quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CRIMINALIDADE - Tá tudo dominado!

BIG BEN – Assalto a meia quadra da seccional

        Turbinada pelo sucateamento da segurança pública, levada ao paroxismo nos 12 anos de sucessivos governos do PSDB, entre 1995 e 2006, indiferença que agora se renova com o segundo mandato do governador tucano Simão Jatene, a escalada da criminalidade em Belém não conhece limites.
        Nada mais emblemático, nesse sentido, que o assalto ocorrido no início da noite de segunda-feira, 24, por volta das 20 horas, na farmácia Big Ben localizada na avenida Magalhães Barata, quase esquina da travessa Castelo Branco. Ambos armados de revólveres, dois jovens bandidos, ocupando duas motos, fizeram uma autêntica razia, roubando o dinheiro encontrado no caixa, algo em torno de R$ 700,00, além de 63 celulares, cujos preços, somados, totalizam R$ 33 mil.
        A ação foi rápida e os dois assaltantes não perderam tempo. Um terceiro bandido, também jovem, permaneceu na rua, mantendo zelosamente sob sua guarda as duas motos utilizadas pelos assaltantes.
        Detalhe sórdido: a Big Ben assaltada fica a meia quadra da Seccional de São Bras, localizada na própria avenida Magalhães Barata, entre a travessa Castelo Branco e a rua José Bonifácio.

SECULT – Chaves é suspeito de censurar Edmilson

        Se confirmada a versão da assessoria do deputado Edmilson Rodrigues, que é também candidato a um terceiro mandato como prefeito de Belém, agora pelo PSol, o secretário estadual de Cultura, Paulo Chaves (foto), portou-se como um digno cúmplice retroativo da ditadura militar. A pretexto de supostas restrições impostas pela legislação eleitoral, justificativa categoricamente desmentida pelos assessores de Edmilson, Chaves determinou a suspensão do lançamento do livro com a tese de doutorado do ex-prefeito de Belém, cursado na USP, a Universidade de São Paulo. O livro, intitulado "Território e Soberania na Globalização - Amazônia, Jardim de Águas Sedento", seria lançado na XVI Feira Pan-Amazônica do Livro, no Estande do Escritor Paraense.
        Determinada por Chaves, a decisão, etiquetada de “arbitrária” foi comunicada no final da tarde, por telefone, pelo integrante da comissão responsável pelo estande, Cláudio Cardoso, e, também por meio de ofício por este rubricado. “O lançamento, planejado com meses de antecedência, com o conhecimento da Secult, aconteceria no Estande do Escritor Paraense, no próximo sábado, 29, às 20 horas, conforme consta na programação amplamente divulgada pela secretaria, em meio impresso e eletrônico”, sublinha a assessoria de Edmilson.
        No e-mail remetido ao Blog do Barata, a assessoria do candidato a prefeito pelo PSol observa que o ofício alega que o artigo 73 da Lei 9.504/97 determinaria que "a legislação veda o uso promocional por qualquer candidato ao pleito de 2012 para o lançamento e autógrafo de publicação de qualquer natureza". Mas a assessoria jurídica de Edmilson Rodrigues ressalta que não consta na legislação a restrição e, por isso, “cabe providências jurídicas contra a decisão”.
        Chaves tornou-se célebre, como secretário estadual de Cultura, por obras faraônicas, cujos custos sempre extrapolaram em muito o orçamento inicialmente previsto, para felicidade dos empreiteiros, em detrimento da definição de uma política cultural para o Pará. Foi na sua gestão que sumiu, sem deixar vestígios, um muiraquitã de valor histórico inestimável. E um busto do maestro Carlos Gomes, abrigado no Theatro da Paz.

SECULT – Vícios de origem

        A vocação de Paulo Chaves a tiranete de província tem raízes recônditas. Nas vésperas do golpe militar de 1º de abril de 1964, juntamente com outros filhos da classe média alta ensandecida pela suposta “ameaça comunista”, ele participou da invasão da UAP, a União Acadêmica Paraense. O objetivo, que malogrou, era provocar um tumulto, a pretexto do qual a PM invadiria a sede da entidade, para espancar e prender as lideranças de esquerda.
        Como secretário estadual de Cultura, Chaves permitiu-se saquear o erário, para conceder recursos à Assembleia Paraense, um clube de origem aristocrática e que é a agremiação mais rica do Norte, com um vasto patrimônio imobiliário e superavitário. De resto, na sua permanência na Secult, entre 1995 e 2006, e para a qual agora retornou, com a eleição de Simão Jatene, o Simão Preguiça, para um novo mandato como governador, ele mandou os escrúpulos e a lei às favas, patrocinando o mais escancarado nepotismo, ao abrigar na secretaria a mulher, a cunhada e o cunhado.
        Como arquiteto, Paulo Chaves legou alguns colossais estrupícios. Um é a horrenda sede do TCE, o Tribunal de Contas do Estado, um projeto visivelmente inspirado nas curvas de Oscar Niemeyer, mas sem a marca do talento do mestre da arquitetura. O Hangar, o faraônico centro de convenções do Estado, apresenta notórios problemas de acústica. De resto, foi projetado sem nenhuma preocupação com acessibilidade. O projeto não previu o acesso de cadeirantes, por exemplo.

PETRALHAS – O preposto do Coisa Ruim

BLOG – Breve atualização

        Em função de pendências pessoais, só após meio-dia poderei retomar a atualização do Blog do Barata, de modo a contemplar integralmente a pauta da presente edição.
        Por isso, desculpo-me junto aos que prestigiam-me com sua leitura.
        Até já.

