foi tomada por uma pororoca de gente, quase a totalidade jovens estudantes, na histórica tarde-noite de 17 de junho.
        Eu nunca havia cantado tantas vezes seguidas o hino nacional. Ontem, cantei-o até a garganta não aguentar mais.
        Sozinho, em meio à multidão e à profusão de vozes e caminhares, também me vi entoando o hino do Pará.
Foi lindo!
O que vai acontecer depois dessa manifestação?
        Não sei e nem quero me ocupar disto agora.
A passeata resolveu alguma coisa?
Mas quem disse que a passeata tinha a pretensão de resolver alguma coisa?
Passeatas não são feitas para resolver problemas, mas para denunciá-los, apontá-los.
E a onda de protestos no Brasil, que em Belém prefiro chamar de pororoca, não apenas denunciou problemas sociais graves e crônicos, como demonstrou que tem muita gente – mas muita gente mesmo – que não está mais disposta a aceitá-los como normais ou naturais.
        É maravilhoso ser mais um na multidão, ser diferente de todos e todas que ali caminhavam juntos e, ao mesmo tempo, ser igual a todos eles e todas elas.
        A pororoca deixou marcas, não de destruição, mas de esperança de dias melhores.
        Povo nas ruas é o maior temor dos políticos e dos “donos” do poder.
Povo nas ruas é o melhor antídoto contra os corruptos, demagogos e hipócritas que dominam a cena política nacional e local.
Povo nas ruas é a melhor – se não a única – forma de mudar o Brasil e o Pará.

* Charles Alcantara é servidor de carreira da Sefa, a Secretaria de Estado da Fazenda, e presidente do Sindifisco, o Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará. Este artigo está no Blog do Charles Alcantara e pode ser acessado pelo link abaixo:



PROTESTO – Belém: o fato em fotos




PROTESTO – A análise de Fernando Rodrigues

        De Fernando Rodrigues, da Folha de S. Paulo, sobre o jovem e espontâneo protesto que varreu o Brasil, nesta última segunda-feira, 17. A análise também pode ser acessada pelo seguinte link:


18/06/2013 - 05h20

Análise: Movimento está divorciado dos políticos tradicionais

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

        Os milhares de manifestantes que marcharam ontem nas ruas de grandes metrópoles estão divorciados dos grandes partidos políticos.
        Nenhuma legenda conseguiu ainda capitalizar a seu favor os protestos. Por essa razão, torna-se imprevisível o desfecho do movimento. Pode resultar em algumas mudanças ou dar em nada.
        Até o início da noite de ontem, apesar da invasão da cobertura do prédio do Congresso Nacional, o nível de violência havia caído em relação aos dias anteriores.
        É um sinal de que talvez novos líderes estejam surgindo e exercendo influência.
        Esse é o primeiro passo para que um movimento espontâneo se torne orgânico.
        Só que até agora não há vasos comunicantes com o establishment da política. Dos quatro principais pré-candidatos a presidente em 2014, três são de agremiações tradicionais --Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
        A última vez que estiveram a favor de um ato público de alguma magnitude foi em 1992, contra o então presidente Fernando Collor.
        Já a pré-candidata à Presidência Marina Silva, que está organizando a Rede, é a única cujo discurso flerta com os manifestantes.
        Assim como ela, os que marcham não apresentam com grande clareza propostas do ponto de vista prático. Apenas querem um mundo melhor.
        Seria arriscado para Marina se aproximar dos manifestantes e tentar faturar algum apoio para o seu novo partido. Movimentos horizontais e espontâneos tendem a rejeitar essas abordagens.
        Dilma, Aécio e Eduardo Campos teriam ainda mais dificuldade. Há, portanto, tendência não desprezível de os protestos ficarem órfãos por algum tempo de um representante político. Até despontar um nome novo.
        Nunca é demais lembrar que, em 1988, ninguém sabia quem seria eleito presidente no ano seguinte. Mas havia uma insatisfação difusa no Brasil. As pessoas pareciam insatisfeitas com tudo, ainda mais com a hiperinflação.

        Emergiu um político alagoano desconhecido, jovem, cuja proposta principal era combater a corrupção e os marajás. Fernando Collor de Mello ganhou o Palácio do Planalto em 1989 com amplo apoio das ruas. Caiu em 1992 da mesma forma.

