JORDY – O ônus e o bônus do poder

Mesmo admitindo, para efeito de raciocínio, que Arnaldo Jordy não tenha patrocinado a nomeação de um só temporário no atual governo, é incompatível com seu perfil ético, e por isso suscita as críticas das quais passou a ser alvo, sua aparente indiferença diante das estrepolias da tucanalha. É o ônus do poder, cujo bônus o parlamentar e o partido que com ele se confunde no Pará passaram a usufruir com o apoio incondicional, desde a primeira hora da sucessão estadual, à candidatura de Simão Preguiça a um segundo mandato. Uma aliança algo temerária, pelos antecedentes do PSDB no Pará, cujo legado, após 12 anos de sucessivos governos da legenda no Estado, foram índices sociais pífios, que a propaganda enganosa escamoteou, para as massas, valendo-se de obras faraônicas. A opção posta nas eleições de 2010, é verdade, ficou a uma distância abissal do que poderia ser uma alternativa ao déjà-vu tucano, de tão desastrosa que foi a administração da ex-governadora petista Ana Júlia Carepa. Lamentavelmente, porém, trocou-se seis por meia dúzia.