MURAL – Queixas & Denúncias

ELEIÇÕES – O Ibope e as suspeitas de manipulação

        Pode ser que as projeções feitas realmente traduzam as eventuais inclinações do eleitorado. Mas diante dos antecedentes, registrados em passado recente, soa inevitável o ceticismo com o qual foi recebida a mais recente pesquisa de intenção de voto do Ibope, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, sobre a disputa pela Prefeitura de Belém. Sem nenhum fato relevante capaz de justificar ascensão colossal ou queda vertiginosa de qualquer dos candidatos, esse recorrente cambalacho robustece as suspeitas de tentativa de manipulação, o que aparentemente volta a ocorrer agora.
        A mais recente pesquisa do Ibope aponta uma suposta queda de nove pontos do deputado Edmilson Rodrigues (foto), do PSol, que postula um terceiro mandato como prefeito de Belém, depois de ter sido eleito e reeleito como tal, quando ainda no PT. Ao mesmo tempo, inexplicavelmente o deputado federal Zenaldo Coutinho, o candidato a prefeito de Belém pelo PSDB, teria subido oito pontos. Edmilson teria desabado de 47% das intenções de voto para 38%. Zenaldo, etiquetado de Zeraldo, devido seu opaco desempenho na Câmara dos Deputados, supostamente passou de 16% para 20%, em termos de intenção de voto. De acordo com a pesquisa do Ibope, o deputado federal José Priante, o candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, teria ficado patinando em 16%, sendo superado justamente por Zenaldo, o Zeraldo.
        Como em 2008, mais uma vez o Ibope terceirizou suas pesquisas no Pará, valendo-se do Ibope Inteligência, contratado pela TV Liberal. Na pesquisa sobre intenção de votos em Belém, cuja margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, o Ibope Inteligência ouviu 602 eleitores.

ELEIÇÕES – Quando o passado condena

        As suspeitas de tentativa de manipulação do eleitorado, pelo Ibope Inteligência, têm sua razão de ser. Nas eleições para prefeito de Belém em 2008, pelas pesquisas do Ibope Inteligência, a candidata do DEM, a ex-vice-governadora Valéria Vinagre Pires Franco, supostamente liderava, absoluta, a disputa. Apenas na derradeira pesquisa, anterior ao primeiro turno, ela foi superada por Duciomar Costa, do PTB, o nefasto Dudu, o prefeito no exercício do mandato e postulando a reeleição. Apurados os votos, Dudu e José Priante passaram para o segundo turno, deixando Valéria Vinagre Pires Franco para trás. Mais constrangedor foi a candidata do DEM, que fez a mais rica campanha, ficar em quarto lugar, superada pelo deputado Arnaldo Jordy, do PPS, que acabou em terceiro lugar, apesar de ter feito uma campanha com minguados recursos.
        Mas o que esperar de um grupo de comunicação capaz, por exemplo, de fraudar os números fornecidos ao IVC, o Instituto Verificador de Circulação? Até então os números fornecidos ao IVC, atestavam a suposta liderança de O Liberal, o principal jornal das ORM, as Organizações Romulo Maiorana, que incluem a TV Liberal, afiliada da TV Globo. Diante das evidências da fraude, o IVC preparava-se para fazer uma auditoria em O Liberal. Um vexame abortado, com o desligamento do jornal dos Maiorana do instituto. Sabe-se, hoje, que o Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação da família do senador e ex-governador Jader Barbalho, superou, em vendagem, O Liberal. O morubixaba do PMDB no Pará, Jader Barbalho é inimigo figadal dos Maiorana.

ELEIÇÕES – A compulsão pela manipulação

        A compulsão pela tentativa de manipulação da opinião pública parece ser o denominador comum entre as distintas gerações dos Maiorana. Um ex-contrabandista, que também obteve êxito como lojista, Romulo Maiorana (foto), já como um bem-sucedido empresário da comunicação, tratou de depurar sua biografia, dela defenestrando as passagens eventualmente pouco edificantes. O que não conseguiu livrá-lo da suspeita de integrar uma quadrilha que manipulava os resultados dos jogos da Loteria Esportiva.
        Nas eleições de 1982, até por imposição do regime militar, junto ao qual conseguira a concessão da canal 7, da TV Liberal, o patriarca dos Maiorana atrelou o jornal O Liberal a campanha do empresário Oziel Carneiro. Este foi o candidato a governador pelo PDS, o Partido Democrático Social, sucedâneo da Arena, a Aliança Renovadora Nacional, como legenda de sustentação parlamentar da ditadura militar. Incorporou-se ao folclore político do Pará a apuração paralela, repercutida por O Liberal e pela qual Oziel Carneiro mantinha-se a frente de Jader Barbalho, embora os números do TRE, o Tribunal Regional Eleitoral, sinalizassem a vitória do candidato do PMDB.
        Nas eleições de 1990, Romulo Maiorana já havia morrido, vítima de um câncer devastador. Mas novamente O Liberal alinhou-se despudoradamente com a candidatura a governador de Sahid Xerfan, do PTB, um próspero lojista, que antes fora eleito, pelo voto direto, prefeito de Belém. Apesar de ter o apoio do então governador Hélio Gueiros e contar com o endosso dos Maiorana, Xerfan acabou derrotado por Jader Barbalho. Foi assim que o morubixaba do PMDB no Pará obteve seu segundo mandato como governador.
        A bonança, para a nova geração dos Maiorana, veio com a eleição para governador, pelo PSDB, do ex-prefeito de Belém e ex-senador Almir Gabriel. Nos dois mandatos consecutivos de Almir Gabriel e no primeiro mandato de Simão Jatene como governador, o grupo de comunicação dos Maiorana deteve a fatia do leão da publicidade oficial. Além de um caricato convênio, pelo qual a Funtelpa, a Fundação de Telecomunicações do Pará, pagava para ceder suas retransmissoras à TV Liberal. A vitória da petista Ana Júlia Carepa sobre Almir Gabriel, em 2006, na esteira de uma engenharia política articulada por Jader Barbalho, reequilibrou a correlação de forças, obrigando os Maiorana a dividirem com os Barbalho as benesses do poder. A aliança de Simão Jatene com o senador Jader Barbalho explica a postura ambivalente, em relação ao atual governador, de Romulo Maiorana Júnior, o Rominho, presidente executivo das ORM.

ELEIÇÕES – A leniência da Justiça Eleitoral

        De tão óbvias que costumam ser as tentativas de manipulação das pesquisas de intenção de voto, perdura à espera de uma resposta convincente a pergunta que não quer calar: o que falta para a Justiça Eleitoral entrar em cena e coibir a má-fé?
        Não faltam, no Pará, profissionais idôneos, que poderiam orientar o TRE sobre como identificar o cambalacho travestido de pesquisa de intenção de voto.

