sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SUCESSÃO – A confraria dos petralhas

A rigor, o governo de Ana Júlia não foi, sequer, uma administração do PT, legenda na qual a governadora petista fez sua carreira política. Em realidade, Ana Júlia fez um governo voltado, prioritariamente, para a entourage que com ela se identificava na DS, a Democracia Socialista. A DS vem a ser a facção petista minoritária nacionalmente e no Pará, mas que detém o controle da máquina administrativa estadual, porque dela faz parte a governadora. Floresceu, assim, a confraria dos petralhas, despidos de qualquer preocupação ética e prioritariamente empenhados em fazer caixa de campanha e preocupados com os próprios bolsos.
Ana Júlia, diga-se, abrigou-se na DS por mera conveniência, ao ser defenestrada da Força Socialista, na qual militava, ao entrar em rota de colisão com Edmilson Rodrigues, na época prefeito de Belém e do qual ela era a vice-prefeita. Ana Júlia aboletou-se na DS em um casamento de conveniência. Eleita vereadora de Belém em 2000, com uma votação histórica, ela permitiu entrever ser uma campeã de votos em potencial. Uma imagem consolidada com sua eleição para o Senado, em 2002. Juntou-se, assim, a fome com a vontade de comer. Para Ana Júlia convinha manter-se com plena autonomia de vôo, à margem dos desgastes das disputas intramuros, característica histórica do PT. Para a DS, politicamente fragilizada, a adesão de Ana Júlia anabolizava a facção.

3 comentários :

Anônimo disse...

Você voltou...alegria que me dá.
Quando eu abri o computador...
Seja bem vindo e não falte nunca mais.lá, lá...

Anônimo disse...

Agora, você acertou em cheio.

Anônimo disse...

Despertar em uma manhã de sábado com o sol brilhando, o cantar dos passarinhos e a leitura do seu blog. Para mim isto se chama acordar com o pé direito.