sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SUCESSÃO – Quando o passado condena

Apenas e tão-somente a colossal frustração provocada pelo desempenho pífio do governo Ana Júlia Carepa, com o agravante da ausência de alternativas capazes de sensibilizar o eleitorado, é capaz de explicar a eleição para um novo mandato do ex-governador tucano Simão Jatene. Além de índices sociais africanos, o legado dos 12 anos de sucessivos governos do PSDB no Pará, de 1995 a 2006, e mais particularmente da administração Simão Jatene, foi o mais acintoso nepotismo e as recorrentes suspeitas de corrupção. Suspeitas que medraram com vigor, particularmente, na área da saúde pública, feudo da então vice-governadora Valéria Vinagre Pires Franco, que era também a secretária especial de Promoção Social. Valéria tem como marido e mentor político o deputado federal Vic Pires Franco, um parlamentar célebre pelo seu despudorado fisiologismo e na época presidente regional do DEM, sucedâneo do PFL. O preposto de ambos era o então secretário estadual de Saúde Pública, o médico Fernando Dourado, ex-sócio do casal em uma agência de viagens.
O mais vistoso escândalo do governo Simão Jatene, porém, foi a descoberta, pelo Ministério Público Federal, de um colossal propinoduto que irrigava a horta de corrupção da tucanalha, sob o patrocínio da Cerpa, a Cervejaria Paraense S/A. O escândalo da Cerpa, que abriu a caixa-preta da corrupção tucana, foi deflagrado a partir de uma inspeção do Ministério Público do Trabalho na Cerpa, realizada em agosto de 2004. A inspeção constatou não apenas fraudes trabalhistas, mas também uma relação de promiscuidade, lesiva aos cofres públicos, entre a cervejaria e o tucanato paraense.

3 comentários :

Anônimo disse...

Você tem toda a razão, Ana conseguiu trazer Jatene de volta.

Anônimo disse...

Barata,

Pior de tudo que a Ana Júlia foi a responsável por trazer essa turma de volta ao poder.

Agora só amargar a derrota.

Anônimo disse...

Barata,

Pior de tudo que a Ana Júlia foi a responsável por trazer essa turma de volta ao poder.

Agora só amargar a derrota.