SERTEP – Radialistas repudiam ato de Centeno

        Em uma nota oficial, o Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará repudia o ato de Camilo Afonso Zaluth Centeno (foto), presidente do Sertep, o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado do Pará, de interromper, unilateralmente, o repasse da mensalidade sindical. A nota denuncia que “a motivação deste procedimento aqui repudiado é bem clara: coagir o Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará a aceitar as condições propostas pelo Sertep para fechamento da convenção coletiva de trabalho 2012/2013 e rejeitadas por este”. Na interpretação do Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará , trata-se de uma conduta que fere normas legais, inclusive dispositivos constitucionais, e anti sindical que há de contar com o repúdio da categoria e de toda a sociedade”.
        Não entendem ou não querem entender os empregadores que a mensalidade associativa devida pelos sócios a uma entidade sindical decorre do exercício da liberdade de associação prevista na Constituição Federal, em seus artigos 5°, XVII, XX, e 8° V.”, assinala a nota. E acentua, em tom inocultavelmente indignado: “Atingiram de forma deliberada e criminosa o princípio da autonomia sindical, que garante condições e viabilidade para que os entes coletivos possam livremente organizar-se com autonomia e autogestão, sem interferências empresariais ou do Estado”.

SERTEP – A nota do Sindicato dos Radialistas

        Segue, abaixo, a transcrição, na íntegra, da nota de repúdio do Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará.


“CARTA DE REPUDIO AO ATO DO SR. CAMILO AFONSO ZAHLUTH CENTENO, PRESIDENTE DO SINDICATO DAS EMPRESAS DE RADIO E TELEVISÃO NO ESTADO DO PARÁ – SERTEP.

        “Em julho de 2012 todas as empresas de radio e televisão que serão abrangidas pela Convenção Coletiva em negociação, por determinação SR. CAMILO AFONSO ZAHLUTH CENTENO, presidente do SINDICATO DAS EMPRESAS DE RADIO E TELEVISÃO NO ESTADO DO PARÁ – SERTEP, interromperam de forma unilateral, sem qualquer autorização do Sindicato dos Radialistas ou de seus sócios, o desconto e, por óbvio, o repasse da mensalidade sindical.
        “Argumentaram as empresas e o SERTEP que, por ter expirado o prazo de vigência da Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2012 e outra não ter sido firmada para o período de 2012/2013, elas não tem mais a obrigação de proceder o desconto e repasse de mensalidade sindical ao Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará, e que estariam assim procedendo com base em lei, contudo, sem especificar qual o regramento que estaria a ampará-las.
        “Pensamos que aquele sindicato patronal não consultou sua assessoria jurídica, pois, certamente o Dr. Tito não teria orientado as empresas a cometerem tamanha asneira.
        “Contudo, a motivação deste procedimento aqui repudiado é bem clara: coagir o Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará a aceitar as condições propostas pelo SERTEP para fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho 2012/2013 e rejeitadas por este, conduta que fere normas legais, inclusive dispositivos constitucionais, e anti sindical que há de contar com o repúdio da categoria e de toda a sociedade.
        “Ora, a obrigação de proceder os descontos de mensalidades sindicais não decorre apenas da norma inserida em Convenção Coletiva, mas também de regramento legal, notadamente os Artigos. 462, §4º, 545, Parágrafo Único e 548, “b” da CLT que tem as seguintes redações em razão do que, resta cristalina a ilegalidade e a ilicitude da conduta das empresas ao interromperem unilateralmente, sem qualquer contra ordem dos empregados ou do Sindicato o desconto e, por tabela, o repasse da mensalidade sindical.
        “Ilícita e criminosa também a conduta das empresas de rádio e televisão por ter como fim dificultar, obstaculizar o pleno exercício da liberdade de organização e de sindicalização do associado, por agredir o princípio da liberdade sindical assegurado constitucionalmente, o que se consumaria com a inviabilização da atividade sindical em plena negociação de Convenção Coletiva.
        “Não entendem ou não querem entender os empregadores que a mensalidade associativa devida pelos sócios a uma entidade sindical decorre do exercício da liberdade de associação prevista na Constituição Federal, em seus artigos 5°, XVII, XX, e 8° V.
        “Atingiram de forma deliberada e criminosa o princípio da autonomia sindical, que garante condições e viabilidade para que os entes coletivos possam livremente organizar-se com autonomia e autogestão, sem interferências empresariais ou do Estado.
        “Afetaram a prerrogativa exclusiva do sindicato de arrecadar contribuições no sentido de viabilizar a ação sindical, sua fonte mais legítima e democrática de custeio, porque é paga por aqueles que voluntariamente se filiam a uma dada entidade sindical.
        “Assim, a conduta das empresas de suspender criminosamente o desconto e o repasse de mensalidade sindical com o fim de obstruir esses legítimos interesses democráticos é caracterizada como anti sindical, na medida em que afronta o regular exercício da atividade sindical e ofende os direitos de representação conferidos à entidade, coibindo sua atuação livre e legal.
        “O art. 2º, § 1º, da Convenção OIT nº 98 aborda diretamente a conduta antisindical de ingerência: “as organizações de trabalhadores e de empregadores devem gozar de adequada proteção contra todo ato de ingerência de umas contra as outras”.
        “Diante dos termos supracitados, nós diretores do Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará, legitimamente eleitos pela categoria para representá-los em quaisquer foro, repudiamos esta prática por entende-la como uma estratégia de desmobilização do movimento sindical e  como perseguições bastante comuns nos tempos da ditadura atravessada por este país durante muitos anos.
        “Ratificamos nossa disposição de luta na defesa de forma intransigente dos interesses da categoria e que não nos curvamos a qualquer tipo de coação.