PROTESTO - Campanha da Fiat vira hino



DIA KAROLINA BELO *

        A campanha da Fiat “Vem pra Rua”, como o nome já sugere, convoca uma mobilização do público para torcer pela Seleção Brasileira de futebol. Pelo menos este é o mote do filme criado pela Agência Fiat/ AgênciaClick Isobar e Leo Burnett Tailor Made.
        Acontece que o refrão da campanha, cantado pela banda Rappa, ganhou um tom militante e virou o hino das manifestações, principalmente em São Paulo, contra o aumento da tarifa do transporte público: “Vem pra rua porque a rua é a maior arquibancada do Brasil”.
        A música foi liberada na internet, para ser compartilhada gratuitamente, e o clipe ganhou uma releitura do público, com uma edição que exibe imagens marcantes da manifestação. Geralmente a propaganda se utiliza dos costumes e culturas populares, mas nesse caso, ironicamente, a ordem dos fatos foi invertida.
        “Vivemos uma era muito estranha, daquelas que muitas teorias caducaram e já não cabem mais. Tudo precisa ser revisto. É curioso ver como uma propaganda ‘alienante’ pode se tornar um hino de ‘conscientização’. É a mais pura apropriação ‘anarquizante’ dos recursos imagéticos. O título ‘Vem pra Rua’ não poderia ser mais propício, não?”, comenta o comunicador e professor universitário Anderson Gurgel.
        A julgar pelos comentários na página da Fiat no Facebook, a reação do público tem saldo positivo para a marca, que levantou uma bandeira e caiu de paraquedas em outra. Sorte ou azar? Os responsáveis pela campanha estão todos em Cannes, segundo a assessoria de imprensa da Fiat, e não puderam comentar a repercussão do vídeo.
        Geralmente grandes campanhas nasceram da interpretação criativa de culturas e costumes populares. E na era da internet, onde as coisas acontecem com muita velocidade, a propaganda costuma utilizar fatos recentes de domínio público, e transformá-los numa mensagem para promover as marcas, é o chamado “anúncio de oportunidade”.
        Alguns chavões em evidência, ou “hashtags” de ocasião, também são utilizados para campanhas maiores. É o caso da propaganda “Imagina a festa”, da Brahma, criada pela agência Africa.
        Curioso notar essa inversão de valores - uma manifestação utilizando a propaganda e não o contrário - e perceber que as marcas precisam, cada vez mais, se reinventar e estudar muito o comportamento de seu público, sobretudo no ambiente das novas mídias.

Fonte: ADNEWS

PS. Gente, não sei se a Fiat se deu mal ou se deu muito bem.... mas o fato é que o Falcão só pode ser um guru, porque caiu como uma luva. Se tivesse sido planejado, não teria dado tão certo...


* Ana Karolina Belo é formada em Comunicação Social, com especialidade em publicidade e propaganda, pela UFPA, a Universidade Federal do Pará, e atualmente cursa Secretariado Executivo Trilingue na UEPA, a Universidade do Estado do Pará.

ÔNIBUS – Assalto cotidiano


MURAL – Queixas & Denúncias


PROTESTO – Belém engrossa repúdio


        “Saimos do Facebook” Os dizeres do cartaz exibido pela jovem manifestante em Belém resume o poder de mobilização das redes sociais e evidencia o quanto a internet, com seu caráter anárquico, sepultou o monopólio da informação, até então detido pelos barões da comunicação, invariavelmente movidos por interesses escusos. Foi esse poder de mobilização que incluiu Belém no mapa dos protestos que varreram diversas cidades brasileiras nesta última segunda-feira, 17, em repúdio aos aumentos - frequentemente abusivos, se cotejados com o valor do salário mínimo - das tarifas de ônibus e a precariedade da frota de transportes coletivos, um drama do qual é íntimo a parcela menos favorecida da população paraense.
        Em Belém, o protesto transcorreu pacificamente, em uma passeata que teve como ponto de partida o Largo de São Braz, seguindo posteriormente, a partir das 18 horas, pela avenida Almirante Barroso, uma das principais vias de acesso e saída da cidade. Nem a chuva, breve porém intensa, que desabou por volta das 19 horas, arrefeceu o entusiasmo dos manifestantes. A tentativa de militantes do PSTU, que pretenderam se apropriar do protesto, foi prontamente rechaçada pelos próprios manifestantes. “Sem bandeiras, sem bandeiras!”, trataram de sentenciar diversos participantes do protesto, cuja descontração fez recordar, em Belém como em outras tantas cidades, a descontração dos caras-pintadas,que tomaram as ruas de um vasto elenco de cidades do Brasil, em 1992, pavimentando o caminho que levaria ao impeachment de Fernando Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto popular, após a ditadura militar, que perdurou de 1964 a 1985.

