domingo, 20 de março de 2011

NEPOTISMO – O mise-en-scène de Ricardo

Diante da denúncia feita pela OAB, sobre a farra de nomeações promovida pelo governador tucano Simão Jatene, o desembargador Ricardo Ferreira Nunes ameaça interpelar Jarbas Vasconcelos, presidente da Ordem no Pará, por atribuir-lhe a nomeação de um filho no governo Jatene. Ricardo Ferreira Nunes observa que ele tem apenas duas filhas.

O lapso não descaracteriza o arranjo, que configura nepotismo cruzado, protagonizado pelo irmão dos desembargadores, Rômulo Marcelo Ferreira Nunes, que migrou do TJ do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado, para o Executivo estadual, conforme revelação feita pelo blog, na ocasião, em postagem abaixo reproduzida.

TJ - Nepotismo cruzado ou tráfico de influência?

Medram com vigor as suspeitas que Rômulo Marcelo Ferreira Nunes, irmão dos desembargadores Ricardo Ferreira Nunes e Rômulo José Ferreira Nunes, este o atual presidente do TJ do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado, seja protagonista de um episódio clássico de nepotismo cruzado ou beneficiário do tráfico de influência. O nepotismo cruzado vem a ser a troca de favorecimento a parentes entre autoridades públicas, de poderes distintos, para burlar a súmula vinculante 13 do STF, o Supremo Tribunal Federal, que veda a prática do nepotismo no serviço público.

Segundo uma fonte do próprio TJ, Rômulo Marcelo Ferreira Nunes exercia um cargo comissionado no tribunal, do qual foi exonerado na esteira da súmula vinculante 13, a súmula do nepotismo, como ficou conhecida. Defenestrado do TJ, relata a fonte do tribunal, Rômulo Marcelo Ferreira Nunes migrou para um cargo de assessor da governadoria, na administração do ex-governador tucano Simão Jatene. Atualmente, acrescenta a fonte, ele está abrigado na Consultoria Geral do Estado.

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