“Diretoria do Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará

domingo, 23 de setembro de 2012

171 – Eu quero tchu, eu quero tcha

MURAL - Queixas & Denúncias

BRT – O temor de calote nos servidores

        Diante da natureza predatória do prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu (foto, com Anivaldo Vale, à esq.), e seus sequazes, é capaz de fazer tremer dos alicerces a cumeeira a possibilidade do governo Dilma Rousseff suspender os recursos federais destinados às obras do BRT, até que a administração municipal resolva suas pendências com Brasília. Bus Rapid Transit, significado da sigla em inglês, o BRT é uma variedade de transporte público que utiliza sistemas de ônibus para prestar um serviço mais rápido e eficiente do que uma linha de ônibus convencional. Com ele o falsário do passado, transmutado em farsante dos dias atuais, conta para iludir com o inefável populismo obreiro o eleitorado menos esclarecido e fazer seu sucessor o vice-prefeito Anivaldo Vale (PR), a despeito de protagonizar uma gestão pontuada por sucessivas denúncias de inépcia administrativa e recorrentes suspeitas de corrupção.
        O significado eleitoral que o BRT tem para o nefasto Dudu acaba por tornar verossímil a versão segundo a qual o prefeito de Belém prepara-se para pilhar o erário municipal e fazer migrar das mais distintas rubricas os recursos para tocar as obras. Com grandes possibilidades da lambança comprometer o pagamento dos servidores públicos municipais, de acordo com essa mesma versão. “Não convém duvidar dessa hipótese”, adverte uma fonte do Blog do Barata, recordando que Duciomar Costa foi blindado pela banda podre do TJ Pará, o Tribunal de Justiça do Estado, ao coonestar o nepotismo cruzado, do qual não abre mão a máfia togada. Nada mais emblemático, nesse sentido, de que o juiz Marco Antônio Lobo Castelo Branco consumir mais de um ano para cobrar a citação do nefasto Dudu em uma ação de improbidade administrativa na qual é réu com sua ex-mulher, Maria Costa. Nos bastidores comenta-se, abertamente, que a ex-mulher do magistrado teria sido aquinhoada com um cargo comissionado na Prefeitura de Belém. Seja como for, uma coisa é certa: o sucessor de Duciomar Costa vai amargar uma herança maldita, na esteira da estratégia da terra arrasada, que na política implica em legar ao adversário uma máquina administrativa dolosamente sucateada e sem recursos em caixa.

BRT – O silêncio conivente da Auditoria Geral

        Internauta anônimo oferece uma importante colaboração ao corrigir-me, por nominar de Controladoria Geral do Município o que em verdade chama-se Auditoria Geral do Município. “Ela existe desde 2006, quando foi criada através da Lei Ordinária nº 8.496, de 4 de janeiro de 2006, como Órgão de Controle Interno do Poder Executivo do Município de Belém, com a missão de exercer o controle interno no Poder Executivo Municipal, em apoio ao Tribunal de Contas dos Municípios do Pará”, esclarece o leitor do Blog do Barata. A auditora geral de Belém é Maria de Nazareth Oliveira Maciel (foto), acrescenta o internauta anônimo.
        Ao fazer a retificação, corrigindo o equívoco do blog, o internauta reforça sua intervenção ao criticar a “omissão conivente” de Maria de Nazareth Oliveira Maciel, como auditora geral de Belém. “A Auditoria Geral do Município segue, assim, o mau exemplo do TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará” salienta o internauta anônimo. Trata-se, na definição deste, de “uma postura inaceitável e que, por isso mesmo, merece ser exemplada com os rigores da lei. A propósito o internauta anônimo é categórico: “Segundo preceitua a Constituição Federal de 1988, a Auditoria Geral de Belém, como órgão de controle interno, responde solidariamente pelas irregularidades que toma conhecimento e não comunica aos órgãos competentes que, no caso concreto, são o TCM, a Câmara Municipal e o Ministério Público.”

BRT – Advogada cobra ação do MPE

        Consultada pelo Blog do Barata e protegida pelo sigilo da fonte, advogada reconhecida como uma profissional de competência, probidade e experiência comprovadas advertiu sobre a necessidade do MPE, o Ministério Público Estadual, entrar em cena para abortar alguma eventual lambança do nefasto Dudu e seus cúmplices. “É necessário, Barata, que o Ministério Público fique atento para detectar, em tempo hábil, essa ‘engenharia’ porque, depois, não adianta chorar pelo leite derramado, pois o Dudu está blindado e nada acontece com ele”, assinalou.
        Na avaliação dessa advogada, pelos seus próprios antecedentes e até por um sentimento de impunidade pelo qual certamente é movido, por ser apaniguado da escumalha togada, é bem provável que Duciomar Costa opte por desviar recursos de outras fontes, para tocar as obras do BRT, exemplo do populismo obreiro que tanto ilude os eleitores menos esclarecidos. “Ele (Duciomar Costa, o nefasto Dudu) tem a máquina administrativa na mão e basta que dê a ordem para que, disfarçadamente, sejam realizados repasses de recursos de outras fontes para pagamento das despesas das obras do BRT”, acentua.

BRT – O imobilismo e o descrédito do TCM

        A advogada consultada pelo Blog do Barata observa, categórica, que é inútil acionar o TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, seja pelo imobilismo, seja pelo descrédito, diante da teia de interesses escusos envolvendo até conselheiros. “Não adianta esperar por providências do TCM, porque, até agora, apesar de todas as ações ajuizadas contra o Dudu, essa Corte de Contas nada enxergou, nada detectou de irregular que pudesse ensejar a rejeição das contas do prefeito”, rememora. “Logo, não será agora, no final do mandato do prefeito (de Belém), que o TCM irá atuar”, assinala também.
        A alternativa possível, na interpretação da advogada, é acionar o MPE, o Ministério Público do Estado. “Nossa esperança é que o Ministério Público acompanhe esse caso da suspensão dos recursos para o BRT, por parte do governo federal, a fim de evitar que, para atender interesses meramente eleitoreiros, ocorra desvio de finalidade dos recursos públicos, por parte da administração Duciomar Costa”, resume.

BRT – O precedente de Carlos Santos

        Para ilustrar os efeitos perversos embutidos no desvio de recursos, para viabilizar projetos eleitoreiros, a advogada entrevistada pelo Blog do Barata cita como exemplo a fugaz e calamitosa administração do ex-governador Carlos Santos, no curso da qual os servidores públicos estaduais ficaram privados dos seus salários e os fornecedores dos pagamentos do que lhes era devido. Se o atraso no pagamento dos fornecedores compromete a eficiência da gestão pública, no caso dos salários a situação configura-se calamitosa, devido a sua natureza alimentar.
        Coube a Almir Gabriel, no início do seu primeiro mandato como governador, atualizar o pagamento dos servidores públicos estaduais. Esse mérito o ex-governador pode exibir. Mas o reverso disso foi o tratamento desdenhoso que a tucanalha destinou ao conjunto dos servidores públicos nos 12 anos de sucessivos governos do PSDB no Pará. Nesse período, a perda salarial do servidor público foi superior a 50%, de acordo com o insuspeito Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
        O menosprezo pelo servidor público estadual também está presente, mais de uma vez, na biografia do ex-governador Hélio Gueiros. Há inclusive um episódio célebre, e de razões jamais esclarecidas, ocorrido às vésperas das eleições de 1990, quando com o ato pronto, sobre a mesa de trabalho, aguardando apenas e tão-somente sua assinatura, o Papudinho, como também era conhecido Gueiros, deixou de conceder um reajuste salarial para os servidores públicos estaduais. Um gesto que poderia fazer a diferença em favor de Sahid Xerfan, o candidato de Gueiros, derrotado, por uma parca margem de votos, por Jader Barbalho.