        A magnitude do protesto em Belém pode ser mensurada pelas duas primeiras fotos publicadas pelo blog, acima, ambas de autoria de Larissa Rolim, veiculadas pela AE, a Agência Estado, do grupo de comunicação que edita o jornal O Estado de S. Paulo. De resto, em Belém, como nas demais cidades nas quais também ocorreram protestos, ficou evidenciado o caráter apartidário da manifestação, claramente espontânea e que brotou da justa indignação diante da falta de sensibilidade dos poderosos de plantão. Indignação que certamente explica o porquê dos insultos disparados contra o senador Jader Barbalho, quando a passeata passou em frente a TV RBA, do grupo de comunicação da família do morubixaba do PMDB no Pará, rejeitado por parcela do eleitorado paraense, na esteira de uma súbita evolução patrimonial.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

COPA DA REPRESSÃO – Gol contra!


MURAL – Queixas & Denúncias


PROTESTO – Belém adere ao repúdio

        Com concentração iniciada às 16 horas, no Largo de São Braz, está prevista para logo mais, às 18 horas, uma manifestação de protesto, cujo mote é a precariedade do transporte público, com as frotas sucateadas, o aumento exorbitante das tarifas de ônibus, em contraposição ao valor do salário mínimo, e também contra o ralo que sorve os recursos públicos, na esteira do tumultuado projeto do BRT, o Bus Rapid Transit. A manifestação deverá tomar o rumo da avenida Almirante Barroso.
        Belém adere, assim, aos protestos que varrem o Brasil, contra a precariedade dos transportes públicos, tendo como epicentro São Paulo e Rio de Janeiro.

        Espera-se que, por aqui, o comando da Polícia Militar abdique de sua insana tradição de truculência e não transforme uma manifestação pacífica em estopim para a barbárie policial, da qual é exemplo o Massacre de Eldorado dos Carajás, com a morte de 19 sem-terra, em 17 de abril de 1996, no município de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará. Na época, como agora, o governo do Pará estava em mãos do PSDB.

UFPA – Reitor é acusado de sucatear hospital


        “Terra de ninguém.” Assim é definida a atual situação do Hospital Universitário Betina Ferro de Souza, cujo sucateamento, em grande parte, é atribuído ao reitor da UFPA, professor Carlos Maneschy (foto), acusado de privilegiar suas conveniências políticas, em detrimento da meritocracia. Como exemplo do desdém de Maneschy em relação ao hospital universitário é citado o imbróglio protagonizado por médicos do quadro da UFPA, a Universidade Federal do Pará, que optaram por uma carga horária de 40 horas semanais, mas não cumprem sequer 10 horas semanais, deixando uma avalancha de pacientes à míngua. Como o Bettina não dispõe de ponto eletrônico, a freqüência é registrada em livro de ponto, um instrumento passível de escamotear a desídia de servidores relapsos.
        As denúncias sobre malfeitos no Hospital Universitário Betina Ferro de Souza, com prejuízos ao erário, foram feitas pelo farmacêutico bioquímico Renato Ferreira da Silva, ex-diretor adjunto do hospital e que acabou demitido exatamente por fazê-las. No vasto elenco de tramóias figuram desvios de recursos públicos federais; fraudes em contratos com a COOPANEST, a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Pará; pagamentos superfaturados de plantões à própria COOPANEST; transferência de equipamento à margem da lei; e leniência diante do escândalo protagonizado por médicos do quadro da UFPA, a Universidade Federal do Pará, que optaram por uma carga horária de 40 horas semanais, mas não cumprem sequer 10 horas semanais, deixando uma avalancha de pacientes à míngua.

        Pelo menos duas sindicâncias foram instaladas, por determinação do reitor, para apurar as denúncias feitas por Renato Ferreira da Silva. Por isso etiquetadas de “graciosas”, ambas as sindicâncias concluíram pela improcedência das denúncias, “apesar das robustas provas documentais”, como observa uma testemunha privilegiada do imbróglio.

