De acordo com notícia veiculada no site do Ministério Público do Estado, os promotores de Justiça Nelson Pereira Medrado (foto) e Arnaldo Célio da Costa Azevedo ajuizaram nesta segunda-feira, 30, nova ação civil pública por fraudes na Alepa, a Assembleia Legislativa do Estado. Desta vez, o alvo inclui do senador Mário Couto Filho (PSDB), ex-presidente da Alepa, até seu mais ilustre preposto, Sérgio Duboc Moreira, ex-diretor financeiro da Alepa, passando por Augusto José Alencar Gambôa, mentor da máfia legislativa que comanda a burocracia do Palácio Cabanagem, hoje diretor administrativo do TCE, o Tribunal de Contas do Estado, cúmplice histórico das falcatruas agora denunciadas pelo Ministério Público Estadual. A eles se somam o deputado Haroldo Martins e Silva (DEM), então 1º secretário da Alepa; a deputada Cilene Lisboa Couto Marques (PSDB), filha de Mário Couto Filho e na época auditora geral do Palácio Cabanagem; além de Rosana Cristina Barletta de Castro, Dirceu Raymundo da Rocha Pinto Marques, Sandra Lúcia Oliveira Feijó, Daura Irene Xavier Hage, Sandro Rogério Nogueira Sousa Matos e Jorge Kleber Varela Serra.
A inclusão de Augusto José Alencar Gambôa, na ação, confirma o que o blog antecipou. Couto Filho, o bicheiro catapultado para o Senado pela tucanalha, e os demais citados são acusadas de desviarem, por meio de um esquema que fraudava as licitações de obras, mais de R$ 13 milhões do erário. A ação requer o ressarcimento dos danos causados aos cofres públicos e a responsabilização de todos os envolvidos por ato de improbidade administrativa.
Segundo a notícia do site do Ministério Público Estadual, o esquema criminoso desvendado pelo MPE - etiquetado como Tapiocouto, uma expressão cunhada na blogosfera – consistia em uma série de fraudes nas licitações na Comissão Especial de Licitação de Obras (Celo/Alepa), entre 2004 e janeiro de 2007. Ao todo, foram identificadas fraudes em 101 licitações para a contratação de serviços de engenharia no único prédio daquele poder e que, no período mencionado, consumiu R$-13.310.502,72.
As investigações realizadas pelo MPE, após colher uma série de documentos e depoimentos, concluíram que os 11 acusados participavam desse esquema e por isso são citadas na ação. As fraudes identificadas incluíram a montagem e o direcionamento das licitações. Assinaturas eram falsificadas e empresas que sequer haviam tomado conhecimento dos processos licitatórios apareciam como participantes. Com isso, acontecia o favorecimento de pessoas e empresas, causando uma grande sangria no erário, acrescenta a notícia do site do Ministério Público, que pode ser acessada pelo endereço eletrônico abaixo:.