BRT – Os servidores públicos e seus algozes

        Na relação dos servidores públicos com os poderosos de plantão não convém sucumbir ao maniqueísmo do bem e do mal. Jader Barbalho, historicamente muito popular entre os servidores públicos, certamente deu sua contribuição para o caos que se confunde com a administração Carlos Santos. Este, diga-se, não tem perfil compatível com aquele que se imagina essencial para traduzir o paradigma de servidor público.
        Um próspero comerciante, embora de origem humilde, além de cantor e compositor brega, que é também apresentador de tevê, Carlos Santos foi o vice na chapa do ex-governador Jader Barbalho, nas eleições de 1990 do século XX, quando o morubixaba do PMDB no Pará, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro, sucedeu ao MDB, o Movimento Democrático Brasileiro, obteve seu segundo mandato como chefe do Executivo estadual, em uma das mais disputadas eleições da história do Pará. As eleições de 1990 repetiram, em maior escala, a disputa de 1982, quando Jader Barbalho tornou-se governador pelo voto direto. Como em 1982, em 1990 ele venceu o pleito por minguada diferença de votos. Em 1982 – com o apoio do então governador Alacid Nunes, que rompera com a ditadura militar - Jader derrotou Oziel Carneiro, do PDS, o Partido Social Democrático, sucedâneo da Arena, a Aliança Renovadora Nacional, como partido de sustentação da ditadura militar. Em 1990 ele venceu Sahid Xerfan, do PTB, o Partido Trabalhista Brasileiro, um bem-sucedido comerciante, que acabou falindo, por conta de dívidas de campanha, e que hoje é vereador de Belém. O apoio do então governador Hélio Gueiros - na época rompido com Jader Barbalho, mas que posteriormente com este se reconciliaria – não foi suficiente para impedir a derrota de Xerfan.
        Em 1994 Jader Barbalho não concluiu seu mandato, desincompatibilizando-se para eleger-se senador. Foi quando adentrou ao proscênio político Carlos Santos, intelectualmente chucro e patologicamente deslumbrado, para cumprir um mandato-tampão de nove meses, exercido com os cofres vazios. Sem traquejo administrativo, como gestor público, e extasiado com as pompas e circunstâncias do poder, ele protagonizou um governo à deriva, o que pavimentou a vitória de Almir Gabriel, do PSDB, o Partido da Social Democracia Brasileira. Contou para a vitória de Almir Gabriel o apoio do então prefeito de Belém, Hélio Gueiros, que migrara do PMDB para o PFL, Partido da Frente Liberal, hoje DEM, Democratas. A arrogância de Almir e a proverbial intolerância de Gueiros fizeram este romper com o aliado da véspera e se reconciliar com o correligionário do passado, no caso Jader Barbalho. Contou para tanto o tratamento desrespeitoso do governador, então tucano, em relação a Hélio Gueiros Júnior, o Helinho, vice de Almir Gabriel no primeiro mandato deste como governador, de 1995 a 1998.

sábado, 22 de setembro de 2012

CORRUPÇÃO - Basta !!!

MURAL – Queixas & Denúncias

BRT – Segundo versão, governo susta recursos

        Segundo versão que varre os bastidores políticos com a velocidade de rastilho de pólvora, o governo federal deverá suspender a liberação de novos recursos para as obras do BRT, pelo menos até que a administração do prefeito Duciomar Costa, do PTB, o nefasto Dudu, (foto) resolva suas pendências com Brasília. O BRT (Bus Rapid Transit, sigla em inglês) é uma variedade de transporte público que utiliza sistemas de ônibus para prestar um serviço mais rápido e eficiente do que uma linha de ônibus convencional.
        O BRT é, por assim dizer, a jóia da coroa da calamitosa gestão do nefasto Dudu, que com ele conta na expectativa de se redimir perante o eleitorado, como compensação pela inércia exibida em seus dois mandatos consecutivos como prefeito, nos quais relegou Belém ao mais abjeto abandono. No aparente empenho em fazer seu sucessor o vice-prefeito, Anivaldo Vale (PR), ele parece apostar na eficácia do poder econômico, turbinado pelo populismo obreiro, do qual se valeu em 2008, para obter a reeleição, apesar do desastroso desempenho exibido no primeiro mandato, para o qual foi eleito em 2004 e que cumpriu de 2005 a 2008.
        Segundo ainda essa mesma versão, o próprio Dudu já teria sido advertido, pelo governo Dilma Rousseff, da decisão de Brasília de condicionar a liberação de novos recursos para as obras do BRT a esclarecimentos sobre pendências do prefeito de Belém.

BRT – Imobilismo estimula as tramóias

        Protagonista de uma administração inepta e pontuada por denúncias de corrupção, Duciomar Costa, o nefasto Dudu, parece apostar suas fichas na tradição de impunidade que costuma blindar os poderosos de plantão e as respectivas corriolas de cúmplices. Uma distorção da qual ele se valeu até a exaustão. Nada mais emblemático, sob essa perspectiva, que a descoberta de que a Prefeitura de Belém dispõe de uma CGM, Controladoria Geral do Município, cuja existência até dias atrás era solenemente desconhecida, de tão conivente com as falcatruas que é.
        Soa também incrível, mesmo que dele nada se espera, o mutismo do TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, diante das recorrentes tramóias protagonizadas pelo nefasto Dudu. Da mesma forma como soa igualmente absurda a postura silente do Ministério Público Estadual. “Tá mais do que na hora de fazer a fila andar”, exorta uma das fontes do blog.


