sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SUCESSÃO – Por debaixo dos panos

Quanto a Ana Júlia Carepa, a perfídia é um traço marcante da sua personalidade. Em 2002, recorde-se, Ana Júlia foi a responsável direta pela derrota na eleição para o governo estadual da então deputada petista Maria do Carmo Martins (foto, à esq., com Ana Júlia Carepa), hoje prefeita reeleita de Santarém (PA), ao vetar uma composição eleitoral do PT com o morubixaba do PMDB paraense, a pretexto das recorrentes suspeitas de corrupção envolvendo o ex-governador peemedebista. Em represália, e também porque foi procurado por Simão Jatene, que acabaria eleito, Jader Barbalho carreou votos do PMDB para o candidato tucano. Jatene foi eleito governador por uma raquítica margem de votos, apesar de ser o candidato de Almir Gabriel, então governador e de dispor da escancarada utilização da máquina administrativa estadual, além de uma colossal fartura de dinheiro. Pelos poucos votos que fizeram a diferença pró Jatene, é inevitável a ilação de que Jader foi decisivo para a vitória do candidato tucano.
Nas eleições de 2002, inviabilizando um acordo patrocinado pelo próprio Palácio do Planalto, Ana Júlia não honrou o compromisso assumido de não apenas eleger-se senadora, mas também contribuir para a eleição, para a segunda vaga em disputa, da então deputada federal Elcione Barbalho, do PMDB. Ex-mulher e mãe dos dois filhos mais velhos de Jader Barbalho, Elcione foi boicotada até a exaustão por Ana Júlia, o que acabou por viabilizar a eleição para o Senado de Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu. A cristianização de Elcione, por parte de Ana Júlia e seus prepostos, foi tão acintosa que o PT, preocupado em manter diálogo com Jader Barbalho, fez publicar nos principais jornais do Pará, no dia da eleição, uma nota oficial, conclamando o eleitor a votar em Ana Júlia e Elcione Barbalho, face o risco de Duciomar Costa, o nefasto Dudu, vir a ser eleito senador, como acabou por ocorrer. A justificativa para a perfídia foi a suposta repulsa de Ana Júlia ao estigma de corrupto que aderiu ao nome de Jader Barbalho. Um interdito proibitório do qual ela se prestou, servilmente, a dar conhecimento aos Maiorana, via Ronaldo Maiorana, o diretor editor corporativo de O Liberal, o principal jornal do grupo de comunicação fundado por Romulo Maiorana. Os Maiorana, como se sabe, são inimigos figadais de Jader Barbalho.

Um comentário :

Anônimo disse...

Duas antas