UFPA – Maneschy e seus ilustres fantasmas


        Ao tornar-se reitor da UFPA, Carlos Maneschy sepultou os escrúpulos e irrompeu em cena apostando no corporativismo e na ação entre amigos, recursos próprios de administrador parcamente comprometido com a probidade e a excelência. Assim, segundo as denúncias, Manesachy passou a patrocinar sinecuras para silenciar as vozes eventualmente dissonantes. Para tanto, acrescentam as mesmas denúncias, valeu-se até do Hospital Universitário Betina Ferro de Souza, para neste abrigar alguns dos ilustres fantasmas, ungidos pelo magnífico. Assim, por exemplo, designou o geólogo Raul Meireles do Vale para “prestar assessoria no gabinete da Reitoria”. Meireles é um ex-vereadores de Belém que, no primeiro revés das urnas, abandonou o PT, do qual foi militante histórico, e acabou chafurdando-se no magote de comparsas do ex-prefeito Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu. Não há registro, acentuam as denúncias, da presença cotidiana de Raul Meireles do Vale na Reitoria.
        Outro ungido por Maneschy, como um ilustre fantasma bancado pelo erário, ainda de acordo com as denúncias, é Edir Veiga, técnico de nível superior da UFPA, na função de odontólogo, com uma carga horária de 40 horas semanais, e que é também docente do quadro de carreira da Universidade Federal do Pará, com uma carga horária de 20 horas semanais. Veiga ganhou visibilidade não por eventuais méritos profissionais, mas por manter um blog, focado na UFPA, sob a recorrente denúncia de utilizá-lo para vender proteção aos poderosos de plantão na universidade, em contrapartida a benefícios pessoais. Ainda segundo as denúncias feitas, ele foi lotado no Hospital Universitário Betina Ferro de Souza, sem neste colocar os pés, embora embolse mensalmente cerca de R$ 14 mil, na condição de técnico de nível superior da UFPA.

        As denúncias ainda citam, como suposta beneficiária de uma sinecura no Hospital Universitário Betina Ferro de Souza, Camila Pereira, que para consumo externo desponta como uma jovem e promissora cantora. Ela seria filha de Wellington de Mello e Silva Júnior, também técnico de nível superior da UFPA e que mantém o blog Notícias Cabana, igualmente focado na Universidade Federal do Pará. O blog ostenta duas peculiaridades – o erro de concordância no título e a intransigente defesa do atual reitor da UFPA, do qual o blogueiro revelou-se um entusiasta eleitor, fustigando impiedosamente quem ouse opor-se a Carlos Maneschy. À postura servil de Wellington de Mello e Silva Júnior, em relação a Carlos Maneschy, é debitada a condição de fantasma de Camila Pereira, supostamente abrigada na folha de pagamento do Hospital Universitário Betina Ferro de Souza, sem a este comparecer.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

BELÉM - A saúde em colapso


BLOG – Queda de energia atrasa atualização

        Uma abrupta queda de energia, que deixou sequelas na CPU do micro, provocou o atraso na atualização do blog, só retomada após o problema ter sido resolvido, com o auxilio de uma das minhas enteadas, a generosa e prestativa Camila, a qual reitero, agora publicamente, meus agradecimentos.

MURAL – Queixas & Denúncias


ZENALDO – Imobilismo faz Ramos deixar Sesma


        Incompatibilidade com o próprio prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), frequentemente criticado por pretender partidarizar escandalosamente a administração pública municipal, aparentemente apostando no estelionato midiático, na tentativa de escamotear sua inocultável inépcia administrativa.
        Essa, pelo menos, é a versão que varre os bastidores da Sesma, a Secretaria Municipal de Saúde, na esteira da exoneração - a pedido e em caráter irrevogável e irretratável - do secretário de Saúde, o médico ortopedista Joaquim Pereira Ramos (foto). Segundo fontes da própria Sesma, além de não honrar os compromissos de campanha, e mais particularmente aqueles assumidos junto ao CRM/PA, o Conselho Regional de Medicina do Pará - do qual Ramos é vice-presidente -, Zenaldo Coutinho ainda estabeleceu um poder paralelo, que se sobrepôs ao do secretário. Com a covardia moral dos biltres, ao não conseguir dobrar a coluna do seu secretário, o prefeito optou por desgastá-lo, em uma artimanha que resultou em fissuras incontornáveis, ainda que ambos, por razões distintas, possam tentar minimizar, para consumo externo, a extensão do imbróglio.
        Nos relatos oferecidos ao Blog do Barata, também por fontes da Sesma, essa dualidade de poder, protagonizada pelo próprio prefeito, explicaria o imobilismo que tanto exasperava Ramos. Passou-se a ter, a partir daí, um secretário preocupado com a eficiência na gestão da coisa pública, em contraposição a um prefeito que se recusa a descer do palanque da campanha eleitoral e aposta em factóides, como é próprio do gestor que investe na propaganda enganosa. A gota d’água, que fez transbordar o cálice da tolerância de Ramos foi Zenaldo Coutinho estabelecer linha direta com subordinados hierárquicos do seu secretário de Saúde. “A partir daí a situação tornou-se insustentável”, conta uma testemunha privilegiada, obviamente protegida pelo anonimato. O chamado fogo amigo, de vereadores alinhados com o prefeito, mas que destinaram um tratamento ignominioso ao secretário municipal de Saúde, fizeram este compreender que estava em curso um desses tradicionais processos de fritura, covardemente coonestado pelo próprio Zenaldo Coutinho. Com 40 anos de exercício da medicina e um nome a zelar, Joaquim Pereira Ramos optou, então, por preservar sua credibilidade, desembarcando do caos institucionalizado no qual se revelou, até aqui, a administração do prefeito Zenaldo Coutinho.

