terça-feira, 16 de novembro de 2010

SUCESSÃO – Edson Barbosa sepulta críticas

Lúcido e sereno, mas sobretudo elegante, mesmo quando é cirúrgico, ao evidenciar a inconsistência das críticas que pretendem responsabilizá-lo pelo tropeço eleitoral da governadora petista Ana Júlia Carepa, candidata derrotada à reeleição. Essa é a imagem que emerge do publicitário baiano Edson Barbosa (foto), na esteira da entrevista concedida ao Diário do Pará e publicada na edição desta segunda-feira, 15, do jornal da família do ex-governador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Estado. “Houve insuficiência de comunicação. Faltou política de relacionamento com a sociedade”, assinala Barbosa, o dono da Link Comunicação e Propaganda, agência de publicidade da Bahia, responsável pelo marketing eleitoral de Ana Júlia Carepa no segundo turno, ao diagnosticar uma das mais graves deficiências da administração da governadora petista.
Feita pela jornalista Rita Soares, repórter especial do Diário do Pará, a entrevista serviu para confrontar Barbosa com as críticas disparadas pelo marqueteiro petista Francisco Cavalcante, o Chiquinho, que responsabilizou a Link pela derrota de Ana Júlia, a pretexto da suposta falta de familiaridade da agência baiana com as idiossincrasias do eleitor paraense. “Isso é fruto de preconceito, racismo. O Chico Cavalcante, atendendo ao PT nacional, foi fazer campanha no Amapá, em Rondônia, no Maranhão. Isso não representa qualquer desrespeito aos profissionais de lá. Essa crítica por sermos de fora é apenas xenofobia, coisa pequena, que não engrandece as pessoas”, enfatiza o publicitário baiano, salientando, a propósito, que dos 126 profissionais que formavam a equipe da Link, apenas 25 eram de fora. “E é bom que se diga que, em nenhum momento, ignoramos o caldo de cultura do Pará. A campanha tinha pessoas de todo o País, mas os coordenadores fundamentais eram paraense”, observa ainda Barbosa.
"A comunicação não ganha nem perde eleição. Dizer isso é vaidade é vaidade desses que se intitulam marqueteiros", afirma Barbosa. "Essas críticas do Chico o diminuem como profissional, porque são críticas descuidadas de uma realidade que ele não estudou", acentua, ácido."As críticas do Chico, infelizmente, representam uma agressão a quem menos merece - Ana Júlia -, sobretudo vindo dele", fulmina.

6 comentários :

Anônimo disse...

"Caldo cultural" achei uma definição esclarecedora. Soa verdadeiramente bem banal e para mim fica a impressão de que a sociedade para os marketeiros nada mais é que isso, uma sopa ou uma massa que se acaba comendo. Novamente, por meio da discussão entre os "formadores de opinião", se pode perceber em que nível se faz política neste estado e de como somos levados a sério. Mas a pergunta central é: Pode alguém com escrúpulos ser marketeiro?

Anônimo disse...

Acabei de ser excluido da cultura paraense, pois não participo muito do mensionado "caldo de cultura".

Anônimo disse...

A leitura das duas entrevistas (Francisco Cavalcante e Edson Barbosa) me inclinou por achar a do marqueteiro baiano mais coerente e mais elegante. Mais coerente porque ressalta que o marketing sozinho não ganha eleição. O cliente, com suas atitudes (governamentais, políticas, pessoais etc), tem que ajudar... E mais coerente porque realmente o marqueteiro paraense (Francisco Cavalcante) foi muito contundente em criticar a LINK por ser empresa baiana e ter vindo aqui fazer marketing, esquecendo-se que ele próprio, Francisco, foi fazer campanha de outros políticos em outros estados da federação. Gostei de poder comparar as duas entrevistas.

Anônimo disse...

RETIFICANDO: "E mais coerente porque realmente o marqueteiro paraense Foi muito contundente...". Leia-se: "E mais ELEGANTE porque realmente..."

Anônimo disse...

e a Operação Termita, barata?

Anônimo disse...

08:16, ahahahahahahahahahahah!!!!!!!!! eu tambem.