LUIZPÊ – Círio em quadrinhos, atração do sábado

        Históricas, cômicas, romanceadas ou repletas de aventuras , as Histórias em Quadrinhos estabelecem uma relação direta e imediata com o leitor. Rica em imagens e com textos dinâmicos, expressos principalmente nos diálogos, as HQs têm legiões de fãs em todos os continentes. E foi pensando nessa facilidade de comunicação da chamada “nona arte”, que o quadrinhista paraense Luiz Pinto, o Luizpê (Foto), após longa trajetória como chargista e cartunista, idealizou a História em Quadrinhos do Círio de Nazaré, obra que ele autografa neste sábado, 22, a partir das 16h30, no Ponto do Autor, dentro da programação da XVI Feira Pan-amazônica do Livro. O evento, realizado pelo governo do Estado, via Secult, a Secretaria de Cultura, acontece no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, até 30 de setembro, e deve receber cerca de 450 mil visitantes.
        O projeto de transpor para a linguagem dos quadrinhos a história da devoção a Nossa Senhora de Nazaré, iniciada em Portugal e que chegou ao Pará há mais de dois séculos, foi um verdadeiro desafio para Luiz Pinto. A primeira edição, publicada em 1993, ano do Círio 200, saiu encartada em uma revista da Agência Ver Editora, em preto e branco. Depois, ainda pela mesma editora, a revista foi publicada apenas com a capa colorida.

SERVIÇO

         Sessão de autógrafos da História em Quadrinhos do Círio de Nazaré, do quadrinhista paraense Luiz Pinto. Sábado (22), das 16h30 às 18h30, no Ponto do Autor, na XVI Feira Pan-Amazônica do Livro, que acontece de 21 a 30 de setembro no Hangar. Entrada franca. Realização – Governo do Pará/Secult.

LUIZPÊ – Edição revista, ampliada e colorida

        A edição que será autografada na Feira do Livro, revista, ampliada e colorida (foto da capa), foi impressa em 2011, com o apoio do Governo do Estado, por meio da Paratur, a Companhia Paraense de Turismo. Todo o trabalho de colorização, feito pelo próprio autor, levou quase 10 meses para ser concluído. Luiz aproveitou a nova edição para fazer ajustes em algumas páginas, que na primeira edição ficaram com excesso de texto. As páginas foram redesenhadas, e as mudanças podem ser vistas nas páginas finais, nas quais ele explica o motivo e a ampliação realizada.
        “Essas alterações foram necessárias para recuperar a agilidade e a objetividade da linguagem dos quadrinhos. A transformação em duas páginas recobrou essa característica fundamental na leitura de HQ”, ressalta Luiz Pinto, cujo trabalho se caracteriza por ser um “quadrinho de autor”, que retrata a devoção a Nossa Senhora e o Círio e Nazaré sob a perspectiva histórica. “A História do Círio de Nazaré em Quadrinhos veio se juntar às inúmeras obras e registros feitos sobre um evento que mobiliza, a cada ano, mais de 2 milhões de pessoas. O objetivo desse trabalho é contribuir para levar essa história tão singular, que se reescreve a cada segundo domingo de outubro, a todos os leitores, especialmente às crianças e adolescentes, que podem ter nos quadrinhos uma porta aberta ao conhecimento”, destaca o autor.

LUIZPÊ – Pesquisa histórica

        Responsável pelo roteiro, Luiz passou anos pesquisando a história do Círio e a origem dessa devoção, que começa em 1182, em terras de Portugal – país homenageado nesta edição da Feira do Livro -, com o milagre envolvendo o nobre português D. Fuas Roupinho. “É uma história fascinante, já que a imagem de Portugal seria uma cópia de Maria, esculpida na Galiléia, e teria passado pelas mãos de São Jerônimo e Santo Agostinho, escapado a perseguições e ao passar dos séculos. E isso sem contar as histórias que cercam a imagem em Belém, desde o achado até o primeiro Círio, passando por problemas políticos e polêmicas provocadas pelas mudanças ocorridas na procissão com o passar dos anos”, conta o autor.
        Luiz Pinto faz questão de ressaltar que a revista (foto de página interna) não é direcionada apenas à população católica ou àqueles que, mesmo professando outras religiões, se identificam com o Círio e a devoção a Maria. “Sem dúvida, é uma revista feita para levar essa história a todas as camadas da população”, enfatiza.

LUIZPÊ – Perfil

        Nascido em Santarém, no oeste do Pará, terra do maestro Wilson Dias da Fonseca, o “Isoca”, patrono da XVI Feira Pan-Amazônica do Livro, Luiz Antonio de Faria Pinto, 58 anos, que assina suas criações como Luizpê, tem uma longa trajetória no jornalismo gráfico, como diagramador, ilustrador, chargista, caricaturista e cartunista. Integrante de uma família de jornalistas e escritores, Luiz transita com desenvoltura também pela música. Trabalhou em jornais em São Paulo (SP), Salvador (BA) e em Belém (PA). Há vários anos vem se dedicando ao trabalho em quadrinhos e ao Jornal Pessoal. O projeto em curso é a História em Quadrinhos da Cabanagem, a revolução popular que tomou conta do Pará a partir de 1835.
        “Esse também é um projeto longo, que quase concluí em 2006, mas por uma série de problemas, inclusive de saúde, ainda não pude terminar. Mas já retomei e espero lançar no próximo ano. A Cabanagem é outro tema fascinante. É um fato histórico, com nuances próprias, que certamente seduzirá os leitores na dinâmica linguagem dos quadrinhos”, diz Luiz Pinto.

LUIZPÊ – Inclinação pela Europa

        Pelo mundo afora, as histórias em quadrinhos ganham nomes e estilos diversos. Presentes em livros, revistas, álbuns ou jornais, elas recebem em Portugal o nome de Banda Desenhada, e na França, Bande Dessinée. Nos Estados Unidos, grande centro dos quadrinhos de aventura, voltadas às figuras de super-heróis, são os Comics, e no Japão, os mundialmente famosos Mangás. Para os italianos são Fumetti (alusão aos balões dos diálogos, que parecem fumaça saindo das bocas dos personagens), e para os espanhóis, os Tebeos. Na Argentina, as HQs são Historietas, em Cuba, Muñequitos, na Coreia do Sul, Manhwas, e na China, Manhuas.
        Independentemente da forma como são conhecidas, as HQs estão presente na história do homem desde a antiguidade. Pinturas rupestres, os hieróglifos egípcios e as tapeçarias da Idade Média são considerados pelos estudiosos como a origem desse gênero de arte, que une literatura e imagens desenhadas ou pintadas. “Meu trabalho está mais voltado ao quadrinho feito na Europa. Antes de escolher um tema, estudo bastante, pesquiso vários autores, porque posso contar a história de várias formas, até com personagens fictícios, como acontece com a HQ do Círio, mas os fatos não podem ser alterados. Por isso que defino como um quadrinho de autor”, frisa Luiz Pinto.