        Ao fim e ao cabo, Joaquim Pereira Ramos saiu do episódio maior do que quando nele entrou, a despeito do silêncio obsequioso que se impôs sobre as reais circunstâncias que levaram-no a pedir exoneração em caráter irrevogável e  irretratável. Quanto a Zenaldo Coutinho, resta a lamentável constatação que a diferença entre ele e seu execrado antecessor, Duciomar Costa, o nefasto Dudu, é apenas de grau, mas não de nível. Mas o quer esperar de um vagabundo profissional, que jamais teve um único emprego, prosperando na manipulação das massas ignaras?

UFPA – Denúncias chegam ao procurador chefe


        As denúncias de corrupção no Hospital Universitário Betina Ferro de Souza, supostamente coonestadas pelo reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, professor Carlos Maneschy (foto), chegaram formalmente ao procurador chefe da República no Estado do Pará, Bruno Araújo Soares Valente. Com base nas postagens publicadas no Blog do Barata, reproduzindo denúncias do farmacêutico bioquímico Renato Ferreira da Silva, ex-diretor adjunto do hospital e que acabou demitido exatamente por fazê-las, José Francisco de Oliveira Teixeira, servidor do Ministério Público do Estado do Amapá, requer “investigação e as providências cabíveis”.
        Segue, abaixo, a transcrição do e-mail enviado ao procurador chefe da República no Estado do Pará, Bruno Araújo Soares Valente, por José Francisco de Oliveira Teixeira, omitido – por motivo de segurança – o endereço residencial do requerente:

        “Excelentíssimo Sr. Procurador Chefe da República no Estado do Pará

         “José Francisco de Oliveira Teixeira, servidor do MP do Estado do   Amapá, portador do RG nº 1717368/Segup/Pa, CPF nº 176.172.863-68, residente (...) na cidade de Macapá/AP, vem, mui respeitosamente, requerer investigação e as providências cabíveis em relação à notícia infra, publicada no blog do jornalista Augusto Barata dia 28pp.
         “Pede deferimento.
         “Macapá, 03 de junho  de 2013.

         “José Francisco de Oliveira Teixeira”


ALEPA – O inusitado silêncio do MP sobre o PCCR

        Soa inusitado, para dizer o mínimo, o silêncio do MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, depois de intimar a Alepa, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará, a anular os decretos legislativos nº 04/2012 e nº 04/2010, que dispõem sobre o PCCR do Palácio Cabanagem, o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. Assim como o decreto legislativo nº 06/2010, que deu vida ao atual PCCR, o decreto legislativo nº 04/2012, que revisou o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, foi declarado inconstitucional pelo MPE. No epicentro da lambança, por eles patrocinadas, figuram dois dos ex-presidentes da Alepa, os ex-deputados Domingos Juvenil (PMDB) e Manoel Pioneiro (PSDB), atuais prefeitos, respectivamente, de Altamira e Ananindeua.

        O temor daqueles que cultivam o apreço a moralidade pública é de que a aprovação do projeto do novo PCCR do MPE, que já aportou na Alepa, sirva de moeda de troca para perpetuar as aberrações embutidas no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Palácio Cabanagem.

ALEPA – Comissão de deputados só reuniu uma vez

        A cobrança para anular os decretos legislativos nº 04/2012 e nº 04/2010, que dispõem sobre o PCCR do Palácio Cabanagem, foi feita não só formalmente, mas também pessoalmente, pelo promotor de Justiça Domingos Sávio Alves de Campos, da Promotoria de Direitos Constitucionais, Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa. Para tanto o promotor de Justiça esteve pessoalmente no Palácio Cabanagem.
        A expectativa é de que, seguido o script da legalidade e revogados os decretos legislativos nº 06/2012 e nº 06/2010, os beneficiários da lambança tenham que devolver ao erário o dinheiro indevidamente embolsado.

        Da parte da Alepa foi constituída uma comissão, formada por cinco parlamentares – Raimundo Santos (PR), Zé Megale (PSDB), Júnior Ferrari (PSD), Simone Morgado (PMDB) e Bernadete tem Caten (PT) -, com a missão de apresentar um parecer sobre a legalidade do PCCR da Assembleia Legislativa do Pará, em um prazo de 90 dias. Desse prazo, 30 dias já se foram e a comissão reuniu uma única vez, ocorrida a quando da sua instalação.