domingo, 27 de janeiro de 2013

LÍDER – A matéria do Estadão

        Segue a transcrição, na íntegra, da matéria publicada pelo Estadão, que também pode ser acessada pelo link abaixo:


Rede de supermercados é processada em R$ 3 mi por dano moral a empregados

Funcionários do Grupo Líder, do Pará, afirmam que água fornecida não era potável e que não havia descanso semanal remunerado, entre outras irregularidades 

22 de janeiro de 2013 | 17h 49

Carlos Mendes, de O Estado de S. Paulo

        BELÉM - O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma ação civil pública por dano moral coletivo, no valor de R$ 3 milhões, contra o Grupo Líder, uma das principais redes de supermercados do Pará - e uma das 20 maiores do Brasil - devido a uma série de denúncias feitas por trabalhadores contra o grupo desde 2008. A empresa é dona de um shopping em Belém, dezesseis lojas de supermercados, quinze farmácias e dez magazines.
        As denúncias, comprovadas em fiscalização pelo MPT e apontadas na ação como "estarrecedoras", eram principalmente sobre a prática de desvio de função e ausência de descanso semanal remunerado, além de problemas na potabilidade da água fornecida, desrespeito às convenções e acordos coletivos, e jornada de quatro domingos consecutivos por mês, dentre outras reclamações.
        Foi tentada uma solução extrajudicial e a assinatura de um termo de ajustamento de conduta para sanar as irregularidades, mas a direção do Grupo Líder recusou o acordo. "O empregador se mostrou insensível ao apelo dos agentes públicos, incluindo o Ministério Público", diz na ação o procurador do Trabalho, José Carlos Souza de Azevedo. Desse modo, não restou alternativa ao MPT, senão o ajuizamento de ação, requerendo reparação das "lesões ao tecido social".
        As diligências atestaram que o grupo efetuava pagamentos diferenciados a empregados que exerciam mesma função, exigia o uso de uniformes completos porém não os fornecia e que o limite de peso fixado para o transporte manual no setor de portaria de carga estaria prejudicando a saúde dos trabalhadores. A audiência inaugural entre as partes foi marcada para o próximo dia 31.
        Segundo o MPT, restou caracterizada a prática de dumping social, que consiste na redução dos custos de um negócio com base na eliminação de direitos trabalhistas, resultando em prejuízos tanto à concorrência, quanto à sociedade como um todo.
        O diretor da empresa, Oscar Rodrigues, declarou ao Estado ter ficado "surpreso" com o processo, afirmando que as acusações contidas na ação do MPF seriam "totalmente improcedentes". Ele não quis comentar a respeito das tentativas de acordo extrajudicial para evitar o processo, adiantando apenas que os advogados do grupo estão prontos para contestar em juízo os argumentos da procuradoria do Trabalho. "Eu confio na justiça", resumiu o empresário. 

9 comentários :

Anônimo disse...

Mais uma excelente matéria do Carlos Mendes. Grande jornalista, ainda bem que tem o Estadão para que possamos ler suas matérias. Quanto aos jornais daqui, só abobrinhas sobre os deslumbrados "socialites" e aquilo que os poderosos querem ou que não os incomoda.

Anônimo disse...

Se fosse só no lider...Tem que passar no Nazaré e na Yamada. No nazaré da são francisco, os pobres funcionários bebem água da torneira. Outro dia uma caixa do nazaré disse que leva água de casa pra não beber a água servida no bebebouro daquele supermercado.

Anônimo disse...


Os funcionários desses supermercados vivem estressados e aborrecidos. São pessoas adoecidas e frustradas por serem exploradas ao extremo e por receberem um salário ridículo. Constata-se a baixa auto estima que domina essas pessoas.

Anônimo disse...

Fala sério Baratona!! O DRT já é conhecedora de todas essas situações. Na Extrafarma, por exemplo, funcionário por lá é um faz tudo. Operador de caixa tem que ser vendedor, empacotador, repositor, tem que atingir percentagens de vendas (mesmo não sendo a função dele); contudo o mais impressionante é que mesmo acumulando todas essas funções, só recebe por uma e ai do funcionário que reclame é humilhado (assediado moralmente)e, a posteriori, demitido. Humilham o pai-de-família que tem que se submeter a essas humilhações. Será que o Paulo Lazera sabe disso??? É PARÁ ISSOOOO!!!

Anônimo disse...

É um bando de ladrões! Você é Lider...da sacanagem!

Anônimo disse...

Ei, só a Emanuelle Araújo acredita na responsabilidade social do Líder! São verdadeiros sanguessugas!

Anônimo disse...

E não é só nos supermercados não.
Passem na escola de inglês entitulada de ASLAN para verificar uma verdadeira enxurrada de vedações ao direito trabalhista. Décimo terceiro para professores não existe e enganam chamando de cotas de rematrícula. ABSURDO

Anônimo disse...

E não é só nos supermercados não.
Passem na escola de inglês entitulada de ASLAN para verificar uma verdadeira enxurrada de vedações ao direito trabalhista. Décimo terceiro para professores não existe e enganam chamando de cotas de rematrícula. ABSURDO

Anônimo disse...

Esse grupo lider, realmente é lider de exploração e desrespeito aos consumidores. Basta se verificar que a escada rolante de subida daquele da Augusto Montenegro, nunca está funcionando. Pobre dos idosos.