PRÊMIO PIPA – Berna conta com nosso voto

        Única artista plástica do Norte a obter a classificação, a paraense Berna Reale (foto, em uma de suas performances) disputa o Prêmio PIPA 2012, no qual os postulantes são indicados por críticos e curadores respeitados nacionalmente. Ela trabalha com arte contemporânea e, além de ter sido a vencedora do Arte Pará 2009, seu currículo ainda inclui mostras na Europa. “Ser indicada a um prêmio é sempre uma forma de reconhecimento e divulgação do trabalho, proporcionando uma maior circulação do mesmo”, acentua.
        Para concorrer ao Prêmio PIPA 2012 os artistas tiveram que ser indicados por críticos e curadores reconhecidos nacionalmente. “Portanto, ser indicada já é uma grande alegria”, acrescenta Berna Reale. Ela informa que a votação é feita pela internet, acessando o link http://www.pipa.org.br/pag/berna-reale/
        Para votar basta clicar em VOTAR, que aparece ao lado direito da tela (VOTE AQUI).

AFBEPA – Nota oficial justifica paralisação

        Diante da expectativa do pagamento dos servidores públicos municipais, previsto para esta próxima segunda-feira, 24, a Afbepa, a Associação dos Funcionários do Banpará, emitiu uma nota oficial, justificando a greve dos bancários. A nota embute a clara preocupação de minimizar a eventual irritação do conjunto dos servidores públicos estaduais, diante da paralisação, transferindo o ônus para o próprio governo.
        “Os servidores públicos encontrarão as agências e postos do Banpará fechados no pagamento dos salários, e a culpa é do governo do estado e da direção do banpará”, assinala a nota. E acrescenta, enfática: “Os bancários e bancárias do Banpará foram empurrados para a decisão da greve pela intransigência da direção do Banco e do governo estadual, o acionista majoritário, o dono do Banpará.”

AFBEPA – A nota oficial, na íntegra

        Segue abaixo a transcrição, na íntegra, da nota oficial da Afbepa.

SEGUNDA-FEIRA COMEÇA O PAGAMENTO DOS SERVIDORES. A GREVE CONTINUA POR CULPA DA DIREÇÃO DO BANPARÁ E DO GOVERNO ESTADUAL

 ESTAMOS EM
GREVE



OS SERVIDORES PÚBLICOS ENCONTRARÃO AS AGÊNCIAS E POSTOS DO BANPARÁ FECHADOS NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS, E A CULPA É DO GOVERNO DO ESTADO E DA DIREÇÃO DO BANPARÁ.

Os bancários e bancárias do Banpará foram empurrados para a decisão da greve pela intransigência da direção do Banco e do governo estadual, o acionista majoritário, o dono do Banpará.

A greve está a cada dia mais forte, mas a direção do Banco se mantém inflexível. O Banco havia se comprometido a enviar às entidades uma proposta até ontem, 20, para ser avaliada e debatida hoje, 21, pela manhã. Lamentavelmente não a apresentou e adiou o envio da proposta para hoje, com nova reunião de negociação para 24, segunda-feira, à tarde.

Neste dia se inicia o pagamento dos servidores públicos do Estado e, por culpa da irresponsabilidade da direção do Banpará e do governo estadual, os servidores públicos encontrarão as agências e postos de atendimento do Banco em greve.

AS CAUSAS DA GREVE - No dia 6 de agosto, as entidades representativas dos funcionários – AFBEPA, Sindicato, Contraf e Fetec, entregaram a Minuta específica de Reivindicações à direção do Banco.

Desde aquele dia até a assembléia de deflagração da greve, em 29 de agosto, a direção do Banpará manteve-se inflexível, se recusando a negociar nossas justas e legítimas reivindicações. Para piorar a situação, a direção do Banco não havia ratificado o ACT para estender sua vigência que se extinguiu em 31 de agosto. Entramos na data base, em 1 de setembro, sem Acordo Coletivo de Trabalho no Banpará.

Nossa greve se iniciou no dia 4 de setembro e, já como uma importante conquista da luta e da força da categoria, na primeira mesa de negociação, no dia 5 de setembro, o Banco ratificou nosso ACT, mas manteve-se intransigente quanto à negociação da Minuta. Não negocia nenhuma cláusula econômica, mesmo tendo publicado, em uma ata de reunião do Conselho de Administração, do dia 7 de maio, que havia provisionado 13% de reajuste nas verbas salariais para o ACT.

A SAÍDA PARA A GREVE está nas mãos de quem a provocou: Banpará e governo Jatene, que, em respeito aos servidores públicos e aos demais clientes do Banco, devem se dignar a negociar com os bancários e bancárias que, com seu trabalho, estão fazendo do Banpará o melhor Banco estadual e o quinto melhor Banco do país, garantindo recordes de lucros crescentes a cada ano, dos quais, como dividendos, foram repassados ao governo estadual R$ 66 milhões em 2011 e R$ 10 milhões no primeiro trimestre de 2012.

Que os servidores públicos e a sociedade em geral vejam a injustiça que está sendo cometida pelo governo estadual contra os bancários do Banpará, uma categoria que está adoecendo, vítima de metas abusivas, sobrecarga de trabalho e insegurança!

Nossa greve é legal, legítima e justa, e está a cada dia mais forte! A adesão e a consciência dos bancários cresce na mesma medida do endurecimento e intransigência da direção do Banpará e do governo do Estado. Queremos valorização efetiva, mais salário no bolso, condições dignas de trabalho e de vida e por isso, como trabalhadores e trabalhadoras, estamos lutando. Haveremos de vencer!

