sexta-feira, 27 de maio de 2011

CENSURA – O nhenhenhém da procuradora

Em verdade, ao levar-me à Justiça Naná apenas contemplou o desejo dos poderosos de plantão e seus áulicos, abrigados no Palácio Cabanagem, aos quais sempre curvou-se de forma servil. Sucedem-se os relatos de acordo com os quais ela vociferou que iria processar-me, ao comentar a notícia veiculada no blog, sobre o barraco que protagonizou na própria Alepa, em pleno horário de expediente, com Walter Guimarães, seu ex-companheiro, devidamente substituído por Jorge Moisés Caddah, o malfeitor da informática, que ao invés de currículo ostenta prontuário. O blog reportou-se ao barraco, por ser emblemático da ausência de decoro por aqueles que, presumivelmente, têm obrigação de cultivá-lo. Sem, porém, nominar os personagens, visíveis e oculto, da baixaria. No dia seguinte, em pleno Repórter 70, a nobre coluna do principal jornal dos Maiorana, O Liberal não só relatou o barraco, como identificou, em tom de escárnio, os personagens do barulhento triângulo amoroso. A despeito disso, não há registro, sequer, do mais tímido protesto, diante do tratamento que lhe foi dispensado pelos Maiorana.
Mas o que a procuradora da Alepa aposta, ao acionar-me judicialmente, é em intimidar. Afinal, soam imperdoáveis, à máfia legislativa, as sucessivas denúncias do blog sobre as falcatruas sistêmicas que floresceram, nas últimas duas décadas, pelo menos, no Palácio Cabanagem. Mais imperdoável ainda foi o blog denunciar as tramóias embutidas no arremedo do novo PCS, o Plano de Cargos e Salários da Alepa, produzido por uma comissão coordenada pelo petista Miriquinho Batista, hoje deputado federal e que, na gestão de Domingos Juvenil como presidente da Assembleia Legislativa, era o 1º secretário da mesa diretora. Se desconhece, até hoje, o desfecho dos trabalhos da tal comissão, cuja minuta da proposta do novo PCS, repleta de imoralidades e ilegalidades, provocou protestos, inocultavelmente indignados, dos servidores efetivos. Não por acaso a procuradora da Alepa, na petição inicial das ações civil e criminal, alega sentir-se ofendida com a etiqueta de “comissão bandida” conferida ao magote de arrivistas encarregados de costurar uma proposta sobre o novo PCS do Palácio Cabanagem. De resto, Naná se diz também ofendida por ser identificada como “plastificada” e “siliconada”, em comentários anônimos, que aludiam às cirurgias plásticas que ela sempre admitiu ter feito, nas conversas com outros servidores da Alepa.
Domingos Juvenil, é verdade, acabou por viabilizar algumas das aberrações defendidas pela máfia legislativa, embora o elenco de agraciados, com as tramóias do ex-deputado, tenha sido substancialmente reduzido. Em realidade, faltou coragem moral para Arnaldo Jordy e João Salame se insurgirem contra o despautério do tiranete da rua do Aveiro. Jordy, cabe lembrar, integrou a comissão paritária, constituída por representantes dos deputados e servidores, que elaborou uma proposta de PCS despojada das tramóias defendidas pela máfia legislativa. Salame, que fora o relator da proposta de PCS apresentada por Juvenil abrigou-se em um silêncio tumular, próprio de quem manda os escrúpulos às favas e coonesta patifarias inomináveis, para garantir privilégios.


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