sábado, 13 de novembro de 2010

SUCESSÃO – Fogueira de vaidades provincianas

A polêmica suscitada pela entrevista do publicitário Francisco Cavalcante, o Chiquinho (na foto, com o presidente Lula), publicada pelo Diário do Pará, soa a um daqueles constrangedores espasmos de vaidade provinciana, que ironicamente não fazem por merecer nem o jornal da família do ex-governador Jader Barbalho, nem os seus leitores e sequer o próprio marqueteiro petista. Na entrevista, Chiquinho atribui o naufrágio eleitoral de Ana Júlia Carepa, candidata derrotada ao governo do Pará, à Link Comunicação e Propaganda, a agência baiana despachada pela direção nacional do PT para fazer a campanha pela reeleição da governadora petista.
Coube à Link o desafio de tornar palatável uma candidatura que tinha contra si um expressivo percentual de rejeição, diante do pífio desempenho de Ana Júlia Carepa, protagonista de uma gestão desastrosa, pontuada pela inépcia administrativa e por recorrentes denúncias de corrupção. Senões agravados pela incapacidade revelada pela administração da governadora petista em dar visibilidade aos seus eventuais êxitos, a despeito de ter conferido o status de Secretaria de Estado à CCS, a Coordenadoria de Comunicação Social, herdada dos sucessivos governos do PSDB, entre 1995 e 2006.
A entrevista de Chiquinho acaba por depor contra ele, por permitir a ilação de que advoga em causa própria, diante da animosidade que contamina sua relação com a governadora Ana Júlia Carepa. A inspiração menor faz lembrar entrevista algo semelhante, porém de forma mais elegante, solicitada por Orly Bezerra, o marqueteiro da tucanalha paraense, a O Liberal, em 1998, após a reeleição do ex-governador Almir Gabriel. Com ela, Orly chamava para si, de forma não tão subliminar, os méritos pela vitória do candidato do PSDB, como precaução diante de um episódio ocorrido em 1994, quando o jornalista e publicitário Afonso Klautau publicou um artigo, em O Liberal, narrando os "causos" da campanha que elegera governador Almir Gabriel. Na ocasião eu era editor de política do jornal e ouvi, pasmo, Orly se queixar de Afonso Klautau, a pretexto de que este pretenderia, com o artigo publicado, monopolizar os louros da vitória tucana. Uma suspeita infundada, para quem conhece minimamente Afonso Klautau, um profissional de competência comprovada e, do ponto de vista intelectual, flagrantemente superior a Orly.

7 comentários :

Anônimo disse...

Temos que entender de uma vez por todas que Ana Júlia perdeu única e exclusivamente por estar rodeada de assessores (as) de 5ª categoria. Deslumbrados com o mundo do poder muitas pessoas mudaram até de personalidade, em outrora pessoas que repudiavam qualquer forma de tirania, agora no presente bebiam na mesma fonte de poder antes tão criticadas. Não poderei dar nomes me reservo as mesmas fazerem uma auto-avaliação e com muita humildade reverem sua forma de pensar e fazer a política.Discordo de que todo Ptista seja petralha, lá no seio daqueles que fizeram a história desse partido nesse Estado está a verdadeira luta em prol da população mais carente, é claro também que muitos desses se deslumbraram com o R$ e esqueceram dos verdadeiros principios de um partido de esquerda,esses sim podem ser os verdadeiros culpados pela derrota, uma derrota que já vinha se desenhando com a intensa danças dos secretarios, desse governo, que fizeram com que o partido se fragmentasse dentro do próprio governo e principalmente do partido que junto deveria se manter para dar suporte a gestão da governadora. Só para dar um exemplo, na SEDES foram três trocas, e quando os novatos chegavam era sempre a mesma desculpa:foi necessário, temos que reorganizar para enfim, engrenar...e até hoje aquela secretaria não disse a que veio, culpa tanto dos secretários e secretárias como também de alguns cargos comissionados que fizeram tal secretaria retroceder...ai...ai...numa era antes tão ferzmente criticada.
Enfim, Barata é isso, falo de uma micro-realidade, mas que nos que temos a história em nossa memória podemos avaliar o verdadeiro fracasso de Ana Júlia Vasconcelos Carepa.
Um forte Abraço.

Anônimo disse...

O Nome dessa 'coisa' é Fco Antonio Cavalcante Fº ! Por sinal trotskista de araque... pergunta para o LFP.
Oliveira deve ser outro publicitário....

Anônimo disse...

Barata;

O título de seu post está perfeito! Irretocável! Vaidades apenas... e nada mais!

O Orly está apenas acrescentando mais um elo a esta longa corrente de devaneios humanos.

Na verdade estas criaturinhas que diante das circuntâncias favoráveis tentam reinventar as próprias circuntâncias, para a glória dos seus egos, ainda não se deram conta da estatura minúscula com que são enxergadas pela sociedade das pessoas esclarecidas.

Anônimo disse...

Eu acho os marqueteiros uma espécie super importante, mas não podem se julgar deuses, menos. Tanto é verdade, que o ganha hoje e perde amanhã é comum, nada que humilhe hoje quem perdeu e ganhou ontem. Se todas as vezes o mesmo marqueteiro "ganhasse" eleição, correriamos o risco de uma ditadura. hehehehe menos ou "menas" pra vocês.

Anônimo disse...

Só sendo muito ignorante e desinformado pra não conhecer o publicitário Francisco Cavalcante.
Mesmo com divergências ideológicas, todos devem respeitar esse rapaz, que é um dos profissionais mais competentes do Brasil.
Emilio.

Anônimo disse...

Pode ser competente + atualmente sem escrupulos !

Anônimo disse...

Lulala o tua protegida a Ana Jatobá ferrou o Pará.
Durma com essa agora.