UNIDOS SOMOS FORTES!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MURAL - Queixas & Denúncias

BLOG – Recordes de acessos em um só dia


        Segundo as estatísticas do Blogger, sobre as quais os blogueiros não têm qualquer ingerência, por dois dias consecutivos o Blog do Barata superou a si próprio, ao alcançar recordes históricos, em matéria de acessos em um só dia. Na segunda-feira, 17, foram registrados 3.038 acessos em um só dia, uma marca sem precedentes entre os blogs jornalísticos do Pará. Na terça-feira, 18, o Blog do Barata superou seu próprio recorde, com 3.051 acessos em um só dia.
        Como os números falam por si, resta-me agradecer e, ao mesmo tempo, compartilhar a conquista com todos aqueles que, ao prestigiar o blog, também ajudam-me a fazê-lo. E a consolidá-lo como um espaço para o debate democrático.
        De resto, esses recordes evidenciam que, apesar de tudo, o conjunto da sociedade avança em suas conquistas. Ainda que não na velocidade que gostaríamos, mas avança. O que torna absolutamente indispensável não tomarmos como impossível o que quase sempre é, apenas e tão-somente, aparentemente improvável.


BLOG – Destaques turbinam preferência

        As estatísticas do Blogger sinalizam também quais os destaques que turbinaram a edição de segunda-feira, 17, que registrou 3.038 acessos. Nos últimos sete dias, no período compreendido entre 13 e 20 deste mês, as postagens mais acessadas foram RACISMO – A desfaçatez da doutora Daniela Cordovil; ELEIÇÕES – Debate na RBA revela mediocridade; TCM – Irmã de Jader posterga julgamento; ELEIÇÕES – Zenaldo não escapa do desastre; e ADIEL – Edmilson Rodrigues desmente acusação. Além das postagens SAÚDE – Situação do Metropolitano é dramática e ADIEL – Um desabafo explosivo.
        Entre segunda-feira, 17, e terça, 18, o Blog do Barata superou o recorde que ele próprio estabelecera em matéria de acessos em um único dia. Na segunda-feira, 17, foram registrados 3.038 acessos em um só dia. Na terça-feira, 18, o Blog do Barata superou seu próprio recorde, com 3.051 acessos em um só dia. As postagens mais acessadas, entre segunda e terça, foram RACISMO – A desfaçatez da doutora Daniela Cordovil; TCM – Irmã de Jader Barbalho posterga julgamento; TCM – Vícios de origem comprometem imagem; ELEIÇÕES – Zenaldo não escapa do desastre; e MURAL – Queixas e Denúncias.

PIRABAS – Candidato, Bosco sofre atentado

        Ex-prefeito do município e novamente candidato do PSDB à prefeitura de São João de Pirabas, pela coligação O Trabalho Está de Volta, Bosco Moisés, um ex-bicheiro transmutado em próspero empresário, sofreu um atentado a bala, do qual escapou ileso, no início da noite desta última quarta-feira, 19, por volta das 19h30. O atentado ocorreu quando Bosco, com um séquito de correligionários e/ou eleitores, deixava a sede de uma associação, que funciona como seu escritório político. O autor do disparo, que não acertou ninguém, teria sido Cabeludo, notório capanga do atual prefeito de Pirabas, Cláudio Barroso (foto, com Simone Morgado), do PMDB, que postula a reeleição, a bordo da coligação Juntos de Novo com a Força do Povo. Cabeludo era transportado em uma caminhonete preta, de chapa desconhecida.
        Em São João de Pirabas a disputa, pela prefeitura do município, está polarizada entre Bosco Moisés, ex-prefeito, e Cláudio Barroso, o atual prefeito. Protagonista de uma administração calamitosa, sob recorrentes denúncias de corrupção, Barroso ficou célebre pela truculência dos seus capangas, dos quais o atual prefeito lança mão, para calar a oposição. Ele é apaniguado da deputada peemedebista Simone Morgado, 1ª secretária da mesa diretora da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará. A parlamentar é uma espécie de primeira-dama do PMDB, no rastro do tórrido affaire que vive com o senador e ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do partido no Pará.
        Discreto, Bosco se mantém silente sobre o episódio. Seus correligionários e eleitores, porém, manifestam claramente a convicção de que o atentado tenha como mentor o prefeito. Questionados a respeito, eles argumentam com a pergunta clássica, para dar partida a investigações policiais: a quem interessa o crime?

terça-feira, 18 de setembro de 2012

TCM – Irmã de Jader Barbalho posterga julgamento

        Uma lambança digna do realismo fantástico da fictícia Sucupira, a imaginária cidade através da qual o teatrólogo Dias Gomes reproduziu, em tom histriônico, as mazelas do Brasil real.
        Assim pode ser resumida a manobra que abortou o julgamento, pelo TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, das contas de 2009 do prefeito de São João de Pirabas, Cláudio Barroso, do PMDB. Notabilizado também pela truculência da qual se vale para calar a oposição, ele é protagonista de uma desastrosa administração, pontuada por recorrentes denúncias de corrupção e nepotismo. Mas tem o aval, via deputada peemedebista Simone Morgado, 1ª secretária da Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, do senador e ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará. Na esteira de uma súbita e inexplicável evolução patrimonial, Jader teve seu nome indelevelmente vinculado ao estigma de ícone do enriquecimento ilícito.  Simone Morgado, que vive um tórrido affaire com Jader e vem a ser a fada madrinha de Barroso, é ré em uma ação cívil pública, por improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público Estadual. Ela patrocinou a falcatrua da qual foi beneficiária a jovem advogada Ana Mayra Mendes Leite Cavalcante, lotada em seu gabinete e que usufruia das benesses de um suculento DAS na Alepa, embora residindo em Portugal, onde fazia seu mestrado.
        Não por acaso coube a vice-presidente do TCM, Mara Lúcia Barbalho da Cruz (foto) - introduzida no tribunal pelo nepotismo patrocinado pelo seu ilustre irmão, Jader Barbalho -, assumir a presidência da sessão desta terça-feira, 18, e abortar o julgamento das contas de Barroso. O álibi para tanto foi a decisão de anular o ato que confere a função de relatora do processo a Márcia Costa, auditora do tribunal. O serviço sujo, protagonizado por Mara Lúcia Barbalho da Cruz, foi pavimentado pelo conselheiro Cesar Colares, o ex-deputado tucano que é, hoje, corregedor do TCM. Coube a ele, na ausência do conselheiro-presidente Zeca Araújo, abrir a sessão, para posteriormente sair de cena, retirando-se, após transferir a presidência dos trabalhos a Mara Lúcia Barbalho da Cruz. Procuradora janelada do TCM, exibindo como principal qualificação ser irmã do morubixaba do PMDB no Pará, ela tornou-se conselheira do tribunal.