quarta-feira, 31 de julho de 2013

CRM – A chapa 1 e a nódoa da improbidade


        As suspeitas de corrupção que tisnam a credibilidade de dois dos integrantes da chapa 1 – José Antônio Cordero da Silva e Amaury Braga Dantas, ambos réus em ações judiciais, sob a acusação de improbidade administrativa – prometem elevar a temperatura da eleição  do CRM do Pará, o Conselho Regional de Medicina. Mais, muito mais, diga-se, que a própria animosidade provocada por Marcus Vinícius Henriques Brito (foto, ao microfone), líder da dissidência que fraturou o atual conselho, dando origem à chapa 1, acusado de pretender impor a sua candidatura a presidente movido não por princípios, mas por mera vaidade pessoal. Embora constituída por sete membros do atual conselho, a chapa 1 autodenomina-se como de oposição, sob a palavra de ordem “Ética, justiça e integração médica no Pará”. Ela disputa a eleição, prevista para 5 de agosto, contra a chapa 2, “Ética & Dignidade”, que emblematicamente se apresenta como “100% Ficha Limpa” e cujo candidato a presidente é Antônio Jorge Ferreira da Silva.

        A eleição do CRM deverá mobilizar um contingente estimado em cerca de 6.800 eleitores, 4.500 dos quais, aproximadamente, de Belém. Em tese, os eleitores votam apenas nas chapas em disputa. Pelo estatuto do conselho, o presidente é escolhido a posteriori, pelos integrantes da chapa vencedora. Mas, salvo eventuais mudanças estratégicas, de remota possibilidade, os candidatos a presidente, pelas duas chapas, já são conhecidos. Tanto mais porque a dissidência que deu origem à chapa 1 teve como estopim justamente a pretensão de Marcus Vinícius Henriques Brito em sair candidato a presidente, com a prerrogativa de defenestrar alguns dos atuais conselheiros, para assim poder pinçar nomes com os quais já estaria comprometido, na esteira das costuras eleitorais. O conjunto da atual diretoria repeliu a proposta de Henriques Brito, do que resultou a dissidência por ele liderada. Henrique Brito tem a companhia, na chapa 1, de outros seis dos atuais conselheiros, com destaque para os dois nomes polêmicos, porque sob a suspeita de improbidade administrativa - José Antonio Cordero da Silva e Amaury Braga Dantas. A eles se somam, na chapa 1, além do próprio Marcus Vinícius Henriques Brito, candidato a presidente, mais quatro dos atuais conselheiros: Altino Mendes de Nóvoa Neto, Francisco Ferreira de Souza Filho, José Roberto Tuma da Ponte e Rosângela Brandão Monteiro. Outro atual conselheiro, Edson Yuzur Yasojima, aderiu à dissidência, apoiando a chapa 1, mas ficou impedido de integrá-la, por fazer parte do plano de saúde do Hospital Amazônia.

2 comentários :

Anônimo disse...

E o José Antonio Cordeiro vai ser diretor financeiro, de acordo com o compromisso do Marcus Vinicius. É pouco?

Anônimo disse...

Marcus - presidente
Cordero - diretor finaceiro
Quer mais?