terça-feira, 29 de janeiro de 2013

TRAGÉDIA – Sinistra advertência

        A tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), que contabiliza até aqui o saldo de 231 mortos (foto do velório coletivo), aparentemente serviu para despertar as autoridades municipais de sua letargia histórica em relação as condições de funcionamento das casas noturnas, com ênfase para a segurança, em caso de sinistro. No que se refere a Belém, em particular, espera-se que essa preocupação seja efetivamente sincera e ultrapasse os limites daqueles movimentos espasmódicos, diante de uma sinistra advertência, para logo ser esquecida, desconhecida e enterrada como indigente, tão logo aplaca-se a comoção provocada por alguma tragédia.
        Em Belém, em um primeiro momento, consultados jovens que são assíduos freqüentadores das baladas, não há registro de uma única boate, dentre aquelas da hora, que não reproduza – com diferenças de grau, mas não de nível - as precárias condições de segurança exibidas pela Kiss. Riscos capazes de potencializar os eventuais riscos de uma tragédia, exacerbados pela freqüente superlotação das casas noturnas na moda, que traduz a irresponsabilidade de comerciantes cuja avidez por lucro se sobrepõe a qualquer preocupação com a vida humana.

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