sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DIÁRIO – O comunicado feito por e-mail

        Abaixo, a transcrição do comunicado remetido, por e-mail, aos jornalistas da RBA, pela direção do grupo de comunicação da família do senador Jader Barbalho:

        Comunicado aos jornalistas do Diário do Pará e DOL

        Registramos a nossa preocupação com o nível de agressividade e radicalismo de alguns jornalistas que fazem parte da ampla minoria que tem participado das manifestações nas entradas do prédio da RBA. Muitos desses sequer trabalham no Diário do Pará ou no DOL e, seguramente, nada tem a perder. Já foram registrados casos de agressões físicas e verbais a colegas, danos a veículos e bloqueios ao portão da garagem. Todos esses atos são ilegais e serão motivos de ações penais e trabalhistas que se fizerem necessárias. Essas atitudes ficaram registradas pelas câmeras de segurança do prédio e mostram claramente a violência com que alguns estão agindo. A violência e o radicalismo em nada constroem e  são frutos da falta de argumentos convincentes para atrair os que não apóiam a manifestação. Pelo contrário, criam um clima de antagonismo desnecessário e preocupante entre colegas. Os ataques com afirmações inverídicas contra as empresas só trazem prejuízos a todos, sem distinção. Lamentamos esses atos.

        A Direção da RBA tem convivido democraticamente com as manifestações por serem um direito constitucional. Entretanto, atos de violência e de vandalismo são ilegais e demonstram o descontrole e a falta de preparo de profissionais que deveriam ser os primeiros a evitá-los. Sem dúvida nenhuma, essas atitudes de alguns poucos demonstram a crença de que a única maneira  de conseguirem o que desejam é através do uso da força e violência. Enquanto isso, a nossa resposta tem sido a tolerância, o equilíbrio e a serenidade, mesmo diante de tantas inverdades, agressões e radicalismo por parte dessa minoria.

        Confirmando a determinação da Direção em negociar, pela terceira vez em uma semana, apresentamos uma proposta de acordo, que foi recusada ontem pelo sindicato. O que temos visto até o momento nas reuniões que aconteceram entre representantes do sindicato e das empresas são concessões de nossa parte sem a devida contrapartida. Somente as empresas avançaram nas propostas de acordo. Seguramente, a palavra negociar desapareceu do dicionário dos manifestantes que só conhecem e admitem a palavra ceder. Desse modo, chegamos a uma impasse e decidimos encaminhar o assunto para o Tribunal Regional do Trabalho, através do ingresso do dissídio coletivo, que tem o poder legal de resolver a questão. Tal medida, inevitavelmente, implicará num prolongamento da situação atual até que venha a decisão judicial, mas não nos resta outra alternativa diante da intransigência de alguns que, aliás, contrasta com o discurso que fazem.

        Reiteramos a nossa posição de trabalhar pela valorização cada vez maior dos jornalistas, mas de uma forma gradual e responsável, considerando que temos muitos outros compromissos que têm que ser honrados, não somente com colaboradores de outras categorias, como também com fornecedores, manutenção, impostos, etc...

        Para que não restem dúvidas sobre os avanços nas posições das empresas, reproduzimos as últimas propostas apresentadas ao sindicato, a seguir relacionadas:

- Reposição integral da inflação acumulada no período 2012-2013, pelo INPC.

- Elevação do piso da categoria para R$ 1.300,00, imediatamente, num reajuste imediato de cerca de 30%, quase 5 vezes maior que a inflação prevista para este ano.

- Elevação do piso da categoria para R$ 1.500,00 em Abril/14, num novo reajuste de mais de 15%, quase o dobro da inflação prevista para 2014.

- Acordo por dois anos ( até 2015), com a garantia da manutenção das cláusulas e reajuste integral pelo INPC acumulado até Abril/2014, para os que jornalistas que ganharem acima do piso.

- Concessão de coletes à prova de balas aos jornalistas que fazem a cobertura policial.

- Manutenção de todas as cláusulas do acordo anterior.

- Garantia de emprego por 30 dias.

- Lamentamos que o radicalismo de alguns poucos tenha nos levado a esse ponto e, mais uma vez, conclamamos aos que apóiam a manifestação a retornarem ao trabalho imediatamente.


        A Direção

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